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Gestão Escolar

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Por:   •  7/9/2013  •  3.094 Palavras (13 Páginas)  •  502 Visualizações

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CEDHAP CENTRO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO APLICADO

ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA

Gestão em Rede, no. 19, abr.00, p. 8 - 16

A APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA ESCOLA

Heloísa Lück

cedhap@cedhap.com.br

Por que adotar o planejamento estratégico na escola? Não é esta uma

metodologia empregada nas empresas e, portanto, adequada apenas a organizações

voltadas para o capital e o lucro? Não seria uma metodologia limitada, direcionada pela

técnica, em detrimento da dimensão social e humana? Tais perguntas, dependendo do tom

com que sejam formuladas, revelador mais de uma crítica do que uma pergunta autêntica,

podem evidenciar mais do que uma pergunta: - podem estar expressando um entendimento

limitado do significado de planejamento estratégico e, uma rejeição antecipada a ela, antes

mesmo de se compreender o seu significado e importância. Resulta, pois de uma visão

inadequada e distorcida desse planejamento, era vista do que é necessário revê-la, e sempre

podemos aproveitar novas oportunidades para verificar os diferentes aspectos da realidade

por um novo ângulo.

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Neste texto, vamos apresentar algumas idéias básica a respeito da natureza

do planejamento estratégico, de modo a estabelecer um entendimento mais amplo sobre o

mesmo, e apresentar seus elementos básicos e etapas, como forma de subsidiar o gestor

escolar para que, mediante a adoção de sua metodologia, possa realizar um trabalho mais

competente de direcionamento da escola e de efetivação de seus objetivos. Começaremos,

no entanto, apresentado as limitações da prática sem planejamento e as limitações do

planejamento funcional , para posteriormente apresentarmos a natureza e aspectos do

planejamento estratégico.

As limitações da prática sem planejamento

Podemos observar, não tão raramente, gestores e profissionais em geral que

se lamentam de estarem trabalhando como quem está “apagando incêndios”, isto é, de

estarem “sempre correndo atrás do prejuízo” e sendo conduzidos pelas situações variadas

do cotidiano, pelas demandas inesperadas, tendo que responder rapidamente a elas e de tal

forma que “não têm tempo para pensar, quanto menos para planejar”. Esta forma de

administrar por crise é estimulada e orientada por descobertas ocasionais e espontâneas, de

caráter imediatista, por uma visão de senso comum e reativa da realidade e, portanto,

limitada em seu alcance, muito influenciada pela tendência de se agir por tentativas e

erros. Nesse caso, os acontecimentos determinam a ação de dirigentes escolares, em vez

de, como seria próprio, os dirigentes, por meio de uma ação competente influenciarem os

acontecimentos e a realidade.

Atuando dessa forma, o gestor e os profissionais da escola não adotam outra

perspectiva senão a de reagir ao que se dá na aparência, na proximidade e na

superficialidade das situações. Em conseqüência, suas ações são limitadas e,

contraditoriamente, até mesmo reforçadoras dos problemas que procuram resolver, uma

vez que agem sobre os sintomas detectados à primeira vista e que se dão na aparência, e

não sobre as bases de sustentação do problema ou as condições amplas para superá-las.

O resultado final dessa prática consiste no resforço da síndrome de “apagar

incêndios”, com todo desgaste inútil e frustrante de energia, tempo e recursos que provoca.

Como, pois, resolver essa situação de que todos nós desejamos escapar? Pelo emprego da

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metodologia de planejamento, que nos orienta na análise da realidade e levantamento de

dados que sustentem a tomada de decisões objetivas sobre as ações a serem exercidas e os

recursos a serem utilizados, podemos agir de maneira mais competente, para criar as

situações desejadas.

No entanto, não basta planejar. Muitos planos foram executados e aplicados,

sem que muita diferença tivesse sido obtida nos resultados da aprendizagem escolar de

nossos alunos. Por quê tal situação acorre? A resposta a esta questão é complexa e, por

certo, envolve múltiplos fatores. Mas é possível afirmar que a falta de planejamento

estratégico como instrumento de gestão é responsável em parte pela manutenção de baixos

resultados de aprendizagem. Não se está falando aqui, no entanto, da prática de um

planejamento, comumente denominado de funcional, como veremos a seguir.

O planejamento funcional e suas limitações

Por que planejar não basta? É preciso ter um enfoque adequado sobre o

planejamento. O planejamento funcional é aquele praticado a partir de uma visão

fracionada da realidade, uma vez que, ao focalizá-la para conhecê-la, o faz singularizando

categorias

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