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Evolução Das Teorias Da Administração

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Por:   •  21/2/2015  •  Artigo  •  1.217 Palavras (5 Páginas)  •  191 Visualizações

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Evolução das teorias da administração

- uma síntese histórica -

"... nascemos em organizações, somos educados por organizações, e quase todos nós passamos a vida a trabalhar para organizações. Passamos muitas de nossas horas de lazer, a pagar, a jogar e a rezar em organizações. Quase todos nós morreremos numa organização, e quando chega o momento do funeral, a maior de todas as organizações — o Estado — precisa dar uma licença especial”.

Amitai Etzioni

Os primórdios da administração

O homem compreendeu, desde cedo, que se tratava de um animal social; ou seja, sua preservação individual e felicidade estavam condicionadas ao convívio co o outro, com o grupo. A história está recheada de fatos que comprovam a existência de grupos organizados de pessoas em torno de um objetivo: proteger-se contra ataques inimigos, contra as intempéries do tempo, lazer, convívio social, conseguir alimento (caça, pesca, etc). Podemos afirmar, por isso, que os princípios da convivência social organizada são atávicos ao ser humano.

Além da convivência social, também o trabalho em grupos organizado parece ser algo atávico à natureza humana, e a história nos mostra um sem-número de exemplos de competência dos nossos antepassados na organização do trabalho e na realização de grandes obras, Exemplos que indicam ter havido planos formais, organizações de trabalho, liderança e sistemas de avaliação, prática eficiente de funções administrativas que se transformaram em ricos legados à humanidade, alguns dos quais, até hoje defendidos e utilizados pelos grandes teóricos da administração. Façamios um breve retrospecto na história dos grandes empreendimentos da humanidade.

Os egípcios criaram e aplicaram os princípios de administração em projetos arquitetônicos de engenharia, além das pirâmides, como canais de irrigação, edificações de grande porte, entre outros. Contribuíram com princípios de planejamento das atividades, criação da figura do comandante e conselheiro dos trabalhos, organização do trabalho em grupos, divisão de atividades e responsabilidades e a técnica da descrição detalhada de tarefas. A construção das pirâmides do Egito, na qual foram envolvidos 100.000 trabalhadores durante 20 anos, atesta a competência de homens, que sabiam não só como elaborar projetos, mas, também, possuíam habilidade em mobilizar e gerenciar recursos humanos. Em assuntos de negócios e governamentais, os egípcios também demonstraram competência; seus documentos possuíam registros de quem, quando e por quem haviam sido emitidos, e por quem e quando foram recebidos, o que demonstra alto grau de eficiência e organização.

Os babilônios deixaram à humanidade poderoso legado com O Código de Hamurábi (governador da Babilônia - 2000 a 1700 a.C.). Tratava-se de um texto de leis orientadoras do povo no princípio do trabalho; criaram o princípio da paga mínima, os primeiros modelos de contratos de trabalho e recibos de pagamento que permitiam as transações comerciais da época. O Código de Hamurábi cobre assuntos sobre vendas, empréstimos, contratos, sociedades, acordos e notas promissórias.

Os hebreus, através da Bíblia, demonstraram princípios básicos de administração. O êxodo de Moisés, por exemplo, é uma grande deemonstração de competência gerencial, pois foi utilizado como políticia de descentralização de decisões com as primeiros idéias de núcleos organizacionais. Os 10 Mandamentos, por sua vez, trazem regras de conduta e comportamento que preservam a possibilitam a vida e a solidariedade do grupo.

Dos romanos, herdamos os princípios do sistema semi-industrial de produção, o sistema de manufatura armamentista, a produção de cerâmica para o mercado mundial, a indústria têxtil para exportação, a criação do sistema rodoviário para distribuição de bens. Destacaram-se como grandes administradores, tendo relevante papel nas áreas de direito, administração e estratégias de guerra. O Império Romano e a Igreja Católica são exemplos de administração e competência desse povo. O Estado romano regulava todos os aspectos da vida econômica: determinava as tarefas comerciais, armazenagem, regulava corporações e usava estes rendimentos para a guerra. Era um Estado autoritário e partia de dois conceitos fundamentais: disciplina e funcionalidade; por isso, a grande contribuição romana está afeta às leis, a ação governamental, manifesta no conceito de ordem. O código do direito romano ainda é modelo para todas as civilizações.

Os gregos, cuja grande contribuição à humanidade se deu nas artes, na literatura, na dramaturgia, na língua e na filosofia, copiaram modelos de administração, direito e disciplina dos romanos. Isso porque sua filosofia de vida era ser contra a atividade econômica, considerada indigna para o ideal grego de homem. Assim como o trabalho manual (suar, cansar-se era impóprio de um nobre grego!), o comércio era inconcebível

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