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Estudo de um Objeto Guarda-Chuva

Por:   •  23/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.438 Palavras (10 Páginas)  •  375 Visualizações

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Universidade do Minho – Campus de Engenharia

Design e Marketing de Moda

Académica: Marcela Luiza Casagrande

Unidade Curricular: Design, Cultura e Sociedade

Docente: Marlene Vinha

Estudo de um Objeto

 Guarda-chuva


  1. Introdução

O seguinte trabalho busca estudar e pesquisar de forma aprofundada, reunir e compilar informações relevantes e conhecimentos específicos sobre um determinado objeto – cujo escolhido foi o guarda-chuva. Através de relatos textuais visa contar a história e a sua respectiva evolução.


  1. História
  1.  Objeto

O item estudado no seguinte trabalho é o guarda-chuva. Inicialmente é necessário entende-lo como objeto e saber sua morfologia. O guarda-chuva é um utensílio dobrável, suportado por hastes de metal e que geralmente é montado em uma estrutura de madeira, metal ou plástico – estrutura tal qual sustenta uma tela feita de material plástico ou tecido (vide imagem 1). O guarda-chuva foi projetado para proteger as pessoas contra a luz solar e/ou contra a chuva, feitos para uso pessoal e normalmente é portátil.

Seu nome originou-se do latim, onde umbra significa sombreado ou sombra.

   

[pic 1]

Imagem 1.

A estrutura de um guarda-chuva.


  1.  Origem

Várias histórias permeiam a origem do mesmo, tendo registros de seu primeiro aparecimento na China Antiga, entretanto, possui indícios também no oriente médio, Egito Antigo, Grécia e Índia Antiga.

Partindo da data mais antiga em que se é citado de maneira textual, retornamos a 21 d.C., porém, seu uso pode ter vindo anterior a esta data, já que sombrinhas foram encontradas em um sítio arqueológico de Luoyang, também na China, datadas do século VI a.C. Há registros também em um livro de cerimônias chinesas, do século IV a. C. O seu uso sempre aparenta estar relacionado com realeza e a nobreza em geral, associado a cerimoniais e pessoas de destaque na sociedade – mas também, de fato, estritamente correlacionado com o ato de proteção principalmente contra raios-solares.

[pic 2]

Imagem 12.

Guarda-chuvas tradicionais chineses


2.2.1 Narrativa ao redor do mundo

Mesmo tendo sido seus primeiros registros originários na China, em torno do mundo a sombrinha também se difundiu. No Antigo Egito, encontramos o item de diversas formas. Representado de maneira bem simplificada, era composto de um leque de palmeiras, folhas ou penas coloridas fixadas em uma longa alça.

Na Grécia Antiga, era tido como item indispensável para as mulheres, onde ele é citado como item comum de uso feminino. Nesta época, até o guarda-sol exibia o luxo do estilo de vida do usuário. Possuía também um caráter religioso, carregado por sacerdotisas. Migrando da própria Grécia, na Roma Antiga, o objeto parece ter sido uso habitualmente por mulheres e até por alguns homens mais afeminados. Quem carregava este item era sempre um escravo que tinha a função que protegê-las com essa sombrinha.

Na Índia Antiga, vários sânscritos relatam a existência de guarda-chuvas bem como em livros há relatos de salões e tronos de reis adornados com os mesmos. Na Europa não se obtém muitos registros, demonstrando o quão incomum era o seu uso naquela fase do tempo – o mais adequado para a chuva, àquela altura, eram as capas. Entretanto, na França, o guarda-chuva começou a aparecer mais na década de 1660, quando o tecido de guarda-sóis para proteção contra o sol foi coberto com cera – permitindo então seu uso contra as intempéries de tempo. Eles ainda eram decorados nas bordas com rendas de ouro e prata, mantendo a ideia de que para possuí-lo ainda era um artigo de luxo.

[pic 3]               [pic 4]

     Imagem 13.                                                   Imagem 14.

Marchesa Elena Grimaldi - Anthonis van Dyck (1623)       Madonna dell Ombrello - Girolamo dai Libri (1530)

3. Usos e funções

Tem-se conhecimento de que a primeira função do guarda-chuva era a proteção contra raios solares e somente isto. Visando sua origem na China, a cultura chinesa valorizava a pele clara, amplamente associada a nobreza, sendo assim, o uso da sombrinha era uma necessidade cultural para se manter nos padrões. Seu frequente uso como acessório feminino também é citado e retratado em pinturas (vide imagem 4). Conforme foi supracitado, apenas após longos períodos seu uso foi designado para contra a chuva, somente quando os topos foram revestidos com cera e se tornaram impermeáveis.

[pic 5]

Imagem 4

Woman with a Parasol - Madame Monet and Her Son, Claude Monet (1875)

Atualmente, o guarda-chuva funciona como o nome lhe sugere, para proteção contra a chuva. Mas ainda é também popular seu uso durante dias muito quentes para poupar os raios solares, embora o mais adequado seja o guarda-sol – maior e com telas mais resistentes e grossas, a fim de impedir a passagem de raios UV.

Há ainda usos de variações do guarda-chuva em cerimônias religiosas, como o chamado ombrellino (vide imagem 2), pertencente da igreja católica, é uma peça histórica semelhante a uma sombrinha e embora os papas não o utilizem mais pessoalmente, ele é exibido em ritos como a morte de um papa e a eleição do seu sucessor. Ele é feito de uma alternância de tecido vermelho e dourado e geralmente é apresentado de uma maneira parcialmente desdobrada.

[pic 6]

Imagem 2.

Ombrellino na Cathedral Basilica of St. Louis (2011)

Existem ainda as sombrinhas fotográficas. Trata-se de uma mesma estrutura de guarda-chuva – haste de metal e revestimento de tela em sua parte superior – porém, com um intuito completamente diferente do que o habitual para o item. A sombrinha fotográfica (vide imagem 3) serve para reduzir reflexos nas fotos, rebater a luz, amenizar sombras indesejáveis, proporcionar uma luminosidade suave e quebrar algumas luzes – tornando a iluminação mais homogênea.

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