GESTÃO DO CONHECIMENTO
Artigos Científicos: GESTÃO DO CONHECIMENTO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: adrianateodoro36 • 14/5/2014 • 5.193 Palavras (21 Páginas) • 388 Visualizações
Gestão do Conhecimento
Tema 2: A empresa criadora de conhecimento
Autor: Ronaldo Barbosa
CONVITE À LEITURA
Nesta aula, iniciamos o estudo do modelo de criação do conhecimento organizacional, descrito
em detalhes no Livro-Texto da disciplina Gestão do Conhecimento, obra consagrada de Nonaka e
Takeuchi. Para entendermos melhor o modelo, precisamos antes conhecer as ideias principais de
duas obras relacionadas à era do conhecimento e que são indispensáveis para um bom administrador
do século XXI; essas ideias estão nos livros Capital Intelectual, de Thomas Stewart, e Organizações
que Aprendem, de Peter Senge. Os autores do Livro-Texto, Nonaka e Takeuchi, são abertamente
inspirados em Senge e Stewart.
Iniciamos o estudo do modelo por meio dos seguintes elementos: conhecimento tácito e conhecimento
explícito. Na sequência, estudamos como um tipo de conhecimento se transforma no outro por meio
de quatro processos: Socialização, Externalização, Combinação e Internalização.
Um dos focos mais importantes que se pode atribuir à gestão do conhecimento é a inovação.
Muitas vezes, a inovação provém de lugares improváveis, de pessoas comuns que aparentemente
nada tem a ver com a inovação, mas que tem um problema que precisa ser resolvido e um insight
de como resolvê-lo. Imagine, por exemplo, uma dona de casa que está cansada de ver a pia entupir
cada vez que lava o arroz e por isso inventa um utensílio de cozinha. É a história verídica da
dentista Therezinha Beatriz Alves, que inventou o escorredor de arroz, um utensílio simples, que
ela conseguiu patentear e licenciar e que passou a ser utilizado em milhares de lares brasileiros.
Vamos agora imaginar outra situação: a empresa existe, mas necessita de soluções inovadoras
para se desenvolver. Um empresário, engenheiro civil, brinca com peças Lego com seu filho
pequeno todas as noites antes de dormir. As peças Lego têm uma tremenda funcionalidade, porque
permitem construir inúmeras formas, e divertem ao mesmo tempo que estimulam a imaginação e
a criatividade. O engenheiro tem o insight de levar o conceito de peças Lego para a construção
de paredes em edifícios: basicamente, tijolos de diversos tamanhos que se encaixam. O novo
conceito de construção de paredes permite construção otimizada, menos desperdício de material e
a realização em menos tempo.
Esses são exemplos de como nascem as ideias, de como o conhecimento restrito e individualizado
se transforma em inovações que modificam uma empresa ou um setor inteiro da economia. Para
isso, existem modelos que facilitam o percurso, como o que estudaremos nesta aula.
Bom estudo!
Gestão do Conhecimento | Tema 2
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TEXTO E CONTEXTO
Base da Gestão do Conhecimento: Organizações que Aprendem
Falar de conhecimento é falar de aprendizado, tanto para os indivíduos quanto para as empresas,
pois ambos são “vivos”. O autor Arie de Geus, de A Empresa Viva, foi o primeiro pesquisador a
considerar a empresa um “ser vivo” porque existe para sua própria sobrevivência e aperfeiçoamento.
O objetivo da empresa é, além de obter lucro, realizar todo o seu potencial e se tornar tão grande
quanto possível.
A “empresa viva” é aquela que aprende e se transforma com o que aprende porque as decisões
tomadas resultam de um processo de aprendizado (GEUS, 1998 apud GOLEMAN, 2007).
Muito do que se discute sobre aprendizagem organizacional vem dos estudos de Peter Senge.
Peter Senge escreveu A Quinta disciplina, livro que orienta a construir uma organização que
aprende e se tornou uma referência obrigatória, fazendo de Senge uma espécie de guru moderno
da Administração.
Existem cinco componentes necessários para transformar uma organização em uma organização
que aprende, segundo Senge (2006):
1 – Domínio pessoal: significa aprender a expandir as capacidades pessoais para
obter os resultados desejados e criar um ambiente empresarial que estimule todos os
participantes a alcançar as metas escolhidas.
2 – Modelos mentais: padrões de pensamento que existem na organização;
incluem conhecimentos, hábitos e crenças que determinam a percepção do mundo.
Colaboradores devem ser capazes de ajustar esses modelos à realidade.
3 – Visão compartilhada: importância do hábito da criação em grupo em que as
pessoas se identificam com o grupo, sentindo-se estimuladas e unidas na busca de
ideais comuns.
4 – Aprendizado em equipe: estímulo ao diálogo e à discussão, à interação autêntica
entre as pessoas.
5 – Pensamento sistêmico: enxergar a organização como um sistema integrado e
compreender quais são as forças internas
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