Gerencia De Manutenção
Monografias: Gerencia De Manutenção. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: marishv • 13/6/2014 • 1.675 Palavras (7 Páginas) • 388 Visualizações
1. Introdução:
Manutenção é a combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em estado no qual possa desempenhar uma função requerida. Volta-se para a preservação de máquinas, equipamentos, instalações gerais e edificações, procurando obter de cada um o maior tempo de vida útil possível e eliminar paralisações quando estiverem sendo chamados a operar.
O dicionário Aurélio define a manutenção como as medidas necessárias para a conservação ou permanência de alguma coisa ou de uma situação ou ainda como os cuidados técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de motores e máquinas.
As atividades de manutenção existem para evitar a degradação dos equipamentos e instalações, causada pelo seu desgaste natural e pelo uso. Esta degradação se manifesta de diversas formas, desde a aparência externa ruim dos equipamentos até perdas de desempenho e paradas da produção, até a fabricação de produtos de má qualidade e a poluição ambiental.
Todos os equipamentos, sistemas e instalações, sejam eles mecânicos, eléctricos, electrónicos, hidráulicos ou pneumáticos, estão sujeitos a degradação das suas condições normais de operacionalidade, com o decorrer do tempo, em consequência do uso e até por causas fortuitas. É missão da Manutenção repor essa operacionalidade em níveis corretos.
2. Objetivos:
A Manutenção tem que estar subordinada a objetivos claramente definidos e coerentes com os objetivos globais da empresa.
- Segurança: a segurança (das pessoas, dos equipamentos, da comunidade, dos utentes) deve ser uma referência onipresente e inegociável.
- Qualidade: um dos objetivos da Manutenção é conseguir o melhor rendimentos das máquinas, um mínimo de defeitos de produção, melhores condições de higiene, melhor tratamento do ambiente.
- Custo: a Manutenção procura as soluções que minimizem os custos globais do produto considerando, portanto, a par dos custos próprios de produção, os custos provocados pela manutenção ou pela não-manutenção.
- Disponibilidade: pretende-se da Manutenção que disponibilize os equipamentos para operação o máximo de tempo possível, reduzindo ao mínimo possível tanto as imobilizações programadas como as paradas por avaria e contribuindo, assim, para assegurar a regularidade da produção e o cumprimento dos prazos planeados.
É, obviamente, impossível otimizar todos estes fatores simultaneamente. É responsabilidade da gestão da Manutenção encontrar o compromisso mais satisfatório compatível com os objetivos da empresa e pautar por ele as suas decisões futuras.
Se quiséssemos exprimir agora, de um forma mais completa, a missão da Manutenção, poderíamos dizer que a Manutenção é um conjunto integrado de atividades que se desenvolve em todo o ciclo de vida de um equipamento, sistema ou instalação e que visa manter ou repor a sua operacionalidade nas melhores condições de qualidade, custo e disponibilidade, com total segurança.
3. História da Manutenção:
O segmento de manutenção apresentou evolução significativa ao longo dos últimos 70 anos. Desde os anos 30, a manutenção passou por três gerações:
Primeira Geração: corresponde ao período antes da segunda guerra mundial quando a indústria era pouco mecanizada, portanto, os períodos de paralisação à espera de recuperação de falhas não eram muito importantes. É neste período que surge a manutenção corretiva.
Segunda Geração: As pressões da segunda guerra mundial aumentaram a demanda por bens de todos os tipos, enquanto que o suprimento de mão-de-obra industrial diminuiu drasticamente. Isso levou à ideia de que as falhas poderiam e deveriam ser evitadas, o que, por sua vez, resultou no conceito de manutenção preventiva.
É nesta época que os investidores avaliam os custos de manutenção e começam a enxergar a manutenção com outros olhos, ocupando assim posição hierárquica compatível à produção. É neste período que se cria a Engenharia de Manutenção que tem por finalidade assessorar a manutenção.
Terceira Geração: a partir da década de 70, as paradas na produção começaram a ter repercussões, diminuindo a produtividade e afetando o custo dos produtos. A aplicação de preventivas sistemáticas, com paradas de máquinas para revisão, nem sempre se adaptava ao processo industrial. Começava a surgir a Manutenção Preditiva.
4. Tipos de manutenção:
Existem seis tipos de manutenção que cobrem desde a restauração emergencial até a melhoria. São elas:
4.1. Manutenção corretiva:
Manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane ou de uma falha, destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida.
Existem duas condições específicas que levam à manutenção corretiva:
- Ocorrência de falha;
- Desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variáveis operacionais ou de funcionamento do equipamento.
Portanto, essa manutenção é dividida em duas classes:
4.1.1. Manutenção corretiva não planejada:
É também conhecida como manutenção emergencial. Não há tempo para preparação do serviço ou não se faz planejamento.
Implica altos custos, pois a quebra inesperada pode acarretar perdas de produção, perda da qualidade do produto e elevados custos indiretos de manutenção além de afetar a segurança e o meio ambiente.
O gráfico representa equipamentos que mostram uma queda de desempenho com o tempo. É importante observar, ainda, que existem equipamentos que não têm esse padrão de comportamento, apresentando um desempenho constante ao longo do tempo, seguido de falha instantânea, um exemplo clássico desse tipo de equipamento são as lâmpadas.
Um exemplo prático é a troca de um pneu de carro que furou.
4.1.2. Manutenção corretiva planejada:
É a ação de correção do desempenho menor do que o esperado baseado no acompanhamento dos parâmetros de condição e diagnóstico levados a efeito
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