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Ultra-som

O ultra-som é um tipo de som, e todas as formas de som consistem em ondas que transmitem energia por alternar compressão e rarefação. O ultra-som é uma onda com uma freqüência maior que 20.000 ciclos por segundo (hertz [Hz]). Esta definição é baseada nos limites da audição humana normal. Humanos podem ouvir sons com uma freqüência de 16 a 20.000 Hz; com uma freqüência maior do que esta é conhecida como ultra-som. Geralmente a freqüência terapêutica do ultra-som é uma freqüência entre 0,7 e 3,3 megahertz (MHz) para maximizar a absorção de energia de tecidos mole em uma profundidade de 2 a 5 cm. (CAMERON, Michelle H, 2009)

O som audível e o ultra-som têm muitas propriedades similares. Por exemplo, como o ultra-som viaja através do material, ele gradualmente diminui sua intensidade como resultado de atenuação do mesmo modo em que o som que ouvimos se torna discreto quando nos afastamos da sua origem. As ondas do ultra-som causam movimentos levemente circular do material à medida que são transmitidas, mas elas não transportam o material junto com a onda. (CAMERON, Michelle H, 2009)

O ultra-som contínuo é geralmente usado para produzir efeitos térmicos, enquanto o ultra-som pulsado é usado para efeitos não térmicos. Ambos os efeitos, térmicos e não térmicos, do ultra-som podem ser usados para acelerar a conquista de objetivos do tratamento quando é aplicado para patologias apropriadas num determinado o tempo. (CAMERON, Michelle H, 2009)

Efeitos do ultra-som

O ultra-som tem uma variedade de efeito biofísico. Ele pode aumenta a temperatura de tecidos profundos e superficiais e tem vários efeitos não-térmicos. Tradicionalmente estes efeitos têm sido considerados separadamente, embora em alguma classe ambos ocorram em todas as aplicações do ultra-som. O ultra-som contínuo tem a maior parte dos seus efeitos na temperatura dos tecidos, contudo, efeitos não térmicos também podem ocorrer com o seu uso. (CAMERON, Michelle H, 2009)

Adicionalmente, embora o ultra-som pulsado, Tipicamente aplicado clinicamente com ciclo de pulso de 20% e uma baixa intensidade média espacial média temporal (SATA), produz mínimas mudanças sustentadas na temperatura dos tecidos, ele pode ter um pequeno e breve efeito de aquecimento duramente o tempo de um pulso. (CAMERON, Michelle H, 2009)

- Efeitos Térmicos: Os estudos iniciais demonstram que o ultra-som pode aumentar a temperatura tecidual, como publicado por Harvey em 1930. Os efeitos térmicos do ultra-som, incluindo aceleração do metabolismo, redução ou controle da dor e espasmo muscular, alteração da velocidade de condução do nervo, aumento da circulação e aumento da extensibilidade de tecidos moles, são os mesmos obtidos com a outra modalidade de aquecimento, exceto que as estruturas aquecidas são diferentes. O ultra-som alcança mais profundamente e aquece pequenas áreas que a maioria dos agentes de aquecimento superficial. (CAMERON, Michelle H, 2009)

-Efeitos Não-Térmicos: O ultra-som tem uma variedade de efeitos dentro dos processos biológicos que, supostamente, não têm relação com qualquer aumento na temperatura dos tecidos. Estes efeitos são o resultado de eventos mecânicos produzidos pelo ultra-som, incluindo cavitação, corrente acústica e micro-fluxo. Quando o ultra-som é distribuído em um modo pulsado com 20% ou menos ciclo de pulso, o calor gerado no tempo on do ciclo é disperso durante o tempo off, resultando em aumento líquido na temperatura não mensurável. Portanto, o ultra-som pulsado com o ciclo de pulso de 20% tem sido geralmente usado para aplicar e estudar efeitos não-térmicos. Alguns estudos mais recentes também têm usado baixas intensidades de ultra-som contínuo para estudar estes efeitos. (CAMERON, Michelle H, 2009)

Aplicações do Ultra-som

O ultra-som é usado habitualmente como um componente de tratamento de uma ampla variedade de patologias. Estas aplicações têm as vantagens dos efeitos térmicos e não-térmicos do ultra-som. Os efeitos térmicos são usados principalmente antes do alongamento de tecidos moles encurtados e para redução da dor. (CAMERON, Michelle H, 2009)

Indicações Na Dermato-Funcional

O Uso do ultra-som para Fibro edema gelóide (FEG) pode ser indicado tanto pelos seus efeitos já conhecidos, como o aumento da circulação, com conseqüência neovascularização e relaxamento muscular, por seu efeito mecânico com a micro-massagem, o rearranjo e extensibilidade das fibras colágenas e melhora das propriedades mecânicas do tecido, como por seus efeitos de veiculação de substância por fonoforese. (CAMERON, Michelle H, 2009)

Contra-Indicações.

As contra-indicações ao uso do ultra-som são os tumores malignos, mulheres grávidas, tecidos que compõe o sistema nervoso central, indivíduos que fazem utilização de marca-passo, trombo flebite, cimento articular, órgãos reprodutores e olhos. (CAMERON, Michelle H, 2009)

Técnicas de Aplicação.

Para a aplicação eficaz e segura do ultra-som terapêutico é necessário uma seqüência de procedimentos que são recomendações específicas para diferentes aplicações clinicas. Segue um guia geral de parâmetros de tratamento. (CAMERON, Michelle H, 2009)

-Freqüência: É selecionada de acordo com a profundidade a ser tratada. Em tecidos com profundidade acima de 5 cm é usado 1 MHz e em tecidos com 1 ou 2 cm de profundidade são usados 3MHz. (CAMERON, Michelle H, 2009)

-Ciclo de Pulso: O ciclo de pulso é selecionado de acordo com os objetivos do tratamento. Quando o objetivo é aumentar a temperatura tecidual, será usado um ciclo de pulso contínuo. Quando se aplicado ultra-som onde o objetivo é o efeito não-térmico sem o aquecimento tecidual, o ultra-som pulsado em 20% deve ser usado. (CAMERON, Michelle H, 2009)

-Intensidade: A intensidade [e selecionada de acordo com o objetivo do tratamento. Quando o objetivo é aumentar a temperatura tecidual, o paciente deverá sentir algum aquecimento dentro de 2 a 3 minutos do início da aplicação do ultra-som e não deverá sentir qualquer desconforto. (CAMERON, Michelle H, 2009)

-Área de Tratamento: O tamanho da área que pode ser tratada com ultra-som depende da ERA do transdutor e da duração do tratamento. Como explicado em discussões anteriores sobre a duração do tratamento, uma área de tratamento igual ao dobro da ERA do transdutor do cabeçote pode ser tratada em 5 a 10 minutos. Áreas menores podem ser tratadas proporcionalmente em tempo mais curto; porém é impraticável tratar áreas menores que uma vez a meia a ERA do cabeçote