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Por:   •  10/11/2013  •  432 Palavras (2 Páginas)  •  490 Visualizações

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO W

MÉVIO, brasileiro, solteiro, estudante universitário, residente e domiciliado na Rua____, Bairro____, capital do Estado W, por seu advogado, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, em conformidade com os artigos 273 e 282 do Código de Processo Civil, propor a presente

AÇÃO DE CONHECIMENTO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

Em face da União Federal (órgão federal que negou o financiamento), e da Universidade Particular do Estado W, na pessoa de seu representante legal, pelos motivos a seguir expostos:

.

DOS FATOS

O Autor, Mévio requereu o seu ingresso em programa de bolsas de estudo financiado pelo Governo Federal, tendo o pedido negado após apresentar a documentação exigida. O órgão federal aduziu o não preenchimento de requisitos legais. Entre eles, está a exigência de pertencer a determinada etnia, uma vez que o programa é exclusivo de inclusão social para integrantes de grupo étnico descrito no edital, podendo, ao arbítrio da Administração, ocorrer integração de outras pessoas, caso ocorra saldo no orçamento do programa. Consta que existe saldo financeiro e que, por isso, o requerimento de Mévio ficará no aguardo do prazo estabelecido em regulamento. O referido prazo não consta na lei que instituiu o programa, e o citado ato normativo também não especificou a limitação do financiamento para grupos étnicos. Com base na negativa da Administração Federal, a matrícula do Autor na Universidade particular ficou suspensa, prejudicando a continuação do curso superior.

DOS FUNDAMENTOS

De acordo com o inciso III do art. 1.º da Constituição Federal de 1988, a República Federativa do Brasil tem como fundamento basilar a dignidade da pessoa humana. Desse modo, todos os órgãos governamentais ao agir devem respeitar os direitos e garantias da pessoa humana, assegurando o mínimo necessário para sua existência, inclusive, a possibilidade de continuidade de seus estudos.

No presente caso, a atuação do Governo Federal em negar o financiamento ao Autor e da Universidade Particular ao suspender sua matricula estão violando o princípio da dignidade da pessoa humana. Desse modo, na legitimidade passiva devem constar a União Federal, que negou o financiamento e a Universidade que suspendeu a matrícula, por força do primeiro ato. Esse litisconsórcio se afigura necessário para resolver a situação do Autor, de forma definitiva, condenando ambos os sujeitos passivos, nos limites das suas responsabilidades.

A doutrina e a jurisprudência são pacíficas de que possibilitar aos indivíduos o estudo está vinculado à dignidade da pessoa humana. Além disso, na Constituição vigente está previsto que a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, sendo promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,

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