Gestão Do Conhecimento

Comparação entre as definições de Gestão do Conhecimento

Através das duas bibliografias pesquisadas, percebe-se que uma delas aponta que a Gestão do conhecimento não se resume apenas à tecnologia da informação, mas está ligada à ela pelo fato de agregar um conhecimento importante e facilitado as pessoas. Porém aponta que nem todas as iniciativas estão ligadas às tecnologias, exemplificando a pesquisa da concorrência por meio da observação com o intuito de adquirir maior conhecimento para melhor satisfação dos clientes. Deixa claro que para a melhoria na tomada de decisões nas organizações é preciso aplicar a delegação de poderes e a autonomia na realização das tarefas, contudo os conflitos surgirão, mas são eles que permitem que a inovação ocorra, permitindo aos funcionários que aprendam a lidar com eles. Define-se que: “Gestão do conhecimento é, portanto o processo sistemático de identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização. É a administração dos ativos de conhecimento das organizações. Permite à organização saber o que ela sabe”.

Para ter essa Gestão do conhecimento nas empresas é necessário que os funcionários sejam influenciados para sua prática e os gestores devem ter uma visão externa dos seus concorrentes.

Já a segunda bibliografia cita que: GC significa gestão na era do conhecimento e configura-se como um repensar da prática gerencial à luz da era da informação, era do conhecimento ou era da inovação perpétua, ou seja, dá maior importância às tecnologias para o desenvolvimento do conhecimento. Aponta que as organizações de hoje em dia não se preocupam muito com Gestão do conhecimento e que não há a valorização do talento do funcionário, o que gera a desmotivação e baixa potencialidade, por conta da falta de incentivo, por isso trata da Gestão do conhecimento como sendo Gestão dos talentos humanos, pois o conhecimento está ligado à criatividade, inovação, habilidades, atitudes que o ser- humano desempenha. Afirma que esta atitude de gestão do conhecimento deve partir dos gestores, pois a mudança ocorre na forma cultural e estrutural da organização e deve estar voltada aos clientes internos e externos.

As empresas que possuem GC aplicam essa prática de diversas formas, tais como: o compartilhamento de experiências entre as equipes, a troca de conhecimentos para a criação de novos produtos, novos planos para a empresa, a troca de informações a respeito da utilização das tecnologias e do incentivo aos funcionários através de palestras sobre o assunto.

Questões sobre a criação do conhecimento

Como favorecer a criação de conhecimento novo na empresa?

Para criação de conhecimento novo na empresa, se faz necessário que a empresa passe por mudanças contínuas e crescentes transformações sociais, econômicas e culturais. Essas mudanças nos dias de hoje, decorrem do conhecimento e compartilhamento entre todos os pontos de vista do mundo, gerando assim, um efetivo bem empresarial que relaciona o fator de produção e geração de riqueza.

Nos dias atuais nos deparamos com um novo cenário para a implantação deste novo conhecimento, como as organizações produtoras de conhecimento, realizando bens intangíveis, tais como, software, patentes, consultorias e outros. A geração permanente de conhecimento e sua aplicação às necessidades humanas serão o carro chefe para o sucesso desse novo cenário.

Para a realização eficaz desse processo, as empresas deverão estar interligadas aos centros de excelência em pesquisa e estudos de suas tecnologias, o que se traduzirá por uma intensificação de elo de relacionamento entre ambas. Da geração, aplicação e realimentação do conhecimento resultarão grandes melhorias recíprocas para as partes.

Como fazer com que todos os colaboradores se apropriem deste conhecimento novo?

A empresa deve criar métodos eficientes para repassar esse novo conhecimento, alguns exemplos são: Cursos de formações, Demonstrações dos resultados atuais e esperados, realocação de funcionários entre outros.

O principal é chamar a atenção do colaborador, de forma em que o mesmo se interesse por aquela mudança, se interesse pelo “novo”. Deve ser apresentado de forma sucinta quais resultados essas novas mudanças trarão para o futuro da empresa e consequentemente a sua carreira profissional. Demonstrando assim que o colaborador tem um papel e um valor importante dentre esse novo cenário, tornando assim o mesmo interessado e motivado para esses novos paradigmas.

Como reter o conhecimento do funcionário que se afasta da organização?

Esse é um risco altíssimo e real que a empresa corre ao implantar o novo conhecimento. A empresa deve criar técnicas apropriadas para conseguir sustentar aqueles colaboradores que tentam se afastar da organização após receber uma chuva de novas informações. Um método importante é um plano de cargo e carreira, promoções, incentivos de produção e claro um bom termo de sigilo com as informações da empresa.

Conversão do Conhecimento

Para Nonaka e Takeuchi (2008) o conhecimento explícito e conhecimento tácito são complementares e essenciais para a criação do conhecimento. Essa interação entre os conhecimentos é chamada de "Conversão do Conhecimento". Essa conversão é um processo "social" entre indivíduos e não em único indivíduo. Através desse processo de conversão, o conhecimento tácito e o explícito expandem-se tanto em termos de qualidade quanto de quantidade.

Quatro Processos de Conversão do Conhecimento

Socialização: De Conhecimento Tácito para Tácito

É um processo de compartilhamento de experiências, contudo de criação de conhecimento tácito como modelos mentais e habilidades técnicas compartilhadas. Um indivíduo pode adquirir conhecimento tácito diretamente dos outros sem usar a linguagem. Os aprendizes trabalham com seus mestres e aprendem sua arte através da observação, da imitação e da prática. Nos negócios, o treinamento no trabalho utiliza basicamente a mesma concepção. A chave para a conquista do conhecimento tácito é a experiência. Sem nenhum tipo de experiência compartilhada, é muito difícil para uma pessoa projetar-se no processo de raciocínio de outro indivíduo. A simples transferência de informações muitas vezes fará pouco sentido se estiver desconectada das emoções relacionadas