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IMPACTOS DA QUESTÃO SOCIAL NA ATUAL SOCIEDADE DO BRASIL

Por:   •  2/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.775 Palavras (8 Páginas)  •  399 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        

2 DESENVOLVIMENTO        

4 CONCLUSÃO        

REFERÊNCIAS        



  1. INTRODUÇÃO

Através de pesquisa bibliográfica em alguns textos ofertados para a consulta nas orientações e outros materiais da internet, buscou-se refletir criticamente sobre as refrações da questão social no passado perpassando a nossa atualidade.

Propicia-se por este trabalho a produção de um texto o qual tem a intencionalidade de apontar os impactos trazidos pelas expressões da questão social diante das transformações da sociedade com ênfase na juventude brasileira.

Objetivando-se elucidar os impactos trazidos pelas expressões da questão social perante transformações no mundo do trabalho, com embasamento de informações junto ao público juvenil, refletindo-se a questão social e os desafios da contemporaneidade.


  1. DESENVOLVIMENTO

De acordo com Castell (1995) o ponto de cristalização da questão social, está contido no pauperismo representado o dado histórico e inédito do século XIX e como se evidenciou a questão social neste século ocasionada por grandes transformações econômicas, sociais e políticas ocorrida pela industrialização na Europa e pela tomada de consciência da classe operária pela  sua condição de exploração.

Percebe-se que quanto mais se desenvolveu economicamente o país, mais se aumentou a pobreza, ou seja, a desigualdade social.

Assim as expressos da questão social no surgimento do serviço social são as desigualdades das sociedade capitalista madura, onde a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho amplamente social e a apropriação de seus frutos mantém-se privada, monopolizada, onde as expressões da questão social no Brasil se deu pelo trabalho escravo, monopolizado agricolamente e pelo latifúndio de exportação subordinados aos grandes centros da economia mundial, marcando a vida econômica, política, social e cultural de nosso país. Porém é importante destacar uma contradição de pensamentos no que afirma a autora Iamamoto, onde se afirma que:

Importa deixar claro que a questão social não é focada exclusivamente como desigualdade social entre pobres e ricos, muito menos “situação social problema”, tal como foi encarado no Serviço Social, reduzido a dificuldades do indivíduo. O que se persegue é decifrar, em primeiro lugar, a gênese das desigualdades sociais, em um contexto em que a acumulação de capital não rima com equidade. IAMAMOTO (2004, p. 59).

Entende-se que, materializa-se o rompimento da profissão pelas suas concepções de necessidade da mesma para racionalizar e organizar a filantropia e o assistencialismo, pelas vias de que tratavam de explicar o Serviço Social sendo uma evolução do assistencialismo caritativo.

Portanto, pela revisão crítica aos fundamentos conservadores, os investigadores de uma linha crítica envolvidos com a análise da profissão, num procedimento de ir aos fundamentos e à essência do fenômeno/realidade, desvendam os fundamentos histórico-ontológicos da profissão, denominando de “questão social” a realidade concreta construída sob a lógica de acumulação capitalista, a partir da luta entre capital e trabalho. (http://www.uel.br/Acesso em 30-09-2013)

Entende-se que é através das lutas por melhores condições de vida e trabalho que instaurou-se a questão social no Brasil, sendo a mesma elemento de movimentos sociais porém durante grande período de tempo eram resolvidas com a intervenção da polícia mesmo quando o Estado começou a reconhecer a questão social como realidade.

Em meados da década de 30 o Estado admite a questão social como problema político sendo ainda tratado com repressão policial onde logo mais criou-se um sistema de proteção social básico pela instauração da legislação trabalhista e os  Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP’s).

Assim é importante compararmos com a nossa atualidade onde temos que quando se apropriam manifestações da “questão social” como problemas de violência e caos, o tratamento é: segurança e repressão. Obstaculiza-se, assim, toda e qualquer manifestação de setores sociais subalternos na cidade e no campo que possam trazer o gérmen da subversão da ordem social vigente. E “Quando se criminaliza o ‘outro’, isto é, um amplo segmento da sociedade civil, defende-se, mais uma vez, a ordem social estabelecida.” (IANNI, 1991, p. 6), reciclando, dessa forma, diz Iamamoto (2001a, p. 19) a noção de classe perigosa - não mais laboriosa, e por isso sujeita a repressão e extinção. Percebe-se conforme o exposto pela autora que existe uma relação entre as refrações da questão social do passado com a atualidade.

Segundo Bonardío (2003) o Brasil mergulhou no processo de ditadura militar, reprimindo as lutas sociais e consideradas ilegais, sendo incorporada a questão social, ao regime autocrático para manter a instabilidade política e social no país, não sendo reconhecido os direitos sociais pelo Estado.

Por volta da década de 80 houve aumento considerável da desigualdade social e os movimentos sociais reconquistaram as lutas sociais e a questão social voltou a ser foco de ação no Brasil, assim a Constituição Federal de 1988 veio ofertar a garantia de direitos sociais e responsabilizar-se pelo caráter político à questão social, assumindo as respostas às lutas sociais do país.

[...] sobre os direitos sociais no país, caracterizou o momento inicial de restauração democrática, especialmente no que concerne ao tratamento dado a questão social, e orientou um esforço pela busca de novo ordenamento institucional, que possibilitasse alcançar maior efetividade nas políticas governamentais em respostas às demandas sociais existentes. O governo da Nova República inicia sua trajetória num contexto no qual a gravidade da questão social tinha que ser claramente reconhecida pelos órgãos do Estado. (RIZOTTI apud BONADIO)

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