Grafos E Suas Aplicaçoes
Trabalho Universitário: Grafos E Suas Aplicaçoes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: amended • 2/4/2014 • 2.454 Palavras (10 Páginas) • 464 Visualizações
Grafos e Suas aplicações
INTRODUÇÃO
A teoria de grafos surgiu no século XVIII e, comparada com a história da Matemática, ela é bastante recente. Destacam-se L. Euler, G. Kirchhoff e A. Cayley como os primeiros cientistas a trabalharem nesta linha de pesquisa.
A teoria de grafos tem extensa aplicabilidade na área de Matemática,
principalmente na modelagem matemática, que permite interpretar e analisar
várias situações reais em Física, Química, Biologia, Engenharia, Pesquisa Operacional, Psicologia e Teoria da Computação.
Nestes textos, encontram-se todos os resultados e propriedades importantes da teoria bem como um grande número de aplicações em várias áreas do conhecimento.
Com o desenvolvimento da ciência da computação, a teoria sobre grafos tem permitido obter resultados importantes de modelos matemáticos que representam várias situações reais e auxiliam na solução de diversos problemas.
Um grafo é um conjunto de pontos no plano ligados por segmentos de reta ou flechas. Um grafo G = (N,A) é constituído por um conjunto (finito e não-vazio) N de nós e um conjunto A de arcos. Cada arco é um par nãoordenado de nós (ou vértices) distintos.
Para desenhar um grafo, representa-se cada nó por um círculo e os
arcos por linhas ligando estes círculos.
Um arco é incidente nos nós aos quais está associado. Nó isolado é
aquele que não está ligado a nenhum outro, ou seja, não existe nenhum arco, no grafo, incidente neste nó.
Multigrafos são grafos nos quais são permitidos dois ou mais arcos
associados a um mesmo par de nós. O exemplo na figura 4 representa um
multigrafo porque os arcos b e c conectam os mesmos pontos finais.
Pode-se representar (multi)grafos por meio de matrizes. Tem-se então a matriz de incidência nó-arco, cujas linhas estão associadas aos nós e as colunas aos arcos. Um elemento na linha i e coluna j será igual a 1 se o nó i for incidente no arco j e 0 se não for. Outra forma de representação é a
matriz de adjacência, que tem linhas e colunas associadas aos nós. O elemento na linha i e coluna j é o número de arcos que tem i e j como extremidades.
Um circuito de Euler do grafo G é um circuito que contém todos os
nós e todas as arestas de G. Isto é, o circuito euleriano é uma seqüência de
nós adjacentes a qual começa e termina no mesmo nó, usando cada nó pelo
menos uma vez e cada aresta também uma única vez. Sendo N um nó do
circuito euleriano de G, se uma aresta chega em N, então deverá haver outra
que sai. Um dos resultados estabelecidos por Euler diz que um multigrafo
conexo é euleriano se, e somente se, cada nó tiver grau par.
O conceito de planaridade de um grafo está ligado ao traçado de mapas
de cidades. Considerando-se o mapa de uma cidade, a ele pode estar
associado a cada esquina um nó e a cada trecho de rua entre duas esquinas
um arco. Entretanto, se o objetivo for traçar possíveis rotas para linhas de
ônibus, verifica-se que a simples indicação de um trecho de rua entre dois
pontos não é suficiente, porque nem todas as ruas possuem mão-dupla. É
necessário também acrescentar essa informação na definição do grafo. Então
surge o conceito de arco direcionado e dígrafo. Cada arco corresponde a
um par ordenado de nós. Agora, o arco correspondente ao par (i, j) é incidente
do nó i e incidente para o nó j. O grau de entrada de um nó é o número de
arcos que entram no nó, isto é, são incidentes para o nó e o grau de saída é
definido de maneira análoga.
Seguindo a teoria de grafos, da mesma forma, a definição de dígrafos
não prevê a existência de laços (um arco associado a um par (i, i)) e arcos
repetidos, ou seja, dois arcos associados ao mesmo par ordenado de nós.
Outra informação adicional que pode ser representada no arco, é informar
sua direção, e esta é indicada por meio de uma seta no nó.
PROBLEMAS E APLICAÇÕES
O mais famoso problema que utiliza teoria de grafos foi resolvido por Euler em 1736. Euler ficou curioso devido a uma charada popular sobre o lugarejo de Königsberg (uma antiga cidade da Prússia, mais tarde chamada de Kaliniingrado, na Rússia). O problema é o seguinte: sete pontes cruzam o
rio Pregel estabelecendo ligações entre duas ilhas e entre as ilhas e as margens opostas do rio, como mostra a figura. A charada era determinar se uma pessoa poderia passear pela cidade passando apenas uma vez por cada ponte.
É viável responder essa pergunta listando todos os caminhos possíveis, de
forma que algum dedicado morador de Königsberg deve ter resolvido este
problema em particular. A idéia de Euler foi representar esta situação utilizando grafos.
Este problema consiste
em achar um circuito que percorra cada arco exatamente uma vez. Pode-se
observar que os nós têm grau ímpar, então o multigrafo em questão não é
euleriano. A resposta à pergunta é que não é possível cruzar uma ponte
somente uma vez.
A resposta a este problema pode também ser encontrada na construção
de um algoritmo computacional. A essência do algoritmo é contar o
...