Energia No Brasil

1. INTRODUÇÃO

A energia elétrica no Brasil é basicamente gerada por usinas hidrelétricas que consequentemente causam uma sobrecarga no consumo de energia e impactos ambientais.

Riscos de apagões futuros levaram a criação de programas de pesquisas tecnológicas avançadas, para gerar redução de desperdícios, e para transformação de resíduos em matéria–prima energética, como: o bagaço da cana–de–açúcar e a produção do biogás através de resíduos produzidos por aterros sanitários, com a precaução de não causar danos ao meio ambiente.

2. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

Até a idade média, o homem, utilizando-se dos recursos energéticos disponíveis na natureza, conseguiu satisfazer suas necessidades sem alterar de forma significativa o meio ambiente.

Nosso trabalho, com base em pesquisas, demonstra a possibilidade de utilização de resíduos em energia elétrica, evitando a utilização de energia produzida pelas usinas hidrelétricas como a única fonte existente no país.

3. OBJETIVO

Nosso trabalho tem por objetivo demonstrar a capacidade do Brasil em aplicar recursos renováveis no setor de energia. Os recursos energéticos são amplos, mas, neste trabalho de forma simplificada e clara serão mostrados os desenvolvimentos de dois recursos para que os aprimoramentos dos resíduos sejam transformados em energia elétrica, tornando-se viáveis novas fontes de produção.

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

TRANSFORMAÇÃO DE RESÍDUOS EM MATÉRIA-PRIMA ENERGÉTICA

Através do aterro sanitário e do bagaço da cana-de-açúcar

4.1. ENERGIA ELÉTRICA

Dos diferentes componentes da infra-estrutura, a energia elétrica é a que talvez apresente maior impacto ao meio ambiente em toda sua cadeia, desde a geração até o consumo, passando pelos sistemas de transmissão e distribuição.

A energia elétrica a partir de resíduos de matéria-prima tem duas frentes de pesquisa em andamento. O biogás, gerado na degradação da matéria orgânica dos resíduos presentes em aterros sanitários pode ser aproveitado como fonte energética. E a cana-de-açúcar, através do bagaço e palha em usina de cana e álcool utilizado para transformação de nova fonte de energia.

4.2. ENERGIA APARTIR DO ATERRO SANITÁRIO

O biogás dos aterros sanitários é atualmente um combustível cada vez mais aproveitado para gerar energia elétrica. No Brasil a utilização do biogás para geração de energia ainda está pouco difundida, porém com a quantidade de aterros com o potencial para geração e com as mudanças climáticas, essa prática está cada vez sendo mais incentivada pelo compromisso com a redução de emissões de gases de efeito estufa, e pelo surgimento do mercado de créditos de carbono. O gás metano também é obtido pela decomposição da matéria orgânica em aterros sanitários e também pode ser produzido em estações de tratamento de esgoto. O biogás é constituído basicamente por metano e dióxido de carbono.

Construir uma usina elétrica em aterro sanitário requer um alto custo, mas, em contra partida é uma solução que exige menos custo que a construção de uma usina hidrelétrica. Segundo José Manuel Mondelo, presidente da Conestoga-Rovers et. Associados (em entrevista a Revista Engenharia, Ano 65, Nº 585/2008), no aterro sanitário Canabrava, em Salvador, optou-se apenas pela queima controlada do biogás, o que também permite a geração de créditos de carbono, além de minimizar a emissão gases de efeito estufa. Esta é uma solução que exige menos investimentos do que a construção de uma usina geradora de energia elétrica, e pode ser mais vantajosa em aterros sanitários que recebem uma pequena quantidade diária de resíduos. O sistema de coleta e queima do gás do aterro consiste basicamente de poços verticais de extração de gás (conforme na figura 1), rede de tubulação, sopradores, e um queimador com capacidade para queimar a quantidade máxima coletável de biogás, instalados de acordo com a topografia do terreno.

Figura 1 – Perfil típico do maciço sanitário

Fonte: Revista Engenharia, Ano 65, Nº 585/2008

4.2.1. O PROCESSO DE PRODUÇÃO

A produção de energia elétrica a partir do gás liberado pelo lixo em decomposição de um aterro sanitário é uma experiência bem sucedida na geração de energia e cuidado com o meio ambiente no país. A maior parte desse gás é constituída de metano, um dos vilões do efeito estufa.

O material é drenado, canalizado e transformado em combustível, que alimenta uma usina de energia elétrica gerando 12 megawatts de energia.

Em São Paulo e Curitiba, existem aterros sanitários que não poluem o meio ambiente, mas, na América latina, nenhum reúne o tratamento do lixo hospitalar, a geração de energia, a coleta seletiva de detritos e integração plena ao meio ambiente e a paisagem, como a central de tratamento de resíduos urbanos de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.

4.2.2. BENEFÍCIOS

Os benefícios para o meio ambiente são claramente notados tanto no âmbito global, quanto local. A diminuição em mais de 100 mil toneladas na emissão de gás metano até 2012 está ajudando a reduzir a concentração de um potente promotor de efeito estufa.

O gás emitido é usado para a geração de 20Mv/h de energia elétrica limpa, 10% dos quais beneficiam diretamente as comunidades reduzindo gastos públicos.

4.3. ENERGIA APARTIR DA CANA-DE-AÇÚCAR

A produção de energia elétrica através do bagaço da cana-de-açúcar é plenamente viável do ponto de vista econômico e atrativo para as usinas.

As usinas têm como objetivo projetos auto-sustentáveis, ou seja, toda energia consumida por ela devia ser produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Além disso, o excedente energético produzido deveria estar sendo vendido para concessionária responsável pela distribuição de energia na região.

O bagaço da cana-de-açúcar provê quase toda a energia necessária para processá-la