Figuras geométricas no campo das artes finas e da arquitetura
Seminário: Figuras geométricas no campo das artes finas e da arquitetura. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucijoaodiego • 5/3/2014 • Seminário • 908 Palavras (4 Páginas) • 376 Visualizações
AS FIGURAS GEOMÉTRICAS NAS ARTES PLÁSTICAS E NA ARQUITETURA: RENASCIMENTO.
No renascimento a relação entre o texto escrito e a figura foi importante, (Flores 2007 a) destaca que Leonardo da Vinci, auxiliado pó Picioli, lança mão da figura, para visualizar e sistematizar proposições euclidianas.
A importância dada pelo pintor renascentista para a linguagem visual na demonstração geométrica pode ser observada num retrato pintado por de Luca Pacioli: “Neste retrato o visualizamos, de um lado apontado uma passagem de um texto de geometria, e, de outro, uma figura geométrica que explica uma demonstração do texto(...)”(Flores, 2007 a, p.18).
Figura 1: Luca Pacioli (matemático).
Em 1509, Leonardo ilustra no Proportione llêde Luca Pacioli (1445-1517), o fascínio pela geometria, que foi tal que, consta, teria deixado de lado a pintura para só retomar anos mais tarde. O fascínio fora tanto que a solução encontrada por Leonardo para desenhar o – Homem de Vitruvius ll teve como base as figuras geométricas.
Ele inscreve numa circunferência e num quadrado um homem de braços e pernas estendidos, assim representando o cânone de proporções do corpo humano.No processo, ele acabou por determinar que a altura do corpo(igual à largura dos braços abertos,segundo Vitruvius) se encaixa perfeitamente em um quadrado.Os braços, levantados à altura da cabeça tangenciam o círculo e o mesmo acontece com as pernas abertas.
Nesse contexto estético é que devemos entender uma das mais significativas contribuições de Da Vinci no campo da matemática.Vejamos que o texto acompanha a figura, indicando a idéia de que cada secção do corpo humano é uma medida (percentagem) do todo.
Figura 2: “Homem de Vitruvius”, de Leonardo da Vinci
Segundo Caetano(2001), a comparação, a competição entre textos e imagem foi uma constante na teoria da arte no período moderno. Leonardo da Vinci, que consagra o tema da comparação entre pintura e poesia, sinaliza que uma das grandes vantagens da imagem é exatamente a possibilidade do pintor fazer uma infinidade de coisas que as palavras não podem tampouco nomear e, ainda, as imagens possuem maior capacidade apelativa em relação ao texto. Mas, além disso, possuem um caráter de verdade: “Para Leonardo, o verdadeiro papel do poeta é fingir palavras, enquanto a pintura finge fatos”.(CAETANO, 2001, p.14).
As idéias sobre as proporções humanas desenhadas por Leonard da Vinci no “Homem de Vitruvius”, e apoiadas nas figuras geométricas, influenciaram a estética de muitos pintores; e, como naquela época não havia divisão entre pintor, arquiteto e engenheiro, muitos prédios foram encomendados a artistas. Influenciados por essas idéias de proporção, eles construíram diversos prédios clássicos que viriam a definir um espaço real, conhecido como estilo europeu ocidental.
Ao apontarmos os distintos usos das figuras geométricas em outros séculos, procuramos destacar como elas funcionaram de suporte para o ver e o saber na arte renascentista, na engenharia militar, na articulação do saber e a habilidade prática no tratado de Dürer e na construção do conhecimento através dos elementos de Euclides.
Consideramos que as figuras geométricas têm uma historia significa, sobretudo, a ruptura com a concepção de uma perspectiva única, linear, assumindo que um mesmo objeto, no caso as figuras geométricas, pode falar de maneira diferentes a diferentes sujeitos e, sob a diversidade desse olhar, transformar-se numa outra historia.Essa perspectiva de construção de conhecimento histórico possibilita pensar que as praticas escolares se constituem com base num jogo de possibilidades e que serão analisadas e pesquisadas também por um jogo de possibilidades seriam as táticas, os modos pelos quais buscamos uma adequação às circunstâncias e às necessidades impostas por cada momento da nossa cultura.
Por fim mostramos como as figuras serviram de meios para ensinar e aprender em outras épocas;
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