HERRING

dotada pela empresa, suas ações, quais foram as dificuldades enfrentadas e quais foram as soluções adotadas pela empresa e quais são os resultados obtidos pela Hering.

2 – A EMPRESA

2.1 – CIA. HERING

A Cia. Hering tem construído, ao longo de mais de um século, uma história de permanente inovação. Fundada em 1880 pelos irmãos Bruno e Hermann Hering, a companhia tem se reinventado e acompanhado a evolução da sociedade, vestindo geração após geração.

Atualmente, possui quatro marcas em seu portfólio – Hering, Hering Kids, PUC e dzarm. – que lançam seis coleções anuais e atendem os brasileiros de norte a sul do país, com uma admirável capilaridade de pontos de venda e diversidade de produtos. Está presente também, com lojas, no Uruguai, Paraguai, Venezuela e Bolívia, além de exportar para outros países.

Possui 10 unidades produtivas, das quais, 5 em Santa Catarina, 4 em Goiás e 1 no Rio Grande do Norte. Seus centros de distribuição estão estrategicamente localizados em Santa Catariana e Goiás. Mantém um modelo Híbrido de produção.

Em Blumenau (SC) mantém sua operação, e transferiu para São Paulo (SP) parte da área administrativa, que reúne a presidência, além das áreas de gestão de marcas, relacionamento com investidores, franquias e gestão de pessoas.

Empreendedorismo e inovação perpetuam uma história de sucesso. Em 1993, ocorreu uma marcante transformação: a Cia. Hering passou a transitar no varejo, com a abertura da primeira Hering Family Store, sem deixar sua vocação fabril.

A força no varejo acompanha as inovações tecnológicas. Além dos milhares de pontos de venda, a companhia tem um bem sucedido modelo de vendas pela internet. Conta com webstores da PUC, dzarm. e Hering, que comercializa também Hering Kids. Usa sua página no Facebook para aproximar-se de seus consumidores. Em julho de 2013, a fanpage da Hering atingiu um milhão de fãs.

A Cia. Hering fez história, também, no mercado de capitais. Hoje, tem capital pulverizado entre diversos acionistas. Seu modelo se alicerça em três pilares: crescimento consistente, resultados sustentáveis e continuidade no desenvolvimento de coleções, sempre jovens e atuais.

Alcançar com sucesso estes objetivos depende de uma atuação

em rede, formada de parcerias que compartilham recursos e conhecimentos, permitindo que a Companhia possa direcionar as estratégias para as suas competências essenciais. Desta forma, todos os elos desta cadeia se fortalecem.

E um dos elos mais importantes para esta atuação em rede são as pessoas, e desde a sua fundação, a empresa tem um cuidado especial quando o assunto é pessoas e busca por meio de programas e ações, promover, reconhecer e desenvolver talentos.

Um modelo de negócio focado na gestão de marcas, desenvolvimento de produtos e canais de distribuição e valorização das pessoas. Este é o propósito da Cia. Hering.

Visão: Ser reconhecida como a mais rentável e melhor gestora de marcas de vestuário

Missão: Desenvolver marcas, criar e comercializar produtos e serviços de vestuário com valor percebido e foco no cliente

2.2 – HISTÓRICO

A Hering foi fundada em 1880 em Blumenau – SC, pelos irmãos Hermann e Bruno Hering, imigrantes alemães que vinham de uma longa tradição familiar da confecção em tecidos de malha, e que enxergaram no mercado a oportunidade de suprir uma demanda até então atendida por produtos importados mais caros.

Logo após o início das atividades, em 1882, a Hering conquistou uma medalha de prata em uma exposição pela qualidade das camisetas produzidas. Dali em diante a empresa foi crescendo, realizando novos investimentos em maquinário e contratação

de pessoal para expandir a produção, conquistando o mercado a nível nacional. Em 1893 mudou-se para o bairro do Bom Retiro, em São Paulo, com o objetivo de utilizar a força motriz hidráulica da região para mecanizar os teares.

Um passo importante na história da companhia foi a estratégia de verticalização adotada poucos anos antes da 1ª Guerra Mundial (1914-1918). Esta estratégia permitiu o crescimento durante o período de escassez de fios provenientes do mercado externo, uma vez que possuíam as próprias máquinas de fiação.

Outra estratégia adotada pela empresa foi a descentralização da costura, por meio da aquisição de uma fábrica que confeccionava malhas no município de Indaial – SC. Esta estratégia possibilitou a Hering a atingir o patamar de maior malharia da América Latina, sendo pioneira a atingir o mercado internacional.

A empresa seguiu investindo na verticalização, trazendo novas tecnologias de fora do país, reduzindo cada vez mais sua dependência de fornecedores e também aumentando sua produtividade, melhorando a qualidade e reduzindo custos operacionais.

Na década de 80, a Hering já estava entre uma das marcas mais consagradas do país e presente nos guarda-roupas de milhões de brasileiros. Ao mesmo tempo a empresa viu seu público consumidor ficar mais sofisticado e a demandar produtos de maior valor agregado.

Em 1990 a Hering se transforma em uma holding e adota uma

nova estratégia para se adaptar à abertura econômica do país, grandes investimentos tecnológicos e reestruturação organizacional. A abertura econômica do país aumentou o nível de competitividade do mercado que a Hering dominava com a chegada de diversas marcas estrangeiras. A necessidade de uma mudança estratégica era evidente.

3 – MUDANÇA ESTRATÉGICA DA EMPRESA

3.1 – MIGRAÇÃO DO MODELO FABRIL PARA O MODELO VAREJISTA

A abertura comercial do Brasil no inicio da década de 90, trouxe para setor têxtil a nova realidade da livre competição. As regras de domínio das grandes empresas ou proteção governamental contra desempenhos superiores estrangeiros foram substituídas pela guerra de vantagens competitivas.

Além disso, naquele momento, a empresa estava praticamente falida. A empresa era financeiramente alavancada, com uma estrutura de capital pesada para um país de juros tão altos. Transformada em bola de neve, sua dívida quase saiu de controle na década seguinte.

Nesse cenário competitivo a Hering teve que adaptar-se rapidamente a nova situação e centrou seu plano de ação em três principais pilares estratégicos:

1 – Fim da verticalização do processo produtivo: A Hering foi no caminho contrario a estratégia