Gestão Industrial
Artigo: Gestão Industrial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 34621038 • 29/10/2014 • 2.081 Palavras (9 Páginas) • 676 Visualizações
2 GESTÃO INDUSTRIAL – CUSTOS E MÉTODOS DE CUSTEIO
Relembrando algumas terminologias:
1. Gastos: compreendem quaisquer bens ou direitos adquiridos, independente da condição de pagamento a vista ou a prazo e relacionam-se diretamente a algum investimento realizado ou consumo de recursos (custos e despesas);
2. Investimentos: são direcionados a todos havidos pela aquisição de ativos com perspectiva de geração de benefícios econômicos em futuros períodos;
3. Custos: são conceituados como os gastos efetuados na produção de bens ou na prestação de serviços;
4. Despesas: são direcionadas aos gastos incorridos na obtenção de receitas. De acordo com Wernke (2005, p.4), “o conceito de despesas abrange o valor despendido voluntariamente com bens ou serviços utilizados para obter receitas, seja de forma direta ou indireta”, ou seja, no contexto industrial, os gastos não relacionados ao processo produtivo.
5. Desembolsos: são saídas ou pagamentos de aquisições de bens e serviços;
6. As Perdas: são conceituadas como todos os gastos com bens ou serviços ocorridos involuntariamente ou de forma indesejada;
7. Desperdícios: são gastos controláveis incorridos no processo produtivo de bens ou serviços ou de geração de receitas, ou seja, que podem ser eliminados ou reduzidos sem prejuízo da qualidade e quantidade dos produtos ou serviços desenvolvidos.
2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS:
Custos: No contexto industrial, os custos direcionam-se aos consumos incorridos relacionados ao processo produtivo, ou seja, todos os gastos relativos desde a fase de fabricação até o produto pronto. Dentre alguns exemplos de custos, destacam-se: matérias-primas consumidas, mão-de-obra do pessoal da fábrica, seguro do prédio industrial, energia elétrica consumida na fabricação, dentre outros. Padoveze (2006, p. 17) considera que os custos são gastos não considerados como investimentos necessários para a fabricação dos produtos da empresa, ou seja, ligados à área industrial da organização. Para Martins (2001) os custos são gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens e serviços. Os custos estão relacionados aos gastos do processo produtivo de bens ou serviços.
As principais classificações dos custos voltam-se a dois pontos específicos: quanto ao volume de produção – custos fixos e variáveis – e quanto a apropriação e quantificação aos produtos fabricados – custos diretos e indiretos.
1. Custos Diretos: são aqueles gastos que podem ser identificados e quantificados facilmente aos produtos ou serviços desenvolvidos, ou seja, são valorizados com relativa facilidade. Dentre os exemplos mais comuns de custos diretos, no contexto industrial, temos os materiais e a mão-de-obra.
2. Custos Indiretos: ao contrário dos diretos, não são facilmente identificados aos produtos
ou serviços desenvolvidos em determinado período, necessitando, assim, de algum tipo de medida para sua distribuição. Esse intermédio na atribuição dos custos indiretos aos produtos ou serviços denomina-se rateio.
3. Custos Variáveis: de forma direta e resumida, podem ser definidos como os custos que variam ou são consumidos de acordo com o volume de produção ou serviço, ou seja, quanto maior a quantidade produzida, maior sua utilização. Exemplos: matéria-prima, matérias de embalagem, mão-de-obra direta etc.
4. Os custos Fixos: ao contrário dos variáveis, são definidos como os que permanecem constantes independentemente da variação do volume de produção, ou seja, aumenta a produção, os custos permanecem inalterados. Exemplos: aluguel da fábrica, depreciação dos maquinários etc.
2.2 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA DE UMA EMPRESA COMERCIAL
Para se calcular o preço de venda de uma mercadoria, precisamos saber:
1) O valor do custo dessa mercadoria.
2) O regime tributário da empresa, para cálculo das alíquotas de impostos.
3) Pagamento de comissões sobre a venda.
4) A participação dos custos fixos (despesas operacionais) em relação às vendas.
5) A margem de lucro líquido esperada.
1) O valor do custo da mercadoria:
O custo da mercadoria corresponde ao valor constante na nota fiscal de compra (valor da mercadoria mais IPI menos desconto concedido na nota fiscal) mais frete (se houver)
menos ICMS incidente sobre o preço de aquisição e sobre o frete (se a empresa encontra-se no regime normal de tributação do ICMS).
2) O regime tributário da empresa, para cálculo das alíquotas de impostos.
Este item é importante, pois sabendo-se quais os impostos a serem pagos sobre as vendas ter-se-á condições de calcular essas percentagens e agregá-las ao valor do preço de venda. A questão da tributação encontra-se em item separado, com a explicitação dos impostos federal, estadual e municipal.
3) Pagamento de comissões sobre as vendas
O percentual de comissões sobre vendas, se houver, deve ser conhecido, para ser agregado ao cálculo do preço de venda.
4) Participação dos custos fixos (despesas fixas) em relação às vendas.
Os custos fixos devem ser estimados para que participem no preço de venda. Uma maneira bem razoável de trabalhar é separar todos os custos fixos (despesas fixas), calcular sua média mensal e estabelecer sua relação percentual em relação às vendas totais da empresa.
5) A margem de lucro líquido esperada.
Este é o lucro esperado pelo empresário, após pagos todos os custos (da mercadoria, impostos, comissões e despesas fixas), cuja percentagem é conveniente estabelecer-se, para que a empresa saiba o que realmente está ganhando ou perdendo
Tamanha a sua aplicação no cenário atual das empresas e tão grande a sua importância no mercado globalizado e competitivo, que a
contabilidade de custos passou a ser um instrumento essencial e indispensável para os administradores, passando então a ser implantada não somente em empresas industriais
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