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Educação E Diversidade

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Por:   •  1/9/2014  •  2.045 Palavras (9 Páginas)  •  243 Visualizações

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Educação e divercidade

Tema 02

Escola e Cultura

Nessa aula você estudará:

• A crise que escola enfrenta, que tem sido provocada pelas mudanças culturais ocorridas

na sociedade e diante das quais ela não se encontra preparada.

• A relação entre educação e cultura.

• A influência do multiculturalismo.

• Padronização da cultura.

Escola e Cultura

Você já deve ter percebido o processo de transformação pelo qual o mundo vem

passando, todas as áreas da sociedade estão sendo atingidas por mudanças de ordem

cultural, étnica, racial. E a escola, como participante e integrante da sociedade, também tem

sofrido o impacto destas transformações, que terminam por refletir no processo educacional.

Até bem pouco tempo, a escola não se preocupava com os grupos marginalizados que

participam dela; e, durante muito tempo, as questões culturais (entenda-se, aqui, por

questões culturais todo o conhecimento de credo, mitos, raças, etnias e conhecimentos

adquiridos ao longo dos anos que formam e identificam uma determinada comunidade,

distinguindo-a de outras) não incomodaram a escola, isto porque ela tinha em sua prática

a herança pertencente à classe dominante, na verdade, ela não precisava se posicionar,

pois a posição, em termos culturais, já estava tomada. Dessa forma, tanto a sociedade

quanto a escola adotaram a cultura das classes dominantes; herança dos colonizadores,

mas também dos grupos que ajudaram na formação do país, como os negros e os índios;

até hoje, uma minoria de quem pouco se ouvia a voz.

Você deve estar percebendo que o mundo vem mudando, que as manifestações culturais

são vistas em todos os lugares, que os excluídos, hoje, falam, manifestam-se, emitem opinião, lutam por seus direitos e querem que estes sejam reconhecidos e respeitados.

Mas, ainda de modo incoerente, mesmo com todas essas transformações sociais, a escola

ainda ignora a cultura das minorias.

Novos comportamentos sociais são vistos e observados. Percebe-se a inquietação e

insatisfação das minorias e a luta pelos seus direitos, por sua cultura e por suas crenças. É

por isso que

As questões culturais não podem ser ignoradas pelos educadores e

educadoras, sob o risco de que a escola cada vez se distancie mais dos

universos simbólicos, das mentalidades e das inquietações das crianças e dos

jovens de hoje. (MOREIRA, 2011, p. 16).

E foi em meio a tudo isto que surgiu nos EUA um fenômeno chamado Multiculturalismo;

este movimento tem o objetivo de apresentar a diversidade que compõe os grupos presentes

na sociedade, e como estes grupos “menores” foram silenciados e ignorados no decorrer

do tempo. Será que isto significa uma colonização cultural, já que essa minoria tem sido

massacrada e submetida ao padrão da classe dominante?

Neste trecho você deve estar se perguntando: mas o que é que a escola e a educação

têm a ver com isso? A escola é um lugar de transmissão de conhecimentos e é com ele

que ela deve se envolver, e não com questões de ordem cultural, multicultural, plural.

Mas é justamente por isso que a escola é o lugar ideal e a partir do qual as mudanças

sociais podem ser feitas e trabalhadas nos indivíduos, apresentando a causa dos excluídos,

das minorias, da diversidade. De repente você pode estar percebendo que a escola não

está preparada para esta realidade que se apresenta, porque ela já tem suas regras, sua

maneira de agir: cultura escolar ou cultura de escola, independentemente de quem compõe

o corpo escolar. E os que a formam passam a ser vistos e trabalhados sob o mesmo prisma, sob a mesma ótica, são padronizados, homogeneizados, passam a ser tratados como se

a cultura fosse única (monocultura). Esta posição é estabelecida pela classe dominante,

por isso, e até bem pouco tempo, a voz da minoria não era ouvida. Apesar de a escola

assumir uma monocultura, não se pode dizer que o comportamento adotado por ela seja,

propositadamente, o de silenciar as minorias; na verdade a escola nasceu para atender às

necessidades da classe dominante, educar os filhos dos nobres, daqueles que detinham o

poder, por isso, no aspecto de adoção de uma cultura única, a escola não mudou.

No entanto, o fracasso e a evasão têm levado alguns teóricos a buscarem uma resposta

para o que acontece dentro da instituição, e é neste momento que entra como campo de pesquisa a questão cultural e a educação. Moreira afirma que ”existe uma relação

intrínseca entre educação e cultura(s)” (MOREIRA, 2011, p. 13). A educação faz parte do

processo de formação do indivíduo, mas a escola tem procurado, culturalmente, o caminho

da padronização. Isso quer dizer que escola padroniza o conhecimento, sem considerar os

aspectos culturais

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