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FAMÍLIA: PRIMEIRO CONTATO SOCIAL E SUAS INFLUÊNCIAS NA FORMAÇÃO DO SER

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Por:   •  23/8/2014  •  2.650 Palavras (11 Páginas)  •  2.396 Visualizações

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FAMÍLIA: PRIMEIRO CONTATO SOCIAL E SUAS INFLUÊNCIAS NA FORMAÇÃO DO SER

Resumo:

Esse artigo é fruto de observações feitas a partir do Estágio Supervisionado IV da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, realizado em uma escola municipal do município de Seropédica localizado no estado do Rio de Janeiro. A partir de bases teóricas foram observados dois alunos e realizada algumas investigações e observações de seu ambiente familiar, sendo possível entender como a família influencia na educação dessas crianças e no seu comportamento social. A família é um agente significativo na formação do ser, pois nela encontramos o primeiro contato social.

Palavras-chave: Família; educação; crianças; comportamento social

Desenvolvimento:

A família é a união de indivíduos ligados por consanguinidade ou que possuem laços afetivos. A família é a unidade básica da sociedade. Segundo ALVES (2005,p.1):

“Na literatura antropológica e sociológica a definição de família não se restringe ao grupo domiciliar, pois os laços de família extrapolam o domicílio, a cidade e até o país. Nessa perspectiva de estudo, uma família engloba pessoas com diferentes graus de parentesco, definidos a partir da descendência/ascendência sanguínea, ou através do casamento e da adoção.”

A família brasileira veio sofrendo significativas modificações desde sua descoberta em 1500. Na época em que o Brasil era caracterizado por escravos, produção rural, o chamado Brasil-Colônia, encontrávamos famílias extensas, tradicionais e era comandada pelo pai. A construção dessa família não era baseada pela afetividade e sim em interesses econômicos, no qual o a junção de famílias poderosas era a principal finalidade do casamento.

Esse formato de família foi deixando de ser o principal no Brasil no final do século XIX. Nesse período encontramos o início da urbanização, cenário no qual as famílias passam a sair da zona rural e a habitar a área urbana do país. Isso ocorre porque encontramos nesse período a proclamação da república, industrialização e urbanização do Brasil e com essa nova fase várias mudanças no padrão de vida da família brasileira. Nesse momento o modelo de família que prevalece é chamada nuclear, esse modelo de família é caracterizada por pai, mãe e filhos. Nesse primeiro momento o pai ainda é provedor da família, e a mãe ocupa um espaço mais autônomo, mas apenas dentro do lar, nesse momento a mãe tem o papel de cuidar dos filhos e do espaço doméstico.

“...a nuclearização da família moderna corresponde a uma mudança nas instâncias dos desdobramentos do poder de alma-corpo para igreja, médicos e pais, e, também, pela crescente urbanização e industrialização.” (MÜLLER. 2009,p.3)

A família nas ultimas décadas sofreu grandes mudanças, dessa vez por reflexo da globalização e da economia capitalistas. Novos modelos de família surgiram. A família contemporânea a que não é mais um pai provedor e a mãe que cuida do lar e das crianças. A mulher vem ocupando um novo papel na sociedade, no qual ela deixa de ser apenas cuidadora do lar e passa a ser a provedora. Muitas famílias estão sendo chefiadas por apenas uma pessoa. Casais estão se separando com mais frequência, com isso a família passa a ser ministrada por apenas a mãe ou o pai. Novas famílias surgem a partir da primeira família, sendo constituída dessa maneira por padrastos, madrastas, enteados e irmãos postiços. A união de casais homossexuais também constitui um novo modelo de família. Dessa maneira a família tradicional, composta por um casal heterossexual e filhos biológicos, passa a dividir espaço com outros modelos familiares existentes na sociedade contemporânea.

Na sociedade atual encontramos muitos modelos de família, não tento apenas um único modelo principal. Entre elas encontramos a Família Nuclear, como foi falado anteriormente, é a família composta pelo pai, a mãe e os filhos. No caso do pai da Família Nuclear ser o único ou principal provedor da família temos, então, uma Família Nuclear Tradicional. Temos as Famílias Monoparentais, que são constituídas por apenas um dos genitores e os filhos. Essa família é originária de viuvez, separação, ou por geração por parte de uma mulher solteira. Na maioria das vezes o genitor dessa família é uma mulher. Encontramos também a família chamada Recomposta, que é formada pelo segundo casamento, ela pode ser formada ou não com filhos do primeiro casamento. E por fim, temos a família onde os pais são homossexuais e adotam filhos. Em 5 de maio de 2011 foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a união de casal do mesmo sexo como entidade familiar. Mas ainda assim, esse modelo de família é a que sofre mais preconceito nos dias de hoje.

Ventilar-se a possibilidade de desrespeito ou prejuízo a um ser humano, em função da orientação sexual, significa dispensar tratamento indigno a um ser humano. Não se pode, simplesmente, ignorar a condição pessoal do indivíduo (na qual, sem sombra de dúvida, inclui-se a orientação sexual), como se tal aspecto não tivesse relação com a dignidade humana (RIOS, 1998, p. 34).

Todos esses novos tipos de família têm um ponto em comum: a constituição da família baseada na afetividade. Segundo DIAS (2009, p. 28) “Existe uma nova concepção da família, formada por laços afetivos de carinho, de amor”. Na sociedade contemporânea a família perde aquela característica patriarcal onde o pai é o provedor da família e os filhos e a mulher lhe devem apenas obediência e passa a ser norteada pelo afeto. O casamento acontece, em sua maioria, apenas pelo afeto entre os conjugues, não há mais as questões de interesses e a relação com os filhos é de amor. Pelo fato da única razão do casamento existir ser o amor entre os casais, há um crescente número de divórcios na sociedade atual, pois quando o amor acaba não há mais motivo para dar continuidade ao casamento.

A família, qual seja o seu modelo, tem o papel de promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social. É no âmbito familiar que se absorvem valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações. O ambiente familiar contemporâneo tem como principal responsabilidade dar proteção aos componentes da família. No ambiente da família deve haver harmonia, afeto, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos

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