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Gestão Horizontal

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Por:   •  22/11/2013  •  1.281 Palavras (6 Páginas)  •  261 Visualizações

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Gestão e Organização Horizontal

A estruturação das organizações baseada na hierarquia é uma conquista dos primeiros tempos dos estudos que geraram a chamada abordagem clássica. Tanto Taylor como Fayol pensavam numa escala hierárquica do maior para o menor poder decisório. E assim foi ao longo do século XX.

Um dos problemas desta estrutura convencional, piramidal, hierárquica ou verticalizada é o que chamamos de ruído. Como são muitos os níveis hierárquicos entre a base e o topo da estrutura, é comum existirem as seguintes situações:

• A base não consegue passar adiante, até os altos cargos diretivos, as informações por vezes vitais para a saúde empresarial;

• O topo não consegue tornar suas ordens e instruções inteligíveis para a base.

• Outro ponto negativo é a concentração de informações. Como o poder está intimamente ligado ao controle da informação, é típico em formatos piramidais verticais que ela se concentre nas mãos daqueles que ocupam os cargos de gerenciamento no topo da pirâmide.

Contudo, recentemente, mais especificamente no final do século XX, as organizações começaram a adotar uma nova configuração que melhor representasse o cotidiano. Estudiosos denominaram essa nova configuração de organização horizontal.

A organização horizontal pode ser definida como aquela em que se reduzem os níveis hierárquicos existentes na empresa, de modo que todos os empregados ficam mais próximos da clientela. A organização horizontal, ao promover a maior proximidade com a clientela, eleva o comprometimento das pessoas da organização, tornando-as parte ativa de todo o processo. A idéia é, com esse formato organizacional, incluir muitas pessoas nos processos de tomada de decisões, fazendo com que todos se interessem pelos mais variados processos que terminam por levar o alcance dos objetivos da empresa. A organização horizontal rompe com paradigmas da organização convencional, em forma de pirâmide. Outro beneficio é que como os níveis hierárquicos são reduzidos, as chances de ruídos são mínimas. Por outro lado, precisa-se aceitar que a organização que utiliza o formato horizontal tem como requisito a livre circulação da informação. A informação é o sustentáculo do formato horizontal, pois não há como imaginar alto grau de desconcentração sem a disponibilização absoluta das informações entre as pessoas.

Ao longo do século XX a organização era pensada numa escala hierárquica do maior para o menor poder decisório:

• As pessoas em uma escala hierárquica verticalizada;

• Existência do afunilamento: a base da organização encontra-se em um número maior de unidades que nos níveis superiores;

• A medida que subimos rumo ao topo nota-se a diminuição do número de unidades e de pessoas.

• Percebemos a centralização e concentração de poder nas mãos de poucos e com justificada razão

Nova configuração a organização horizontal:

• É aquela em que se reduzem os níveis hierárquicos existentes na empresa, de modo que todos os empregados ficam mais próximos da clientela;

• Eleva o nível de comprometimento e responsabilização das pessoas na organização;

• Inclusão de inúmeras pessoas no processo de decisão;

• Estabelece laços fortes de unidade e confiança entre as pessoas que trabalham na empresa;

• A redução de níveis aproxima as pessoas, ou seja, reduz drasticamente a verticalidade.

A nova tecnologia origina-se dos Estados Unidos e um dos principais estudiosos é Frank Ostroff (1999) , hoje, consultor da A. T. Kearney, apresenta dois bons exemplos de empresas norte-americanas que estão experimentando o desenho horizontal: A divisão de serviços ao consumidor da Ford Motor Co. e da OSHA-Occupational Safety & Health Administration, que é a Administração da Saúde e Segurança no Trabalho dos Estados Unidos, órgão integrante do Ministério do Trabalho. O autor, uma vez mais, insiste na flexibilidade que deve ser dada no desenho de estruturas horizontais. A rigor, o que se deseja é que a ação do gestor responsável pelo novo desenho saiba que não há uma única maneira de se transformar a organização e dar a ela uma gestão horizontalizada. E sugere algumas linhas de ação que devem levadas em consideração ao se estudar e propor mudanças:

a) mudanças no desenho - estudar apenas os processos que atravessam a organização e não cuidar de processos que iniciam e acabam nessa mesma unidade. Tarefas isoladas não devem fazer parte das preocupações do gestor, pois que em nada alteram, modificam os procedimentos quaisquer que sejam eles: convencionais/verticais ou na nova concepção: horizontal;

b) designe proprietários (owners) - ser proprietário de um processo complexo significa muito. Significa que o proprietário será o gestor de um processo importante, porque tal processo traz alterações, contribui, agrega fatos, dados positivos à organização como um todo. Notem que o proprietário de um processo não tem de ser um chefe, pode

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