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Fabrica De Loucuras

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Por:   •  13/5/2014  •  467 Palavras (2 Páginas)  •  561 Visualizações

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chamado, como o “salvador da pátria”, pois é nele que são depositadas todas as esperanças de dias melhores, haja vista a grande avalanche de fechamento de portas no comércio local, em uma cidade à beira da ruína, dependente que é das finanças geradas pela fábrica de automóveis. Essa perspectiva é bem retratada logo no início do filme, quando são apresentadas cenas em que Hunt, ao encontrar com sua namorada (Audrey), se desloca pela cidade e é saudado por quem o vê. Hunt sente-se confiante de sua missão, pois “quem resiste a essa cara de pau?” É o que ele diz para uma de suas interlocutoras, que o encontra no caminho. Ele sabe que se falhar, “a cidade vai pro brejo”, e compartilha esse misto de confiança e nervosismo para a sua namorada.

Não se deve esquecer que nesse cenário as relações estão permeadas pelo fetichismo da mercadoria, onde as coisas (e as pessoas) estão subsumidas ao valor de troca, que subtraiu/substituiu o valor de uso (e social), passando a determiná-lo de fora, do exterior. É nesse cenário inicial, portanto, que o filme “Fábrica de Loucuras” está inscrito e que Hunt, como um dos personagens principais irá mergulhar. Uma saga que vai da esperança, seguida da vitória em conseguir a reinstalação da planta da fábrica, voltando à derrocada novamente. Mas que, ao final, é superada pelo que pode ser visto como uma vitória final, bem característica dos filmes hollywoodianos.

A maior expressão dessa vitória é a produção de 15 mil carros, e a consequente aceitação da produção, após essa ter passado pelo rígido controle de qualidade feito pessoalmente pelo diretor presidente da Assan Motors Company, Sr. Sakamoto (Sô Yamamura), e seu sobrinho e braço direito, Saito (Sab Shimono).

Ao se deslocar para Tókio, Hunt encontra-se frente a uma primeira dificuldade: a barreira linguística. Assim, após uma pequena saga procurando o prédio sede da Assan Motors Company, tendo ido parar, inclusive, em um campo de plantação de trigos, passando pelo centro nervoso de Tóquio, em uma garupa de bicicleta, Hunt se depara com uma situação que aos seus olhos norte-americanos é um tanto quanto inusitada e pouco convencional, mas que faz parte do cotidiano gerencial daquele país: ao adentrar em uma sala, Hunt vê aquele que no futuro próximo será o gerente da fábrica que será reinstalada em sua cidade. Aos berros, e vestido de kimono com várias faixas coloridas penduradas (“faixas da vergonha”), Cosohiro (o outro personagem principal, estrelado por Gedde Watanabe) está em uma escola para “gerentes fracassados”, cujas atividades envolvem diversos elementos de cunho constrangedor, tais como chicotadas e auto xingamentos depreciativos. É assim a cultura gerencial japonesa retratada no filme em análise, que no decorrer da trama vai sendo mostrada em sua mais dura realidade, inclusive se mostrando como um contra censo perante aos trabalhadores da cidade norte-americana

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