Graduando Em Engenharia Ambiental
Artigo: Graduando Em Engenharia Ambiental. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 4d15rd2 • 16/9/2014 • 3.338 Palavras (14 Páginas) • 570 Visualizações
Eduardo José Ribeiro*
Iury Duarte Gouvêa**
Karine Rocha***
IMPACTO AMBIENTAL NO DESCARTE INADEQUADO DE MEDICAMENTOS
GUARAPARI - ES
2013
IMPACTO AMBIENTAL NO DESCARTE INADEQUADO DE MEDICAMENTOS
GUARAPARI - ES
Eduardo José Ribeiro*
Iury Duarte Gouvêa**
Karine Rocha***
Resumo:
O descarte de medicamentos da maneira como é efetuada no Brasil, constitui-se na forma menos segura possível de livrar-se de resíduos tóxicos que contaminam os locais onde são descartados, a superfície do solo, o sub solo e o lençol freático, representando alto potencial de contaminação com substâncias de difícil tratamento e de grande persistência na natureza. O descarte feito por vezes no esgoto doméstico termina depositado nos rios, lagos e no mar, contaminando os seres que alí vivem e por vezes alterando sua evolução natural. Não existem políticas para estabelecimento de práticas de coleta regular de resíduos da saúde e tampouco existem locais apropriados e seguros para serem descartados os RSS para posterior coleta e destino final. O problema não tem a divulgação adequada, ficando a população sem saber das consequências que a prática impõe ao meio ambiente. Este artigo objetiva pesquisar a bibliografia sobre o assunto e informar a população, dos altos riscos oferecidos pela conduta bem como alternativas menos poluidoras para o descarte e ainda auxiliar na educação ambiental para possibilitar a redução da ignorância da população em geral sobre o assunto.
Palavras-chave: Descarte, medicamentos, coleta, contaminação, educação ambiental.
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*Aluno do 6° período do curso de Engenharia Ambiental da Faculdade Pitágoras campus Guarapari - ES - e-mail: ej.ribeiro@oi.com.br
** Aluno do 6° período do curso de Engenharia Ambiental da Faculdade Pitágoras campus Guarapari - ES - e-mail: idg@hotmail.com
*** Aluna do 6° período do curso de Engenharia Ambiental da Faculdade Pitágoras campus Guarapari - ES - e-mail: karine.meaipe@hotmail.com
Abstract: The disposal of medicines as it is performed in Brazil, it is the least secure way possible to get rid of toxic wastes that contaminate the places where they are discarded, the surface of the soil, the sub soil and aquifer, representing high potential for contamination with substances of difficult treatment and great persistence in nature. The discard done sometimes in domestic sewage ends deposited in rivers, lakes and the sea, contaminating the beings that live there and sometimes changing its natural evolution. There are No policies for establishment of practices of regular collection of waste from health and neither are there appropriate locations and insurance to be discarded the RSS for later collection and final destination. The problem does not have the proper disclosure, leaving the population without knowing the consequences that the practice requires the environment. This Article aims at search the bibliography on the subject and inform the population, the high risks offered by conduct as well as less-polluting alternatives for disposal and even assist in environmental education to allow the reduction of the ignorance of the general population about the subject.
Keywords: Discard, medicines, collection, contamination, environmental education.
Introdução
O Impacto ambiental no descarte de medicamentos vem se constituindo em grande preocupação no meio ambiental por força da produção massiva da indústria farmacêutica e da falta de informação relativa ao descarte dos medicamentos que sobram do tratamento e dos que perdem a validade durante ou após o período de uso.
Os medicamentos são compostos de elementos que apresentam dificuldades intransponíveis à sua eliminação na natureza, pelos meios convencionais de tratamento, no caso daqueles que são descartados em pias e vasos sanitários, os tratamentos usuais dos efluentes de esgoto sanitário definitivamente não eliminam os impactos que os medicamentos impõem ao meio ambiente.
As sobras de medicamentos têm várias causas, dentre as quais podemos destacar: a dispensação de medicamentos além da quantidade exata para o tratamento do paciente; a interrupção ou mudança de tratamento; a distribuição aleatória de amostras-grátis; e o gerenciamento inadequado de estoques de medicamentos por parte das empresas e estabelecimentos de saúde. Soma-se a estes fatores a carência de informação da população relacionada à promoção, prevenção e cuidados básicos com sua saúde (ANVISA 2013).
O uso de medicamentos é essencial para a manutenção da saúde da população, porém a facilidade de aquisição e o incentivo da mídia geram uso excessivo e com isso, o acúmulo nas residências (FERREIRA et al., 2005).
Muitos desses medicamentos são utilizados sem considerar prazo de validade ou são descartados de maneira inadequada, gerando um problema ambiental e de saúde pública (BILA; DEZOTTI, 2003).
Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o prazo de validade de um medicamento corresponde ao “tempo durante o qual o produto poderá ser usado, caracterizado como período de vida útil e fundamentada nos estudos de estabilidade específicos”. Os medicamentos utilizados fora desse prazo oferecem riscos e muitas vezes causam efeitos indesejados. Ainda, a data presente na embalagem corresponde à validade do medicamento lacrado. Quando ocorre a violação, os fármacos podem ter sua estabilidade alterada devido a fatores ambientais (luz, umidade, oxigênio etc) e ter sua ação comprometida mesmo antes do prazo de validade ser atingido.
O descarte inadequado é feito pela maioria das pessoas por falta de informação e divulgação sobre os danos causados pelos medicamentos ao meio ambiente e por carência de postos de coleta (Gasparini et al., 2011). Com a crescente tecnologia o uso indiscriminado de certos materiais e substâncias, na produção de produtos de uso comum
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