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Epistemologia Da Ciencia

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Por:   •  14/5/2014  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  419 Visualizações

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INTRODUÇÃO

As contribuições da filosofia da ciência e da epistemologia inter-regional para a produção do conhecimento científico no campo da administração e estudos organizacionais, partiu do pressuposto que a visão axiológica, ontológica e epitemológica do pesquisador resultam em diferentes paradigmas de pesquisa, os quais são as bases de uma ‘‘verdade não absoluta’’, pois a ciência admite a possibilidade de erro e a necessidade de perpétua disposição de rever as ideais. Desse modo, não existem teorias capazes de explicar todos os fenômenos administrativos e organizacionais. As teorias relativas aos estudos administrativos e organizacionais são falíveis e permanecem sujeitas a um aperfeiçoamento constante ou subistituição ou seja está sempre em mudança e não se pode ser mantida num modelo único, devendo se aceitar a necessidade de constante tranformação, aperfeiçoamento e ampliação do conhecimento.

O trabalho está estruturado em duas etapas principais. Na primeira são apresentadas as contribuições dos diversos pressupostos filosóficos para a estruturação do método científico no contexto das ciências sociais, mas também são analisados alguns elementos subjacentes e condicionantes da ciência organizacional, a qual se encontra ainda em processo de consolidação.

AS CONTRIBUIÇÕES DA FILOSOFIA DA CIÊNCIA E DA EPISTEMOLOGIA INTER-REGIONAL AO CAMPO DA ADMINISTRAÇÃO E ESTUDOS ORGANIZACIONAIS

Nos últimos anos, o desenvolvimento e a consolidação da administração como uma área de conhecimento com características próprias têm levado a muitas reflexões sobre a qualidade da produção científica no campo. De um modo geral, elas se dividem em duas linhas: as das discussões centradas nos aspectos epistemológicos e aquelas cuja ênfase recai sobre a adoção de critérios de qualidade e consistência da produção em administração (LOPES;BERNARDES,2001).

Entretanto, o campo da administração e organizações está sofrendo uma metamorfose nos últimos anos. Avanços consideráveis estão ocorrendo nesta área, comresultados animadores. Isso demostra que as pesquisas neste campo está seguindo um curso normal, já trilhado por outras áreas do conhecimento (LIMA, 2008; PETTIGREW; et al., 2001).

Dentre os problemas a serem superados nos estudos de administração e organizações, Beard e Van Fleet (2003) e Cãmara (2004) apontam uma divergência formada ao longo dos séculos entre as ciências naturais e as sociais, trazendo posteriormente assuntos controversos, tais como: método indutivo x método dedudivo; objetividade x subjetividade; observação x experimentação; método quantitativo x método qualitativo; empiricismo; critéios de cientificidade; dentre outros.

De acordo com Barbieri (2006) e Brymam (2007, 2008) afirmam que a filosofia da ciência, preocupada com a questão de como se dá o oprendizado científico e a evolução do conhecimento, pode ser utilizada para estudar a realidade organizacional e, portanto, fornecer elementos para a elaboração de importantes teorias que contribuam para resolver muitos dos probemas do cotidiano administrativo e organizacional.

2. Pressupostos filosóficos na estruturação do conhecimento e do método científico

O metodo científico surgiu a partir de um conjunto de técnicas para investigar fenômenos e para a construção de novos conhecimentos, bem como para corrigir e integrar conhecimentos prévios em bases mais amplas.

Dentre os pressupostos filosóficos que contribuem para estabelecer os fundamentos e contornos de uma pesquisa de natureza administrativa e organizacional, destacam-se a metafísica, a ontologia, a axiologia,a gnosiologia, a epistemologia, empirism, positivismo, dentre outros.

A metafísica é um ramo da filosofia que estuda a essência do mundo, ou seja, é o estudo do ser ou da realidade, se preocupa em responder perguntas tais como: O que é real? O que é natural? O que é sobre-natural?. Tenta esclarecer as noções de como as pessoas entendem o mundo.

A ontologia é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, compreensão sobre como as coisas são. (BACKBURN, 1997; LALANDE, 1999). Onde serve como base para a delimintação de um problema de pesquisa, assim como ajuda a definir a epistemologia e o método de investigação a ser adotado. (CROTTY, 1998; KALLINIKOS, 2004). Já a ontologia idealista parte do princípio que um objeto ou entidade só passa a existir na medida em que é percebido por um observador, em uma contrução mental, estando relacionada ao mundo das ideias e á existência de um ego, um ser pensante a partir do qual as coisas existem. (DREYFUS, 1994; SACCOL, 2005; SEARLE, 1995).

A axiologia significa ‘‘teoria do valor’’ , ‘‘estudo do valor’’ ou ‘‘ciência do valor’’ (LALANDE, 1999).

A gnossiologia é o ramo da filosofia que se preocupa com a validade do conhecimento em função do sujeito cognoscente, ou seja, daquele que conhece o objeto. Este por sua vez, é questionado pela ontologia (ABBAGNANO, 2000). A gnosiologia ou filosofia do conhecimento, estuda a capacidade humana de conhecer.

A epistemologia é o ramo da filosofia interessado na investigação da natureza, fontes e validade do conhecimento. A epistemologia também estuda a evidência ou sseja os critérios de reconhecimento da ‘‘ verdade’’. Ante a questão da possibilidade do conhecimento, o sujeito pode tomar diferentes atitudes: Dogmatismo, defendida por Descartes; Ceticismo,defendida por Pirro de Ellis; Relativismo, defendida pelos sofistas que nega a existência de uma verdade absoluta e defende a ideia de que cada indivíduo possui sua própria verdade; Perspectivismo defendida por Nietzsche onde pensa que nenhum ser humano pode alcançar a sua totalidade.

De acordo com os autores, uma epistemologia objetivista pressupõe que os significados sobre todos os objetos e entidades existem independentemente de operações mentais. Surgem as epistemologias subjetivista e construtivista, onde a subjetivista são impostos sobre ojetos por parte dos sujeitos, dos seres pensantes, ou seja, são resultados das contruções mentais, sonhos, ou mesmo arquétipos que provém do subconciente coletivo.

Já uma epistemologia construtivista rejeita tal visão. De acordo com visão contrutivista, não existe uma realidade objetiva esperando por ser descoberta, não são descobertos mas sim construídos. A partir daí surge o contrutivismo social (SANTOS,2005) o qual pressupõe que essa construção de significado ocorre por meio dos precessos de interação social e da intersubjetividade.

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