Extração Do Oleo De Amendoim

ESTUDO DO IMPACTO DA VARIAÇÃO DO TEMPO E DO SOLVENTE UTILIZADO NA

EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE Arachis hypogaea (amendoim)

Édina Legramante, Katiele Bedin, Lauana Boeri, Maristela Dariz, Tatiana Wilhem

Área das ciências Exatas e Ambientais – Engenharia Química

Universidade Comunitária da Região de Chapecó

RESUMO

O amendoim (Arachis hypogaea) pertence ao grupo das leguminosas e é uma planta de

origem sul-americana. O seu óleo bruto é amarelo claro, com odor e sabor agradáveis,

apresenta alta qualidade nutricional e vem sendo cada vez mais pesquisado em estudos,

pois possui diversas aplicações na indústria de alimentos, cosméticos e farmacêutica.

A extração do óleo pode ser feita por prensagem mecânica, ou extração por solvente.

No presente trabalho avaliou-se a influência do tempo de extração (2 e 4 horas) e do

solvente(éter de petróleo e hexano) utilizado, no rendimento do óleo. Os fatores tempo

e solvente isolados foram significativos, sendo que o fator que mais influenciou sobre o

rendimento final foi o tempo. O rendimento encontrado foi de 45% para o solvente hexano

em 4 horas de extração e de 42% com solvente éter de petróleo em 4 horas de extração.

Palavras chaves: amendoim, extração, rendimento em óleo

INTRODUÇÃO

A cultura do amendoim (Arachis hypogaea) é mais antiga em nosso país, do

que a de soja. Seu óleo é o que mais se assemelha ao de oliva (Moretto, 1998).

O amendoim é uma leguminosa de origem sul-americana. Rico em óleo,

proteínas e vitaminas, era uma importante fonte de energia e aminoácidos utilizada

intensamente na alimentação dos indígenas antes da colonização. Nos dias atuais o

amendoim é um produto conhecido e apreciado em praticamente todos os países pelo

seu incomparável sabor e versatilidade de uso em pratos salgados, doces e indústria

(Suassuna, 2006).

O óleo de amendoim já foi de uso de muitos povos como protetor da pele e pode

ser extraído por prensagem mecânica ou por solvente. O rendimento da semente em

óleo está em torno de 45%. O óleo extraído das sementes descascadas, sem película

e sem embrião se mostra mais puro e de maior valor comercial. O óleo de amendoim

não refinado é utilizado como combustível lubrificante e na indústria de sabões finos

(Abicab, 2012).

No Brasil, em 1980, a Embrapa participou da tentativa de produção de energia a

partir de fontes renováveis além da cana de açúcar. O maior objetivo do projeto era

promover fontes alternativas de óleos vegetais para a produção de biodiesel. Houve

um grande interesse em pinhão (Jatropas curcas) e macaúba (Acrocomia aculeata),

plantas pouco exigente quanto ao clima e solo (Pighinelli, 2007).

Em termos de ácidos graxos, comparando-se com o óleo da soja, o amendoim

contém, em média, 41 e 38% dos ácidos oléico e linoléico, respectivamente, contra

24 e 55% do óleo da soja 2010. Essas características dão uma indicação da maior

resistência à rancificação, o que é um fator importante no aspecto sensorial do

óleo para fim comestível (Santos, 2012). A estabilidade do óleo é uma importante

característica e está geralmente relacionada ao conteúdo de ácido linoléico, ou seja,

quanto maior a taxa deste ácido, menor a estabilidade do óleo (Moretto, 1998).

O óleo bruto é amarelo claro, com odor e sabor agradáveis, sendo relativamente

livre de fosfatídeos. A matéria insaponificável é formada de 0,2% de esteróis, 0,02 a

0,06% de tocoferóis e outros antioxidantes, além de outros hidrocarbonetos (Pighinelli,

2007). A extração do óleo pode ser feita por prensagem mecânica, dando origem à

torta gorda, ou por solvente, originando a torta magra. Podem ser usados, ainda, os

dois métodos associados. Os métodos de determinação do teor de óleo mais

conhecidos são os gravimétricos, utilizando-se os equipamentos dos tipos Soxhlet e

Randall (Suassuna, 2006).

A extração por prensagem mecânica origina uma torta mais rica em óleo,

destinada à alimentação animal, caso o teor de óleo seja menor que 2% e a extração

tenha ocorrido em condições higiênicas, pode-se fazer farinha para consumo humano

ou utilizar como fertilizante (Pighinelli, 2007).

Pelo método de extração com solvente de Soxhlet obtém-se maior quantidade de

óleo em