Escritores da Liberdade

ATIVIDADE:        

Escolha um dos personagens do Filme: Escritores da Liberdade e escreva um texto sobre como a consciência da identidade contribuiu para realizações e conquistas pessoais.

Personagem escolhida: Eva

        O filme narra a história de jovens de uma escola pública que tinham em comum a dificuldade de aprendizado e ligações com gângsteres.  Esses alunos eram tratados com discriminação, como se não houvessem importância alguma. De tanto a própria escola os tratar assim, eles mesmos se consideravam desta forma. A escola não acreditava neles e eles não acreditavam em si mesmos, a suas vidas se resumiam em apenas sobreviver e cuidar dos seus.

        Até que chegou a professora Gruwell. Percebendo o que os alunos enfrentavam procurou alternativas para que eles se interessassem nas aulas, entendessem que o estudo é muito importante e que havia muito mais do que o "mundinho" fechado em que cada um vivia. Uma maneira que encontrou foi fazer com que os próprios alunos escrevessem suas histórias. Essa prática possibilitou que eles se conhecessem melhor, conhecessem os outros colegas também, confiassem mais em si mesmos. Outra forma que ela encontrou foi procurar livros com que os alunos pudessem se identificar com a história, um deles foi o "Diário de Anne Frank", pois falava sobre a realidade vivida pelos Judeus na época do holocausto, o que muito se parecia com a realidade em que estavam vivendo.

        Eva foi a última a ceder à metodologia da professora, por isso ela foi a escolhida. A que mais nos chamou a atenção por ser uma menina determinada, com seus valores e princípios. Ela sabia o que queria, sabia o que tinha que fazer e sabia quem era. Eva era uma garota latina, que fez parte de um grupo de gângster liderado por seu pai, por quem tinha muito respeito e admiração. Sua identidade foi construída em cima de conceitos e valores desse grupo em que ela estava inserida, o que a tornava resistente a novas idéias e pensamentos, pois cresceu aprendendo esses valores.

        Esse processo possibilitou a Eva uma interpretação mais clara sobre a sua vida. Ela passou a refletir sobre seus atos e os atos da gangue a qual pertencia, e viu que algumas atitudes já não condiziam com o que ela achava que era o certo a se fazer. Ao conhecer melhor os colegas e ouvir suas histórias, Eva se identificava cada vez mais com as pessoas que ela tinha como inimigas devido às guerras entre as gangues, entendendo que fazia parte da sociedade como um  todo, deixando de lado pensamentos que a separava de outros tipos de pessoas e os valores e regras ensinadas por seu grupo, seguindo sua vida em busca de novos conhecimentos.