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Gastronomia Região Norte Do Brasil E Espanha

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Por:   •  15/11/2014  •  1.452 Palavras (6 Páginas)  •  1.753 Visualizações

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1- INTRODUÇÃO

Embora o Brasil seja um país de colonização portuguesa, outros grupos étnicos deixaram influências profundas na cultura nacional, destacando-se os povos indígenas, os africanos, os italianos e os alemães. As influências indígenas e africanas deixaram marcas no âmbito da música, da culinária, do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais e das festas populares do Brasil, assim como centenas de empréstimos à língua portuguesa. É evidente que algumas regiões receberam maior contribuição desses povos: os estados do Norte têm forte influência das culturas indígenas, enquanto algumas regiões do Nordeste têm uma cultura bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no sertão, há uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indígenas, com menor participação africana.

A região formada pelos estados do Amazonas (AM), Acre (AC), Roraima (RR), Rondônia (RO), Pará (PA), Amapá (AP) e Tocantins (TO) abriga uma das mais ricas biodiversidades do mundo. Cerca de 80% da região é ocupada pela Floresta Amazônica e boa parte da população vive às margens dos rios, que são, quase todos, navegáveis. As comidas típicas da região norte possuem uma riquíssima tradição, que mesmo se modificando e se unindo a outras, ainda possuem uma forte herança indígena.

Buscar na história as influências gastronômicas do Brasil é algo surpreendente, pois nos deparamos com diversas influências que fazem com que a gastronomia brasileira tenha um leque variado de opções, sensações e sabores. Quando nos reportamos a cozinha da Espanha percebemos que o Estado de São Paulo foi fortemente influenciado por imigrantes oriundos desse país.

A gastronomia espanhola tornou-se muito diversificada com uma grande quantia de misturas. Os espanhóis dão valor a diferentes tipos de guisados e frutos do mar. E, além disso, é comum os pratos incluírem feijão, batata e pão. As comidas típicas variam de lugar para lugar. Isso se deve ao fato da cozinha espanhola ser basicamente criada de produtos extraídos da terra, onde a variação é inevitável. Sendo assim, podemos resumir que a comida espanhola é totalmente de tradição popular.

A cozinha da região Norte não teve influência espanhola, no entanto, encontramos muitas semelhanças entre costumes alimentares. Para tanto, esse trabalho trata de uma revisão integrativa que mostre as semelhanças entre ambas culinárias.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. GASTRONOMIA REGIÃO NORTE

Na região Norte do Brasil, a gastronomia foi formada à base de recursos naturais, influenciada por um povo que por aqui vivia antes da colonização. Apesar de ímpar ela pouco influenciou as cozinhas regionais do restante do país devido à dificuldade de exportar seus perecíveis ingredientes. Ultimamente tem ocorrido a iniciativa de dar um toque mais contemporâneo à cozinha da região Norte, mas não deixando de lado sua originalidade.

Essa cozinha, de tradição indígena, primava pela simplicidade: alimentos assados, moqueados, tostados e, às vezes, cozidos. Sal, raramente. Açúcar, desconhecido. Em alguns aspectos, é completamente exótica. Lança mão, por exemplo, de ingredientes como o jambu, que, ao ser mastigado, anestesia ligeiramente os lábios e a língua, ou da pacovã, espécie agreste de banana, ou, ainda, do ecologicamente incorreto tracajá, parente próximo da tartaruga que anda ameaçado de extinção. Mas, em geral, a culinária do Norte é composta de peixes, mandioca, milho, ervas naturais, tapioca, farinha d’água e frutas silvestres. É com esses ingredientes que se fazem, por exemplo, a famosa caldeirada de tucunaré e o pato no tucupi, que provocam tanta admiração nos visitantes.

Assim como os peixes, há grande variedade de frutas na região. Taperebá, cupuaçu, bacuri, bacuripari, inajá, cupuí, miriti, biribá, pupunha, camapu, entre outras. Mas o mais versátil, e atualmente o mais conhecido, é o açaí, complemento alimentar e energético do amazonense e que costuma ser consumido a qualquer hora do dia. Servido na tigela com farinha de mandioca e uma porção de peixe frito, como a piramutaba, resulta em uma composição agridoce que bem poderia ser uma criação de qualquer cozinha fusion, sendo, muitas vezes, saboreado em barracas ao ar livre.

A culinária dessa região destaca-se pelas suas peculiaridades ímpares, típicas e exóticas, em que o sabor e a aparência ainda são desconhecidos pela grande maioria da população brasileira. Nela há permanência da cultura indígena nas técnicas de elaboração e nos elementos que integram a sua alimentação.

Os peixes considerados nobres, como o pirarucu, o tambaqui e o tucunaré são base de pratos da cozinha dessa região. O jaraqui, peixe popular e de ótimo paladar, está constantemente presente nas mesas servidas no Amazonas. A sardinha e outros peixes menores são deliciosos fritos e salpicados com farinha de rosca.

Os peixes compõem a riqueza das refeições com sabores típicos e preparações específicas. Dentre os pratos tradicionais, destacando-se o pirarucu de casaca, desfiado de pirarucu salgado, pirarucu ao leite de castanha-do-brasil, bolinho de pirarucu, costela de tambaqui, jaraqui com baião-de-dois, caldeirada de peixes, peixe assado na brasa e escabeche. Como guarnição, geralmente as opções são baião-de-dois e pirão acompanhando a caldeirada. O que é tradicional e que não pode faltar na mesa do amazonense é farinha branca e amarela, pimenta, molho campanha, tucupi e limão, em especial quando do prato principal fazem parte os deliciosos peixes da Amazônia. Tem-se, ainda, a jardineira e o feijão como guarnição. A forma de preparo do feijão é bem típica, envolvendo verduras como maxixe, quiabo, jabá, jerimum e couve.

Sem dúvida, a cultura indígena em muito contribuiu para a formação dos hábitos alimentares do amazonense, com suas atividades de pesca, caça, cultivo da mandioca e atividades extrativistas. O índio criou práticas que ainda hoje

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