Gestão Escolar
Casos: Gestão Escolar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 07112007 • 7/9/2013 • 3.094 Palavras (13 Páginas) • 507 Visualizações
CEDHAP CENTRO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO APLICADO
ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA
Gestão em Rede, no. 19, abr.00, p. 8 - 16
A APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA ESCOLA
Heloísa Lück
cedhap@cedhap.com.br
Por que adotar o planejamento estratégico na escola? Não é esta uma
metodologia empregada nas empresas e, portanto, adequada apenas a organizações
voltadas para o capital e o lucro? Não seria uma metodologia limitada, direcionada pela
técnica, em detrimento da dimensão social e humana? Tais perguntas, dependendo do tom
com que sejam formuladas, revelador mais de uma crítica do que uma pergunta autêntica,
podem evidenciar mais do que uma pergunta: - podem estar expressando um entendimento
limitado do significado de planejamento estratégico e, uma rejeição antecipada a ela, antes
mesmo de se compreender o seu significado e importância. Resulta, pois de uma visão
inadequada e distorcida desse planejamento, era vista do que é necessário revê-la, e sempre
podemos aproveitar novas oportunidades para verificar os diferentes aspectos da realidade
por um novo ângulo.
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Neste texto, vamos apresentar algumas idéias básica a respeito da natureza
do planejamento estratégico, de modo a estabelecer um entendimento mais amplo sobre o
mesmo, e apresentar seus elementos básicos e etapas, como forma de subsidiar o gestor
escolar para que, mediante a adoção de sua metodologia, possa realizar um trabalho mais
competente de direcionamento da escola e de efetivação de seus objetivos. Começaremos,
no entanto, apresentado as limitações da prática sem planejamento e as limitações do
planejamento funcional , para posteriormente apresentarmos a natureza e aspectos do
planejamento estratégico.
As limitações da prática sem planejamento
Podemos observar, não tão raramente, gestores e profissionais em geral que
se lamentam de estarem trabalhando como quem está “apagando incêndios”, isto é, de
estarem “sempre correndo atrás do prejuízo” e sendo conduzidos pelas situações variadas
do cotidiano, pelas demandas inesperadas, tendo que responder rapidamente a elas e de tal
forma que “não têm tempo para pensar, quanto menos para planejar”. Esta forma de
administrar por crise é estimulada e orientada por descobertas ocasionais e espontâneas, de
caráter imediatista, por uma visão de senso comum e reativa da realidade e, portanto,
limitada em seu alcance, muito influenciada pela tendência de se agir por tentativas e
erros. Nesse caso, os acontecimentos determinam a ação de dirigentes escolares, em vez
de, como seria próprio, os dirigentes, por meio de uma ação competente influenciarem os
acontecimentos e a realidade.
Atuando dessa forma, o gestor e os profissionais da escola não adotam outra
perspectiva senão a de reagir ao que se dá na aparência, na proximidade e na
superficialidade das situações. Em conseqüência, suas ações são limitadas e,
contraditoriamente, até mesmo reforçadoras dos problemas que procuram resolver, uma
vez que agem sobre os sintomas detectados à primeira vista e que se dão na aparência, e
não sobre as bases de sustentação do problema ou as condições amplas para superá-las.
O resultado final dessa prática consiste no resforço da síndrome de “apagar
incêndios”, com todo desgaste inútil e frustrante de energia, tempo e recursos que provoca.
Como, pois, resolver essa situação de que todos nós desejamos escapar? Pelo emprego da
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metodologia de planejamento, que nos orienta na análise da realidade e levantamento de
dados que sustentem a tomada de decisões objetivas sobre as ações a serem exercidas e os
recursos a serem utilizados, podemos agir de maneira mais competente, para criar as
situações desejadas.
No entanto, não basta planejar. Muitos planos foram executados e aplicados,
sem que muita diferença tivesse sido obtida nos resultados da aprendizagem escolar de
nossos alunos. Por quê tal situação acorre? A resposta a esta questão é complexa e, por
certo, envolve múltiplos fatores. Mas é possível afirmar que a falta de planejamento
estratégico como instrumento de gestão é responsável em parte pela manutenção de baixos
resultados de aprendizagem. Não se está falando aqui, no entanto, da prática de um
planejamento, comumente denominado de funcional, como veremos a seguir.
O planejamento funcional e suas limitações
Por que planejar não basta? É preciso ter um enfoque adequado sobre o
planejamento. O planejamento funcional é aquele praticado a partir de uma visão
fracionada da realidade, uma vez que, ao focalizá-la para conhecê-la, o faz singularizando
categorias
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