Escola De Planejamento

Escola do Planejamento

1. Introdução

A Escola de Planejamento visa a formação da estratégia como um processo formal, sustentado por técnicas, programas, planos. Seguindo uma série de etapas desde a fixação do objetivo, passando pela análise do ambiente interno e externo, avaliação da estratégia criada, para chegar na execução da estratégia. Os níveis de planejamento principais são estratégico, tático e operacional, representando a empresa, os departamentos e os setores respectivamente.

A empresa escolhida foi a Shell. Ela tem suas origens em 1833, porém só veio para o Brasil em 1913 (e só se tornou a Shell Brasil S.A. em 1961). Em território Brasileiro a Shell contribuiu para grandes inovações, nos trazendo o primeiro posto de abastecimento em Brasília, primeira loja de conveniência em posto, além de diversos programas inovadores. Atualmente, entrou em acordo uma joint venture com a Cosan, formando a Raízen, uma empresa responsável pela produção e comercialização de açúcar, energia e etanol de cana-de-açúcar.

2. Desenvolvimento

Escolhemos para este trabalho uma entrevista com Fernando Cortezi, gerente de planejamento estratégico na Shell. Procuramos demonstrar abaixo, através da análise de trechos da entrevista, uma comparação do modelo estratégico da Shell com a Escola de Planejamento.

“Analisamos, basicamente, informações de fontes públicas, ou seja, internet

jornais e revistas. Também trabalhamos com algumas fontes primárias, através

de pesquisas de campo, seja com clientes ou fornecedores. Temos, também,

dentro da área de finanças, uma equipe que trabalha dados internos, que

podemos chamar de business intelligence.”

A Shell busca informações precisas sobre o mercado para elaborar cenários futuros relativamente precisos, para auxiliar na tomada de decisão. Fica claro que o processo é altamente formalizado e controlado, contando com diversos setores específicos para a obtenção de informações e planejamento, característica clara da escola do Planejamento.

“(...) a história começou por volta de 2002, quando a Shell Brasil decidiu abrir

um departamento que cuidasse de questões estratégicas corporativas no País”

Este trecho demonstra com precisão a existência de um setor específico para elaboração de estratégias. Como na escola do planejamento, a estratégia é formulada por pessoas dedicadas somente à isso, os ditos “estrategistas”. Podemos também perceber a alta formalização e organização do processo de planejamento dentro da Shell.

“Baseamos nossas decisões em fatos e, principalmente, em tendências. (…)

Nossas análises são prospectivas, com um panorama do que aconteceu e

acontece hoje, mas, principalmente, levamos em conta nossa visão do que

está previsto para o futuro.”

É comum a filosofia de “prever e preparar” na escola do planejamento, e, portanto, não é surpresa que tentar prever o futuro da forma mais precisa possível é algo que a Shell busca com afínco. Como seus planos são à longo prazo, é natural que a empresa tente se ajustar da melhor maneira possível à possíveis mudanças futuras.

“(...) utilizamos como base a metodologia de cenários que a Shell desenvolve

há mais de 30 anos.”

Na escola do planejamento, o uso de cenário para análise e elaboração de estratégias é altamente usado, pois acredita-se que esta seja uma forma mais segura de planejar e analisar os possíveis planos da organização. É comum também a formalização dos processos, que são seguidos de forma rigorosa pela organização como um todo.

“O nosso processo de planejamento estratégico começa com os cenários

globais de longo prazo (...) O processo de Inteligência Competitiva vai

afunilando esse processo, chegando a assuntos muito específicos, entrando

no detalhe, dentro de um tópico de área de negócios específica da Shell.”

O planejamento tem diferentes níveis, e segue diretrizes globais. O processo é altamente formalizado, controlado e detalhado, passando por diversos setores da empresa. A Shell tem planos de curto prazo (3-5 anos) e de longo prazo (20 anos), todos detalhados, levando em conta diversos cenários e possibilidades.

3. Conclusão

Tendo em vista os aspectos observados, a Shell e a Escola de Planejamento seguem uma visão estratégica formal, com uma grande variedade de pesquisas e criação de possíveis cenários (sendo esses positivos, negativos e prováveis). Desse modo, tendo um maior embasamento para a sua estratégia escolhida.

4. Bibliografia

http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/05/shell-waves-of-change.html

http://www.moreconsultoria.com.br/materias/materia_14.htm

http://www.shell.com/

http://s05.static-shell.com/content/dam/shell-new/local/corporate/corporate/downloads/pdf/investor/strategy/royal-dutch-shell-plc-energy-strategy-2014.pdf

5. Anexos

5.1 - Íntegra do Artigo

Entrevista Outubro: Fernando Cortezi

Presente há 93 anos no País, a Shell Brasil passou por diversos processos de modernização até tornar-se uma das maiores distribuidoras de combustíveis nacional. No Brasil, a Shell conta com 1.657 funcionários e atende cerca de 14% do mercado. Em 2005, a companhia vendeu mais de 10 bilhões de litros de combustíveis e 108 milhões de litros de lubrificantes. A empresa tem também um portfólio diversificado, atuando na área de varejo, com cerca de 2,3 mil postos de serviço espalhados pelo País; no segmento de indústrias e empresas de transportes, tendo fechado, em 2005, a venda de um milhão de tonelada de óleo combustível,