A Epistemologia das Ciências Sociais
Por: 200385 • 26/4/2015 • Relatório de pesquisa • 1.834 Palavras (8 Páginas) • 235 Visualizações
Resposta Questão 1
Ernest Nagel e o Funcionalismo
Varias idéias do funcionalismo tem influência sobre a ciência social atual, em especial antropologia e sociologia. Na modernidade o enfoque funcional na ciência social surgiu em contrapartida aos métodos usados no século XIX. O funcionalismo se assemelha a biologia organicista em relação ao processo da ciência biológica, prima pela independência destas disciplinas e se opõe as interpretações “reducionistas” dos fatos sociais relacionados as características da conduta humana.
Nagel nos trás, dentro do ponto de vista de Malikowiski, a concepção de uso da analise funcional sobre a cultura. Está concepção relata que toda a civilização , hábitos, objetos, idéias e crenças tem alguma função importante, indispensável para o funcionamento do todo. Para Malikowiski, as instituições sociais correspondem as necessidades biológicas primarias do ser humano. Cada parte tem sua importância, por exemplo, a respiração é essencial para sobrevivência do ser humano. Uma célula ou órgão tem uma atividade e está atividade tem uma função.
Dentro de um exemplo de Nagel temos o exemplo de onde se analisa uma tribo africana ou australiana, podemos identificar diferentes estruturas sociais. Os humanos que são os atores principais do estudo tem suas relações sociais vinculadas a um todo integrado onde as suas estruturas não mudam com a mudança das unidades. S define que a estrutura social é a forma de comportamento social, é a vida da comunidade.
Na concepção de Rad eliffe-Brown a tarefa principal das ciências sociais é o estudo de como um sistema social se perpetua mantendo sua estrutura e como os sistemas sociais mudam de forma modificando sua forma estrutural. A tarefa requer o estudo da conduta e crenças em função de um determinado sistema social.
Na comparação do funcionalismo social com o funcionalismo orgânico da biologia encontra-se alguns problemas. Nas explicações funcionais da biologia os sistemas estudados são organismos individuais e os estados são de sobrevivência. Não existe nenhuma dificuldade na biologia de identificar um organismo individual. É de fácil identificação as atividades características de cada individuo as quais são estudadas.
Já nas ciências sociais isto ocorre de uma forma um pouco diferente. Os sistemas estudados pelos funcionalistas são sociedades individuais onde se examina sua estrutura social, atividades institucionais entre outros aspectos. Parecido com o método da biologia, se tem a possibilidade de examinar de se examinar com mais facilidade dos sistemas das sociedades mais primitivas encontrando dificuldades para as mais industrializadas.
Um dos impasses temos a questão da sobrevivência como aplicação do método na biologia e nas ciências sociais. Na biologia se tem a identificação da sobrevivência pelas funções vitais. Já nas ciências sociais podemos considerar o fim de uma sociedade a partir da morte de todos os indivíduos e herdeiros. Vemos então que o conceito de sobrevivência pode em certos aspectos não ser aplicado da mesma forma.
Os funcionalistas estão tendo mais êxito no estudo de sistemas sociais menores como famílias, tribos ou grupos fechados de uma determinada organização moderna e não da sociedade como um todo.
No estudo da conduta social é mais difícil estabelecer o caráter de indispensável de alguma instituição em particular com uma determinada função. Deve-se buscar o exemplo da importância desta instituição em várias sociedades onde esta fazia parte. Nagel nos trás o exemplo da universidade e sua importância no desenvolvimento de pesquisas as quais trazem benefícios para a sociedade. Deve-se demonstrar quem nenhuma instituição desempenha está função e nenhuma poderia desempenhar.
Referencias Bibliográficas:
NAGEL, Ernest. La estructura de la ciência,Cap. XIII, 3ed.Buenos Aires: Paidós, 1978.
Carl Hempel e as leis gerais nas ciências sociais
Carl Hempel em seu artigo “La función de las leyes generales en la historia” trás a tona uma noção de explicação como conceito principal para debater a aparência epistemológica do conhecimento historiográfico. Na maioria de seus artigos expõe explicações dos fenômenos naturais. Em todos os casos busca exemplificar a existência de leis gerais onde se procura provar os fatos ocorridos não de forma obrigatória. Em seu trabalhos Hempel busca provar que existe a possibilidade das ciências humanas explicar os fatos através de leis gerais da mesma forma das ciências naturais e exatas.
Segundo ele (1984, p.422), “por lei geral, entenderemos aqui uma afirmação de forma condicional e universal capaz de ser confirmada ou infirmada por meio de adequadas descobertas empíricas”. Provar uma afirmação como lei, deve ser provada pelos fatos ocorridos e visualizados. Vemos então que quando ocorre fatos regulares sobre influencia de condições especificas, podemos afirmar que determinado fato pode ocorrer como conseqüência. Podemos afirmar com base em dados antecedentes ao fenômeno. Se observado regularidades já vistas temos os enunciados legaliformes. Estes enunciados são caracterizados com quantificadores como “sempre”, “todos”. Tanto para Popper e Hempel as leis são princípios de uma determinada teoria cientifica, onde com auxilio de outros dados podemos construir explicações cientificas.
Quando existe leis gerais para analise do processo podemos ter a previsão de um fato que possa ocorrer e se tem uma visão que difere de um estudo que não se baseia em leis. Hempel (1964, p.425) relata que “...as condições iniciais e as leis gerais que o astrônomo aduziria para explicar um determinado eclipse do sol são as mesmas que podiam igualmente ter bastado para prever o eclipse antes de ele ter lugar.”
Hempel em seus artigos relata que toda a explicação cientifica deve seguir o modelo nomologico dedutivo de explicação o qual tem o explanandum que tem a função de conclusão do raciocínio que objetiva explicar o fato estudado. Já tendo a função explicativa, as bases do raciocínio, temos o explanans o qual tem duas formas de enuciando, um no qual se expressa os acontecimentos isolados e outro que expressa as leis gerais.
Referencias Bibliográficas:
HEMPEL, Carl. A leis e seu papel na explicação ciêntifica. Filosofia da Ciência Natural., 3ed. Rio de
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