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Exodo Rural

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Por:   •  5/11/2014  •  1.017 Palavras (5 Páginas)  •  532 Visualizações

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O ÊXODO RURAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA A PRODUÇÃO ARTISTICA NO SÉCULO XIX / XX

O êxodo rural é o termo pelo qual se designa o abandono do campo por seus habitantes, que em busca de melhores condições de vida, se transferem de regiões consideradas de menos condições de sustentabilidade ao outras, podendo ocorrer de áreas rurais para centros urbanos. Este fenômeno se deu em grande proporção no Brasil, no século XIX e XX e foi sempre acompanhado pela miséria de milhões de retirantes, e sua morte aos milhares, de fome, de sede, e de doenças ligadas à subnutrição.

Os motivos fundamentadores do êxodo rural são diversificados, mas em regra seguem as mudanças sócio-econômicas e também as condições regionais, como a seca e a fome.

Podemos citar como motivos fundamentadores maiores do êxodo rural brasileiro os grandes engenhos de cana-de-açúcar e suas promessas de emprego, a economia promissora do café, industrialização e empobrecimento, a construção de Brasília e o êxodo para o planalto central e o êxodo rural na época da ditadura.

Nesta esteira, muitos artistas se preocupavam com estes fatos sociais e suas drásticas consequências, como a marcante música Asa Branca, que tomou forma na voz de Luiz Gonzaga, as pinturas de Cândido

Portinari e Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto nos fazendo refletir sobre os retirantes.

ASPECTO ARTÍSTICO DOS RETIRANTES

A época consignada em que o autor João Cabral de Melo Neto traz folêgo ao escrito “Morte e Vida Severina” remonta o agreste brasileiro, principalmente o pernanbucano com ênfase deveras regional. Tempo que difere ao nosso em diversos sentidos, com lastro em vários acontecimentos sociais que até parecem história de cinema. Entretanto, difentemente de um filme com um desenvolvimento por vezes sofrido e ao final da trama quase em regra com um fechamento magestoso e feliz, em meados da década de cinquenta do século vinte a conclusão desse filme na vida real não era bem assim. Isto pois era tempo que mesmo todo labor digno e suado não era necessário para o êxito na vida, momento em que tudo se apresentava mais difícil, onde trilhar com o sofrimento e dor parecia uma consequência de viver, no qual a morte parecia mais lógica e razoável que a própria vida.

A lógica humana naturalmente é aprender, se desenvolver e procurar uma vida com mais contento e crescimento econômico, com mais conforto, prosperidade e meios para ser uma pessoa verdadeiramente feliz. E como emergir de uma terra que não

nos trás possibilidades de termos bem estar ou que não nos faz sorrir?

Em busca da ascensão fazemos de tudo para não sermos ofuscados, e com impulso na dor e sofrimento temos um combustível determinante que nos traz força para chegarmos onde vislumbramos. No tempo em que a seca era voraz, que a escassez de alimentos era uma regra e que parecia não ter espaço mínimo para a própria subsistência, algumas pessoas se arriscavam e demandavam indetermináveis quilômetros tentando ao menos uma vida mais digna e menos sofrida. Para tanto, safrificavam o pouco que tinham, abdicando muitas vezes o que tinham de maior e coisas que eram irreptíveis, como o calor humano, o beijo de uma mãe em seu filho, ao cair no desconhecido para obter algo que nem se sabe direito. É o caso dos retirantes, que se deslocavam de um lugar menos privilegiado e sofrido , geralmente alocado na zona rural nordestina para os conglomerados urbanos, com a esperança de mudarem seu quadro de vida para melhor.

Candim, pequeno garoto da cidade de Brodósqui, interior de São Paulo via estas cenas as dezenas em momentos sazonais de sua infância. Sua cidade era conhecida pela prosperidade nos tempos do café, que era

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