Falácia Feijista
Por: jadisp • 4/4/2016 • Abstract • 313 Palavras (2 Páginas) • 224 Visualizações
Falácia feijista
Quando eu digo para as pessoas que me conhecem, e que não me conhecem também, que não como e odeio feijão, a ponto de sentir nojo apenas sentindo o odor, normalmente, se espantam (ainda quero entender isso), ou ficam indignados (sem o menor motivo plausível, pois é uma escolha pessoal), e aí apelam pra “falácia feijista” de que “o feijão tem muito ferro”, “feijão é vida”, “se tu não comer feijão, tu vai sumir, vai ficar só a cabeça”, “tu precisa de feijão”, e até de que “feijão é cultura, se tu não come, tu não faz parte dela (sim, eu lamentavelmente ouvi isso outro dia...)”.
Tais argumentos não fazem o menor sentido, primeiro que o feijão não é a única fonte de ferro. O espinafre, as cevadas, a lentilha, soja, grão de bico, fornecem tanto quanto, ou mais ferro do que o feijão em si. E segundo, que esse tipo de falácia se assemelha muito a falácia carnista, de que o corpo necessita das proteínas provenientes da carne, e que só “comendo folha” não dá pra ter esses nutrientes, atacando uma limitação que não existe na alimentação vegetariana, uma vez que a diversidade vegetal disponível pra consumo humano é gigante, e abrange também grãos e cereais, frutas, verduras, oleaginosas, castanhas, ervas, temperos e algas, variedade essa que possui milhares, senão milhões, de combinações culinárias possíveis.
Quando me falam essas coisas, sinto o mesmo quando falam que eu preciso me vestir de tal maneira, que eu preciso frequentar tais lugares, e que eu devo fazer essas coisas baseadas no mesmo tipo de argumentação que citei acima. Eu NÃO GOSTO e NÃO QUERO que me imponham esses padrões, eu os odeio.
Então, se quiserem manter minha amizade, eu peço encarecidamente: não me ofereçam feijão, pelo amor de Son Goku. Pois rejeitarei de bom grado, e na pior das situações, ficarei chateado com quem fizer isso...
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