Graduação em Direito – PUC Minas Hermenêutica

Hemériton Moreira Silva Junior e Stephanie Gabriella Takahashi Menezes

Graduação em Direito – PUC Minas

Hermenêutica é uma palavra com origem grega e significa a arte ou técnica de interpretar e explicar um texto ou discurso. A Hermenêutica é um composto normativo de interpretação, significação, para a compreensão do todo, mas há uma compreensão diferente para cada agente, cada um desenvolve critérios diferentes de interpretação.

O método marxista faz uma análise dos empecilhos encontrados na filosofia da linguagem, com o objetivo de resolvê-los. Há reflexão de duas realidades, uma delas é externa. O ideológico possui sempre um sentido que reflete a algo externo a si. O que é ideológico é um signo. Ou um símbolo, que nos mostra outra faceta. Ou um instrumento de produção e produtos de consumo que desempenhem um papel de signo, quando se apresentam como um símbolo em determinada situação, com relevante importância e valor, onde deixam de ser simples produtos e instrumentos e passam a exigir um entendimento, uma interpretação.

Os signos são importantes, eles refletem outra realidade que ultrapassa as propriedades aparentes. Não precisa ser necessariamente fiel a realidade, podendo modificá-la ou direcioná-la, se submetendo aos parâmetros de análise ideológica. O controle ideológico e dos signos sempre estarão relacionados. Se tratando do caráter semiótico, mesmo que cada área possua uma forma diferente de traduzir a realidade, sua própria forma ideológica, os próprios signos, todos se submetem a mesma definição geral. Há objetividade no signo, possibilitando um estudo individualizado. A realidade exterior do signo se mostra como um meio para realização da realidade interior, como forma de compreensão. Há um complexo de criatividade, onde há a necessidade de conhecimento de uma diversidade de signos.

A consciência existe a partir dos signos, que são provimentos da percepção individual, que surgem através de grupos organizados no andamento de seus vínculos sociais, se construindo o signo a partir da materialização desses vínculos por meio da comunicação, e do primeiro meio da consciência individual que são as palavras (signo neutro), definidas como material extracorporal. Não é tão simples a compreensão da palavra, é necessário um estudo sobre sua função de instrumento da consciência.

Há uma enfatização da complexidade multiforme das manifestações de linguagem em situações sociais concretas, onde é aplicada a teoria de linguagem e do dialogismo. Utilizando se de concepções relacionadas a linguagem tendo como foco à interação verbal, ao dialogismo, a repetição e à criação. A linguagem não é concebida apenas como um sistema abstrato, mas também como uma criação coletiva, seria um diálogo coletivo entre o "eu" e o "outro", a linguagem como centro da obra.

A linguagem é compreendida a partir da sua natureza sócio histórica. A verdadeira substância da língua se dá por meio do fenômeno social da interação verbal, através da enunciação ou das enunciações. Uma das formas mais importantes da interação verbal é o diálogo, caracterizado não apenas como comunicação em voz alta, de pessoas face à face, mas toda comunicação verbal, de todo tipo, a língua vive e evolui historicamente na comunicação social concreta. É a partir da concepção de linguagem que nasce uma das categorias básicas de seu pensamento, que é o dialogismo.