Gestão Do Conhecimento
Casos: Gestão Do Conhecimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Josinha • 20/6/2013 • 1.851 Palavras (8 Páginas) • 258 Visualizações
A Gestão do Conhecimento
como prática corporativa geradora de vantagem
competitiva sustentada
por Marcelo Barbosa dos Santos
Introdução
O atual nível de competitividade e exigência do mercado, orienta as
empresas na busca por elementos capazes de gerar vantagem competitiva
que além do caráter sustentado, proporcionem condições ao sucesso da
organização dentro da chamada Nova Economia, já que nesta, fatores
tradicionais até então sinônimos de riqueza, são sobrepujados pela produção
distinta de valor, cuja matéria prima é o conhecimento.
McKenna (1997) corrobora com este estudo, ao apresentar todo um rol
de situações que evidenciam a necessidade das empresas se voltarem ao
implemento de práticas que assegurem a sobrevivência do negócio em um
ambiente cada vez mais diverso, adverso e mutante. As apregoadas situações
são as seguintes:
1) “Aumento da concorrência global;
2) Mercados tão segmentados que o nicho passa a
ser o conceito principal;
3) Diferença menos nítida entre os vários tipos de
indústria;
4) Encurtamento do ciclo de vida dos produtos;
5) Mudança permanente dos canais de
distribuição (...);
6) Os meios tradicionais de comunicação
promocional aumentam o nível de ruído e não
conseguem transmitir mensagens claras – reina
a confusão;
7) As empresas procuram novas formas de fazer
negócios;
8) Os prognósticos e pesquisas não conseguem
apresentar um modo de ação claro”. (McKenna,
1997, p. 124-128).
Tais mudanças têm como pano de fundo um cenário
onde a competitividade é cada vez maior, a concorrência
é igualmente mais acirrada e a continuidade do negócio
na Nova Economia, está de modo fundante centrada
na estratégica gestão dos recursos da empresa. Nesse
sentido, a gestão do conhecimento, notadamente voltada
à geração de diferenciais competitivos sustentados é
tema de pontual relevância nas organizações.
Assim, fatores tradicionalmente assumidos como
potenciais geradores de vantagens competitivas como
por exemplo, localização geográfica e mão de obra barata,
estão sendo suplantados pela crescente importância
atribuída ao conhecimento. (Terra, 2000).
Cavalcanti et alii (2001) dizem que se antes a riqueza
e o poder eram domínio do capital, da terra e do trabalho,
atualmente a realidade é outra, e ressaltam que mais de
55% da riqueza mundialmente produzida é resultante do
conhecimento e de produtos e bens intangíveis, como
patentes, royalties, softwares e serviços de consultoria.
O conhecimento promove junto as empresas uma
série de mudanças, sobretudo, no modelo de produção,
evidenciando toda uma nova sorte de atributos que
se contrapõem ao antigo modelo, eminentemente
associado a sociedade industrial. Ou seja, a Sociedade
do Conhecimento demanda flexibilidade no modelo
de produção, exige pessoal polivalente e empreendedor,
além de respostas em tempo real. (Cavalcanti et alii,
2001).
De forma bastante pragmática Mañas (2000)
afirma que a prática do mercado mostra que uma nova
economia, configurada no conhecimento se denota, e os
negócios são cada vez mais pautados na transformação
de informações relevantes em conhecimento. O autor
provoca também uma reflexão quanto ao caráter
estratégico que deve ser concedido ao conhecimento,
vinculando a este o sucesso de qualquer empresa,
independentemente do grau de concorrência ao qual
esteja submetida.
A escalada do conhecimento cujo avanço pode ser
considerado exponencial, é digna de citação, uma vez que
entre os anos de 1950 e 1980, o conhecimento aumentou
duas vezes no espaço de trinta anos, e já entre os anos de
1994 e 2002, o conhecimento aumentou dezesseis vezes,
obrigando um número maior de pessoas a aprender cada
vez mais, em muito menos tempo. (Mariotti, 1995, p.
23-24).
Aliás, Drucker (1999) reconhecidamente um dos
maiores pensadores do mundo dos negócios, sustenta
que os resultados oriundos do conhecimento serão os
ativos
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