Gestão Do Conhecimento
Pesquisas Acadêmicas: Gestão Do Conhecimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: shayanea • 6/10/2013 • 1.464 Palavras (6 Páginas) • 261 Visualizações
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Com a intensificação do uso da informação para fins estratégicos, percebeu- se que o valor da empresa, na percepção do usuário e do mercado, incorpora aspectos “intangíveis,” tais como valor da marca, peso das patentes geradas, capacidade de inovação, talento dos funcionários em especial dos executivos e suas relações com os clientes, software, processos únicos, desenhos organizacionais e outros (LEV, 2004).
Percebeu-se que se esperavam das empresas novas e melhores práticas e soluções, idéias novas, processos de descoberta, novos insights, algo que a informação, por mais bem administrada que seja, não pode fornecer (DAVENPORT; PRUSAK, 1998).
Desta percepção, derivou a expressão “gestão do conhecimento”, uma disciplina que trabalha sistematicamente a informação e o conhecimento visando ao aumento da capacidade de resposta da empresa ao meio ambiente com inovação e competência, desenvolvendo a eficácia e o conhecimento corporativo35.
Dentre os autores pioneiros sobre gestão do conhecimento em corporações, destaca-se Karl-Erik Sveiby, que introduziu conceitos fundamentais na área36. Outros autores, como Chris Argyris, interessaram-se em saber como as empresas adquirem e usam o conhecimento (1993). Com Schön (1974), Argyris cunha o termo “pesquisa da ação”, procurando indicar um novo tipo de investigação, conduzida de forma contínua pelos próprios gerentes e trabalhadores e constantemente realimentando seu trabalho. O objetivo da pesquisa da ação é criar um “conhecimento ativo”. O método de integrar o conhecimento na organização é chamado de “aprendizagem em duas etapas”. A ciência da ação e o aprendizado em duas etapas resultam na geração contínua de conhecimento e também sua difusão em toda a empresa (WITZEL, 2005, p. 18-19).
No que tange ao conhecimento, o foco da gestão da informação é voltado para o gerenciamento do conhecimento “explícito”, enquanto a gestão do conhecimento preocupa-se com o gerenciamento do conhecimento “tácito”,
35.ROBIN TREHAN. Knowledge Management: a business perspective. 2005. Disponível em: <www.hospitalitynet.org/news/4024789.print>. 36.O primeiro livro publicado em gestão do conhecimento é atribuído a Sveiby. Publicado em 1990, em sueco “Kunskapsledning”. Disponível em: <www.sveiby.com>. objetivando o desenvolvimento da capacidade das pessoas em “explicitar” e compartilhar o seu conhecimento.
No momento de sua explicitação, o conhecimento transforma-se em informação. Desta forma, derivado da informação envolve o processo mental da compreensão, entendimento e aprendizado que se processa na mente, apenas na mente, dos indivíduos, incorporando-o às suas estruturas cognitivas únicas. Cada estrutura cognitiva é determinada pela biografia do indivíduo (SCHULTZ, 1967).
Em uma organização representa as habilidades, intuição e know-how que o indivíduo adquire no contato diário com as suas atividades. Este conhecimento tácito é personalizado, difícil de ser formalizado ou articulado (POLANYI, 1996; 1973). As organizações devem usar a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. A criação do conhecimento representa inovação e vantagem competitiva. Novos conhecimentos podem ser criados pela conversão do conheci- mento, pela construção do conhecimento e pela conexão do conhecimento. Na conversão do conhecimento, a organização busca converter o conhecimento tácito de indivíduos criativos em conhecimento explícito. Os conceitos criados são avaliados, testados e elaborados por meio de arquétipos e protótipos, segundo sua adequação aos propósitos da organização. Final- mente, são transferidos para outros níveis da empresa, para desencadear novos ciclos de criação de conhecimento (NONAKA; TAKEUCHI, 1995). Entre as atividades capazes de construir conhecimento, está a de partilhar a solução de problemas – circunstância em que indivíduos com atribuições diversas trabalham juntos: experimentam, implementam, integram novos processos e ferramentas, e “importam” conhecimentos. A experimentação permite à organização ampliar suas habilidades e cria novas capacidades para o futuro. Para ser bem-sucedida, a implantação de novos processos e ferramentas requer adaptação e complementação entre usuários e tecnologias. Informações sobre novas tecnologias e sobre o mercado são importadas e absorvidas pela organização. Neste quesito, entra o processo de monitoramento ambiental, que é uma atividade largamente usada na gestão da informação e na inteligência competitiva (LEONARD- BARTON, 1995).
Na conexão do conhecimento, a organização constitui parcerias de aprendizagem com outras empresas, de modo a transferir conhecimentos compatíveis com a cultura de trabalho e o estilo operacional da organização parceira (BADARACCO, 1991).
A organização que for capaz de integrar eficientemente os processos de criação de significado, construção do conhecimento e tomada de decisões pode ser considerada uma organização do conhecimento.
ESTRATÉGIA, INFORMAÇÃO,CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA
As pesquisas sobre teoria organizacional revelam que as empresas criam e utilizam a informação em três arenas estratégicas. Primeiro, a empresa inter- preta a informação sobre o ambiente de modo a dar significado ao que está acontecendo à organização e ao que ela está fazendo (gestão da informação e inteligência competitiva). Em segundo lugar, cria novos conhecimentos, combinando a experiência de seus membros, de modo a aprender e inovar (gestão do conhecimento). Finalmente, processa e analisa a informação de modo a escolher e empreender cursos de ação apropriados (inteligência estratégica). O processo de gestão do conhecimento, em si, é uma atividade independente, mas, quando ligada ao processo decisório, está fortemente ligado ao processo de gestão da informação e ao trabalho e análise da informação. A inteligência (estratégica) pode ser considerada síntese do processo de trabalho da informação e do conhecimento, gerando conhecimento novo capaz de indicar novos caminhos para a empresa, a inovação em si é inteligência também. Em uma organização, informação, conhecimento e inteligência estão presentes nos seus processos de gestão, que alimentam o processo de tomada de decisão e o planejamento estratégico. O planejamento estratégico visa a desenvolver e manter uma adequação
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