Estresse No Ambiente Organizacional: Estudo Sobre O Corpo Gerencial
Pesquisas Acadêmicas: Estresse No Ambiente Organizacional: Estudo Sobre O Corpo Gerencial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: eliseuleandro • 8/11/2013 • 7.456 Palavras (30 Páginas) • 802 Visualizações
Estresse no Ambiente Organizacional: estudo sobre o corpo
gerencial
Drª Sonia Mara Romero Adm. Luciano Oliveira de
Oliveria
M.sc. Sergio da Costa Nunes
Universidade Luterana do Brasil - ULBRA
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo verificar os níveis de estresse dos líderes e gestores de uma empresa
de médio porte de Canoas/RS, além de identificar os principais agentes estressores atuantes na
organização e propor alternativas que visem minimizar os efeitos do estresse no ambiente
organizacional. Caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa, de caráter descritivo exploratório,
por estudar as características de um grupo. Utilizou-se a Escala de Estresse no Trabalho (EET),
validada por Tamayo e Paschoal (2004) para coleta de dados, em uma amostra de 20 participantes;
envolvendo 100% dos líderes e gestores do quadro funcional da empresa. Os dados coletados foram
analisados estatisticamente, com análise univariada de freqüência e percentual, cálculos de média e
desvio-padrão, no programa SPSS 10.0. Através da análise da escala de estresse no trabalho,
composta de 23 afirmativas, verificou-se a incidência de estresse em nível médio na organização.
Identificou-se, também, que a empresa possui um ambiente organizacional favorável ao
desenvolvimento de programas redução do estresse e melhoria da qualidade de vida no trabalho.
Palavras-chave: estresse, gestores, gestão de pessoas.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, as organizações vivem períodos de avanço tecnológico e competitivo,
inerentes ao mundo globalizado, diferenciando-se através do seu capital intelectual. As
mudanças nos cenários organizacionais provocam uma sobrecarga física e mental nas pessoas
e as exigências e tensões atingem, principalmente, os níveis gerenciais. As pressões para
resultados e os desgastes emocionais que os gestores enfrentam no ambiente profissional,
tornam esses profissionais vulneráveis às doenças ocupacionais, principalmente o estresse.
Da mesma forma que a dor é um sinal de que algo no corpo não está bem; conflitos
internos, falta de motivação, absenteísmo, rotatividade e queda na produtividade, são também
sinais de alerta na organização. Assim como a pessoa necessita da investigação do problema e
tratamento, as empresas também necessitam investigar a origem dos seus problemas e buscar
meios para solucioná-los, senão, também acabam adoecendo.
Investigar as causas do estresse, proporcionar condições para tentar diminuir seus
efeitos, providenciar tratamento, quando necessário, são questões que começaram a ser
amplamente discutidas dentro das organizações. Para que um gestor possa liderar um grupo
com eficácia, segurança e confiança na sua capacidade de gerenciamento é necessário um
domínio sobre o seu sistema emocional. Trabalhar esses fatores emocionais, principalmente
nos níveis gerenciais, proporciona uma maior eficácia nos resultados da equipe e, como
conseqüência, em toda a organização.
Este artigo resulta de uma pesquisa realizada na Empresa Pavioli S.A., figura no
cenário brasileiro há mais de 38 anos, como uma organização altamente competitiva e de
reconhecido destaque no mercado de massas frescas, pizzas, biscoitos e petiscos, que busca
acompanhar a evolução tecnológica e econômica do mercado atual. Ganhadora de vários
prêmios, a Pavioli S.A. é uma empresa preocupada em atender às expectativas de seus clientes
internos e externos. Este é o resultado de um trabalho que reúne experiência, planejamento
estratégico e logístico, aliados as modernas instalações e valorização dos colaboradores, o que
garante alta qualidade e vantagem competitiva. A sede é em Canoas/RS, com um quadro de
280 colaboradores e 20 ocupantes de cargos de comando, entre gestores e líderes de equipes.
Por ser uma empresa altamente competitiva, agregada às constantes mudanças do
mercado, os executivos enfrentam várias pressões. Controlar o estresse negativo, aprendendo
a lidar positivamente com as pressões é um desafio que permite a organização conquistar um
diferencial competitivo no seu mercado de atuação. Nesse contexto, os objetivos do estudo
são identificar os níveis de estresse dos líderes e gestores e sugerir alternativas para minimizar
os efeitos negativos levantados. O estudo sobre o estresse dos gestores possibilita a análise e a
identificação de situações que podem influenciar na produtividade da empresa, subsidiando
planos de ação e programas que visam aumentar a qualidade e a produtividade.
2. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Cada organização procura subsídios internos e externos ao ambiente de trabalho, para
acompanhar os desafios da globalização. Neste contexto, a gestão de pessoas vem obtendo um
papel de grande
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