Futebol por quatro linhas
Seminário: Futebol por quatro linhas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Carine_Nichele • 15/6/2014 • Seminário • 1.029 Palavras (5 Páginas) • 461 Visualizações
Esporte
- O futebol para além das quatro linhas
É muito importante saber que há um jogo que se passa no campo, jogado pelos jogadores como atividade profissional e esportiva. Há um outro jogo que se passa na vida real, jogado pela população brasileira, na sua constante busca de mudança para seu destino. E um terceiro jogo jogado no “outro mundo”, onde entidades são chamadas para influenciar no evento e, assim fazendo, promover transformações nas diferentes posições sociais envolvidas no evento esportivo.
O futebol não pode ser o ópio do povo, com a mídia distraindo seu público, para que prestem atenção no espetáculo do esporte e esqueçam os problemas sociais do país e a instabilidade política. É necessário pensar o futebol como algo ainda mais complexo e poderoso do que um instrumento de ideologia das massas e do mercado. Deve ser uma possibilidade de desenvolver formas solidárias e cooperativas de organização da sociedade. Neste sentido, o futebol seria um esporte, uma prática corporal capaz de fazer refletir sobre diferentes maneiras de organização política e social. O futebol, tanto como prática de lazer quanto prática esportiva de alto rendimento, tem sofrido um processo
de mercadorização em nossa sociedade. A venda dos direitos de imagem dos jogadores ou o uso e venda das marcas de patrocinadores, bem como a venda dos direitos de transmissões de jogos pela TV e, até mesmo, a venda de jogadores em altas transações formam um complexo e rendoso mercado. O jogador é um trabalhador como outro qualquer e, como tal, vende sua força de trabalho em troca de salário. O clube, como um ótimo capitalista, vê nesta mercadoria a oportunidade de obter lucro com a possível venda para outra equipe. O jogador, tratado como mercadoria por seu clube, vê, nesta transferência, a oportunidade de “mudar sua vida”, ganhar um ótimo salário e visibilidade mundial, fato que nem sempre é garantido.
- A relação entre a televisão e o voleibol no estabelecimento de suas regras
O voleibol teve a oportunidade de ampliar sua “popularidade” por meio da espetacularização efetuada na televisão, e, com isso, divulgar os produtos dos novos patrocinadores que começavam a se interessar pelo esporte. Assim foi introduzido um novo sistema de pontuação, no qual a vantagem é eliminada e passa a prevalecer a pontuação direta, ou seja, no sistema único de “tie-break”. As partidas teriam um maior número de pontos para que não terminassem tão rapidamente. Subiu para 25 o número de pontos necessários para a vitória de um “set”. O voleibol foi, então, adequado à previsibilidade de tempo de partida, condição para tornar-se espetáculo televisivo. Isso não aconteceu ainda com o tênis, por exemplo! É freqüente a exibição de partidas de tênis em TV “aberta”? O tênis é um típico esporte que não interessa à televisão, por não possuir uma previsibilidade, o tempo pode variar de uma, até quatro horas. Outra exigência para que a espetacularização do voleibol se efetivasse, foi a necessidade de evolução técnica e tática dos jogadores, para que a bola não caísse rapidamente e a partida terminasse em pouco tempo. As regras neste momento foram alteradas com o objetivo de ajustar o jogo, de forma que o espetáculo fosse mais “belo” e suficientemente duradouro aos olhos do telespectador. Ainda atendendo as necessidades de espetacularizar o voleibol, houve a inserção de bola colorida. Isso objetivava tanto facilitar a marcação do árbitro quanto a visualização e o acompanhamento do telespectador. Outra alteração significativa, inserida para impor uma forma ainda mais espetacularizada, e que mexeu de forma direta no tempo de bola em jogo, foi a criação de um jogador com função específica, defender. O líbero foi criado para que a bola não tocasse o chão com tanta facilidade. Com as novas regras, o saque pode tocar a fita, aumentando a expectativa. O técnico teve sua área ampliada para toda a extensão
...