Fusão Entre Ponto Friu E Casas Bahia
Dissertações: Fusão Entre Ponto Friu E Casas Bahia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lidiavasconcelos • 3/6/2013 • 3.175 Palavras (13 Páginas) • 694 Visualizações
ar2 Abílio e família Klein acertam 'trégua' até sexta-feira
2 http://www.tvjustica.jus.br/index/detalhar-noticia/noticia/237185
Por fusão, Ponto Frio e Casas Bahia terão que vender lojas em 54 cidades
Cade aprovou, com restrição, a fusão das duas redes de varejo.
Negócio levou o Grupo Pão de Açúcar à liderança do varejo no país.
Fábio Amato Do G1, em Brasília
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (17), com restrições, a associação entre as redes Ponto Frio e Casas Bahia, anunciada em 2009. A fusão levou o Grupo Pão de Açúcar (cuja razão social é Companhia Brasileira de Distribuição – CBD), dona da Casas Bahia e Extra, à liderança do mercado de varejo no Brasil.
A decisão foi possível após um acordo em que as empresas aceitaram vender parte de suas lojas em 54 cidades do país, sendo 25 delas em São Paulo e 15 no Rio de Janeiro, onde o Cade avaliou que a operação traria riscos à concorrência no setor.
No mesmo processo, o conselho também aprovou, dessa vez sem restrição, a compra de 70% da Globex, holding que atua sobre a marca Ponto Frio, pela Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), e que permitiu a fusão entre Ponto Frio e Casas Bahia.
Concentração
A análise feita pelo Cade apontou que, unidas, Ponto Frio e Casas Bahia concentram poder de mercado superior a 40% em pelo menos 117 cidades do país. Desses, foi verificado que a fusão traria riscos à concorrência em 54.
Para evitar problemas, como aumento de preços gerado pela concentração de mercado, o conselho condicionou a aprovação do negócio à venda de parte das lojas do grupo nesses 54 municípios. Essa medida visa garantir a concorrência nesses locais.
O conselheiro relator do processo, Marcos Paulo Verissimo, não divulgou quais são as cidades onde o grupo vai ter que reduzir sua participação de mercado nem quantas lojas precisarão ser vendidas.
De acordo com Verissimo, esse conjunto de ativos é responsável por um faturamento anual de R$ 900 milhões – pouco mais de 2% do faturamento anual do grupo em 2008, que foi de cerca de R$ 40 bilhões.
Multa
O Cade anunciou ainda nesta quarta que aplicou multa de R$ 1 milhão contra a Via Varejo, empresa que surgiu da fusão entre Casas Bahia e Ponto Frio, por prestar informações incorretas ao longo do processo de análise do ato de concentração pelo Cade.
Verissimo disse que não foi encontrado indício de má-fé do grupo, que aceitou pagar a multa apesar de discordar da pena aplicada pelo conselho.
3 Redes de Supermercados
26/10/2012 12:14:11 - Via Varejo registra baixo retorno e disparada de processos judiciais
Quem analisa os resultados da Via Varejo nos últimos anos não se surpreende com o arrependimento da família Klein e o desejo de rever as condições da associação realizada com o Grupo Pão de Açúcar em meados de 2010. Conforme noticiado pelo Valor ontem, os antigos controladores da Casas Bahia têm interesse em voltar ao controle do negócio, ou desfazer-se de sua participação na companhia.
Os resultados da Via Varejo, que reúne as operações de Casas Bahia, Ponto Frio, Extra Eletro e metade da Nova Pontocom, até que vêm melhorando trimestre a trimestre, com vendas em alta e margens maiores. Mas o desempenho acumulado nos últimos anos está longe de ser atraente.
Não é o caso de apontar um sócio como culpado, já que a gestão é compartilhada. Mas se a companhia estivesse estourando de ganhar dinheiro, provavelmente os dois lados estariam satisfeitos.
Retorno sobre patrimônio líquido médio ficou em 3,4% em 2011 e atingiu 5,8% em 12 meses até junho
Depois do prejuízo de R$ 63 milhões em 2010, a Via Varejo (antiga Globex) voltou ao azul em 2011 e se manteve lucrativa no primeiro semestre deste ano. A margem líquida, porém, ficou abaixo de 0,5% nesses dois períodos.
Em números, a empresa tem receita anual acima de R$ 20 bilhões. Mas registra lucro inferior a R$ 100 milhões. A família Klein tem direito a pouco menos da metade desse lucro, já que possui 47% do capital (sem liquidez), além de aluguéis de lojas mantidas à época da fusão.
O segmento de varejo costuma apresentar margens reduzidas, mas quando se observa o retorno sobre patrimônio líquido médio, ele ficou em 3,4% em 2011 e atingiu 5,8% em 12 meses até junho. Essa rentabilidade pode ser comparada a uma taxa anualizada de 10,8% do CDI no mesmo período ou aos 7,25% ao ano da Selic atual.
Mesmo com a melhora recente na rentabilidade, isso significa dizer que os Klein teriam ganhado mais dinheiro se tivessem simplesmente vendido a Casas Bahia em 2010 e investido os recursos no mercado financeiro, ou até mesmo na caderneta de poupança.
Em termos de geração de caixa, os números tampouco são favoráveis até agora. Embora a Via Varejo tenha acumulado Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,5 bilhão do início de 2011 a junho deste ano, o fluxo de caixa operacional foi negativo em R$ 774 no mesmo período, tendo como base as demonstrações financeiras. A diferença se explica especialmente pelo investimento em capital de giro.
Por ora, a perda de caixa tem sido coberta por aumento do endividamento. Em termos absolutos, e considerando o critério da empresa, que exclui um fundo de recebíveis de seu endividamento, a Via Varejo saiu de uma situação em que a posição de caixa superava os compromissos financeiros em R$ 306 milhões no fim de 2010 para uma dívida líquida de R$ 2,4 bilhões em junho.
Quando a dívida é comparada ao Ebitda de cerca de R$ 1,2 bilhão em 12 meses, a relação fica próxima de 2 vezes, nível considerado baixo. Mas como ressaltado acima, esse Ebitda não tem se convertido em geração de caixa efetiva.
Não bastasse os resultados operacionais ainda não satisfatórios, a Via Varejo também sofre com a ameaça de contingências ocultas que crescem a cada divulgação trimestral. Não é possível saber, entretanto, se os passivos potenciais que aparecem, na maior parte ainda
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