GESTÃO INDUSTRIAL
Artigos Científicos: GESTÃO INDUSTRIAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sabrinasasa • 23/10/2014 • 1.821 Palavras (8 Páginas) • 242 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
A Indústria Pelicano Ltda que industrializa cuecas e calcinhas contratou a empresa de consultoria Campos Consultorias Ltda, a fim de auxiliá-los na análise da formação do preço de custo de produção e preço de venda do produto “cuecas” que corresponde à maior parte do faturamento da empresa. Tendo em vista que a indústria passa por dificuldades em termos de gestão empresarial serão dados alguns esclarecimentos ao Sr. Jonas Caetano – sócio administrador e aos demais dirigentes a respeito de gestão industrial através de informações conceituais e teóricas.
2 - GESTÃO INDUSTRIAL
Na Área Industrial, é onde se introduz a qualidade ao produto e se conferem os mais diversos níveis de produtividade. A Gestão Industrial, cada vez mais se pauta pelo uso de metodologias, ferramentas e procedimentos adequados e eficazes, objetivando a busca contínua de melhor qualidade, maior produtividade e menores custos, gerando mais lucro para a empresa e/ou aumentando sua competitividade.
2.1 DIFERENÇAS NA APURAÇÃO DOS CUSTOS DAS VENDAS
Convém explicar o que são custos. Custos são gastos que a entidade realiza com o objetivo de por o seu produto pronto para ser comercializado. Uma diferença básica para a despesa é que "custo" traz um retorno financeiro e pertence à atividade-fim, pela qual a entidade foi criada. Já despesa é um gasto com a atividade-meio e não gera retorno financeiro, apenas propicia certo "conforto" ou funcionalidade ao ambiente empresarial.
A razão para se classificar os gastos correntes de uma entidade em despesas e custos, é que o primeiro vai direto para o resultado do período. Já custos irão formar um estoque (na produção de um bem) e, na sua realização (venda), será finalmente levado ao resultado. Custos industriais geralmente são: matéria prima, energia consumida (eletricidade e/ou combustíveis), água consumida, materiais industriais diversos, mão de obra, depreciação dos itens imobilizados de produção, entre outros.
Os fatores de custo de um produto industrial não são o mesmo que em uma comercial, pois o custo no momento da utilização dos fatores de produção (bens ou serviços) para fabricação de um produto e comercial o produto já está pronto para a venda. Nas indústrias segundo Costa (2009, p.27) os custos correspondem aos gastos relativos à fabricação dos produtos. Como os custos em uma indústria envolvem diversas variáveis a definição correta desses custos depende de um eficiente controle. No comércio varejista a atribuição do custo das mercadorias vendidas – é bem mais fácil de ser obtido e é baseado principalmente no seu custo de aquisição levando-se em consideração o método usado na apuração dos estoques.
2.2 MÉTODOS DE CUSTEIO
Os métodos de custeio determinam os valores que compõem os custos.
• CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Custeio por Absorção (também chamado “custeio integral”) é o método derivado da aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto dentro do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos.
• CUSTEIO VARIÁVEL
O Método de Custeio Direto, ou Variável, atribui para cada custo um classificação específica, na forma de custo fixos ou custos variável. O custo final do produto (ou serviço) será a soma do custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício. Gerencialmente, é um método muito utilizado, mas, por sua restrição fiscal e legal, sua utilização implica na exigência de 2 sistemas de custos:
1. O sistema de custo contábil (absorção ou integral) e
2. Uma sistemática de apuração paralela, segregando-se custos fixos e variáveis.
Pelo custeio por absorção, a empresa estaria de acordo com as exigências da Legislação Fiscal, podendo utilizá-lo na elaboração dos demonstrativos contábeis externos. Pelo custeio variável, a empresa teria informações importantes para tomadas de decisão, com a utilização da margem de contribuição e elaboração de relatórios gerenciais internos.
2.3 PREÇO DE VENDA E A GERAÇÃO DE LUCRO
Para Bertó e Beulke (2005, p. 264) a formação do preço de venda é “elemento essencial da gestão econômico-financeira e mercadológica das empresas”. Na formação do preço de venda pelo Mark-up, será acrescentada uma margem para cobrir os demais gastos que não estão incluídos no custo ( tributos, comissões, etc ) e também o lucro desejado. É claro que se o custo de fabricação for cuidadosamente calculado bastará à indústria, levando em consideração o preço de mercado e a expectativa de lucro de seus sócios ou acionistas acrescentar a margem de lucro a fim de que possam garantir a continuidade da empresa.
2.4 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO
É o quanto equivalem em unidades acabadas os custos acumulados nas unidades que estão em processo.
Quando ficam produtos em processo no final do período, é preciso determinar o estágio de fabricação (grau de acabamento) em que se encontram essas unidades para poder distribuir os Custos de Produção entre as unidades concluídas e as que ficaram em processo.
A avaliação da produção equivalente é feita pela Engenharia de Produção.
Exemplo:
Custos de Produção de uma empresa no período:
• Material Direto – R$ 10.000,00
• Mão de obra Direta – R$ 8.000,00
• Custos Indiretos de Fabricação – R$ 6.000,00
• Estoque inicial – 0
• Produção iniciada – 1.000 unidades
• Produção concluída e transferida para o departamento seguinte – 800 unidades
• As
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