Escoliose

UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO

Campus ABC

O4 – Ana Paula Borges da Silva

Fisioterapia – 1º ano

Sistemas de Informação

Escoliose

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2011

Escoliose

Definição:

A escoliose é uma deformidade complexa da coluna vertebral, nos três planos do corpo (frontal, sagital e transversal), cujo principal componente é o desvio lateral anormal no plano frontal.

Uma alteração estrutural que ocorre numa variedade de condições. Sua etiologia é desconhecida e seu início ocorre no início da puberdade, tendo sua progressão associada ao estirão de crescimento, pode resultar numa deformidade grave, a qual pode ser acompanhada por comprometimento cardiopulmonar. Por isso deve ser tratado o mais precocemente possível, pois, após o término do crescimento vertebral, a probabilidade de correção é menor.

Incidência:

A incidência da escoliose na população em geral aproxima-se de 2 a 4%, representando cerca de 30% das incidências dos desvios posturais. A incidência da escoliose em crianças e adolescentes do sexo masculino foi de 3,4 e 7,3%. Dos indivíduos entre 10 e 16 anos, de 2 a 4% apresentam escoliose, sendo que a maioria afetada pertence ao sexo feminino. Sendo assim, a progressão da curva escoliótica apresenta-se maior em indivíduos do sexo feminino e que não atingiram a maturidade sexual e em curvas com ângulo maior que 30º.

A infância e a adolescência são períodos em que a prevenção e o tratamento de alterações posturais decorrentes do mau hábito postural e da sobrecarga biomecânica são mais eficazes, graças à maturação osteomuscular que ocorre nessas fases. Estudos demonstram que as mulheres são as mais afetadas no aspecto de auto-imagem, principalmente na adolescência, mesmo para a população saudável. Por outro lado, indivíduos do sexo masculino com escoliose têm uma pior percepção de sua saúde e apresentam maior índice de insatisfação com tratamento.

Mecanismo de lesão:

• Mau hábito postural;

• Sobrecarga biomecânica;

• Desequilíbrio muscular.

Fisiopatologia:

• Mudanças no tônus muscular e no alinhamento da coluna vertebral, que são responsáveis pelo desenvolvimento de dores musculares;

• A rotação dos corpos vertebrais ocorre para o lado da convexidade da curva e juntamente com a deformidade das costelas na coluna torácica ou dos processos espinhosos na coluna lombar (gibosidade);

• Diminuição da força muscular nos músculos extensores lombares;

• Menor eficiência neuromuscular.

Tratamento Fisioterapêutico:

Quando detectada na adolescência, dependendo do grau de sua curvatura, o tipo de tratamento conservador escolhido é a utilização de coletes que, segundo Vasiliadis, Grivas e Gkoltsiou, pode comprometer a qualidade de vida desse jovem. A fisioterapia consiste em outra forma de tratamento conservador que pode ou não ser associada ao uso do colete. No entanto, a literatura pouco se refere, de maneira reprodutível, aos resultados de tratamento fisioterápico nessa patologia, faltam evidências do resultado do tratamento conservador. Dos vários métodos fisioterapêuticos citados para o tratamento da escoliose, encontram-se: Reeducação Postural Global (RPG), Isostreching, Osteopatia, Cadeias Musculares, Pilates e o método Klapp. No entanto, quase não se encontram trabalhos científicos avaliando, principalmente de forma quantitativa, os resultados dessas técnicas.

O método Klapp é uma técnica antiga que é utilizada na prática clínica e, no entanto, pouco pesquisada. Consiste em alongamento e fortalecimento da musculatura do tronco por meio de posições em gatas e joelhos semelhantes aos quadrúpedes. Esse método foi criado por Rudolph Klapp em 1940. Ele estudou e observou que os quadrúpedes não apresentavam escoliose, enquanto os humanos, pela ação da gravidade na posição bípede, desenvolviam essa patologia.

• Técnica realizada no tratamento da escoliose:

Todos os voluntários foram tratados com o método Klapp, com a seqüência dos seguintes exercícios: relaxamento, engatinhar perto do chão, deslizamento horizontal, deslizamento lateral, engatinhar lateral, arco grande, virar o braço e grande curva.

Referência

Revista Brasileira de Fisioterapia

versão impressa ISSN 1413-3555

Resumo

DOHNERT, MB e TOMASI, E. Validade da fotogrametria computadorizada na detecção de escoliose idiopática adolescente.Rev. bras. fisioter. [online]. 2008, vol.12, n.4, pp. 290-297. ISSN 1413-3555. doi: 10.1590/S1413-35552008000400007.

INTRODUÇÃO: A escoliose idiopática adolescente (EIA) é uma alteração tridimensional da coluna vertebral. Sua etiologia é desconhecida e seu início ocorre no início da puberdade, tendo sua progressão associada ao estirão de crescimento. A análise angular de movimento e postura corporal através da imagem estática, conhecida como fotogrametria, permite ao fisioterapeuta quantificar e qualificar sua avaliação da postura/movimento corporal. OBJETIVO: Este