História Da Topografia
Casos: História Da Topografia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: anaclaudia_rg • 3/8/2014 • 1.469 Palavras (6 Páginas) • 2.003 Visualizações
1 - INTRODUÇÃO
Podemos dizer que a topografia tem suas raízes no antigo Egito, devidamente por serem os mais referenciados quando falamos sobre engenharia antiga e grandes obras do passado, porém, algumas fontes dizem que o direito de propriedade é da babilónia, pelo fato de encontrarem um mapa-múndi da babilônia com idade estimada de 2500 a.C. No geral, quem nos legou grandes conhecimentos e instrumentos da topografia, foram os egípcios, gregos, árabes e os romanos.
Não há uma data certa para determinar o início da topografia, mas acredita-se que o homem começou a fazer uso e necessitar da topografia quando deixou sua vida nômade e começou a fixar moradia, com intenção de demarcar suas áreas de domínio, não muito diferente dos dias de hoje.
A Topografia não era reconhecida de fato até a matemática e a física ganharem desenvolvimento notável nos últimos séculos, passando então do empirismo, às bases de uma autêntica ciência.
Alguns destaques para a utilização da topografia no passado foi o sistema de irrigação dos egípcios e a pirâmide de Gizé, que tem um erro de apenas 20 cm para uma base de 228m, algo incrível levando em conta as condições de trabalho da época comparando com a tecnologia que temos disponível nos dias de hoje.
O homem sempre necessitou conhecer o meio em que vive, por questões de sobrevivência, orientação, segurança, guerras, navegação, construção, etc. Relatou-se no presente trabalho um histórico da topografia, abrangendo mapas e seus instrumentos.
2 - HISTÓRICO DA TOPOGRAFIA
A topografia [do grego topos (lugar) e graphein (descrever)] é a ciência aplicada cujo objetivo é representar a configuração de uma porção de terreno com as benfeitorias que estão em sua superfície. Ela permite a representação, em planta, dos limites de uma propriedade, dos detalhes que estão em seu interior (cercas, construções, campos cultivados e benfeitorias em geral, córregos, vales, espigões, etc.). Com a locomoção do homem e sua exploração de terras na superfície terrestre, veio a necessidade de se posicionar, orientando-se em seus deslocamentos. Inicialmente, com poucos instrumentos para obter um posicionamento específico, utilizavam-se as estrelas e também referências físicas ao longo do trajeto percorrido. No livro intitulado Curso de Cartografia Moderna (1988), o autor Cêurio de Oliveira, afirma que a Cartografia “não é uma ciência nem uma arte, mas é, sem dúvida alguma, um método científico que se destina a expressar fatos e fenômenos observados na superfície da Terra, e, por extensão, na de outros astros, como a Lua, Marte, etc., através de simbologia própria.” (p.14)
Além da necessidade de posicionamento e orientação, apareceram as exigências de registro dos pontos já explorados, alcançando maiores distâncias em relação ao ponto de partida. Economicamente as demarcações de áreas e pontos também eram necessárias, assim podiam-se negociar terras, que na época eram de grande interesse no setor agrícola. Desde épocas bastante remotas, o homem vem se utilizando da confecção de mapas como meio de armazenamento de conhecimentos sobre a superfície terrestre, tendo como finalidade principal, não só conhecer mas, muito principalmente, administrar e racionalizar o uso do espaço geográfico envolvente. Considera-se então, em razão das necessidades ditadas pelo processo de desenvolvimento tecnológico, social e econômico que o mundo vem atravessando, e em especial, pelas consequências do vertiginoso progresso verificado até nos dias de hoje, pode-se afirmar que a Cartografia é praticamente indispensável como instrumento de apoio à administração do espaço geográfico.
“(...) a necessidade de estudar as condições políticas e econômicas da época em que as cartas foram traçadas e até o que se pode averiguar da biografia dos cartógrafos, deixa-nos aperceber o âmbito social que as condicionou. O homem nunca poderá fugir à paixão avassaladora e salutar de conhecer a sua própria história. Não conseguirá fazê-lo mais agradavelmente do que através do estudo, mesmo ligeiro, da sequência de cartas antigas em que os antepassados registraram, com mais ou menos fantasia ou realidade, as suas concepções e conhecimentos geográficos.” CORTESÃO (1960, p.33-34)
Mediante a atividade de mapeamento, definida como sendo um conjunto de operações de levantamento, construção e reprodução das cartas de uma determinada região do espaço geográfico georeferenciado. As Cartas Topográficas são confeccionadas mediante um levantamento topográfico regular no terreno e que contém, além da forma (contorno e relevo), os acidentes naturais e artificiais, permitindo a medida sobre as mesmas, facilmente e com precisão, de distâncias, ângulos, a posição de pontos (coordenadas), avaliação da área, etc. Podem ser cartas topográficas planimétricas, altimétricas ou planialtimétricas.
Um dos mapas mais antigos (figura 01) foi confeccionado pelos babilônios há alguns milhares de anos, talvez entre 2.500 a 4.500 a.C. Trata-se de uma pequena placa de barro cozido encontrada na Mesopotâmia, provavelmente representando esta região, mostrando o rio Eufrates e a área circunvizinha, com montanhas e, inclusive, os pontos cardeais.
Figura 01 – Mapa de Ga-Sur
A figura 02 apresenta um mapa feito de tiras de fibra vegetal, representando a área oceânica do arquipélago formado pelas ilhas Marshall, no Pacífico, a nordeste da Austrália. Algumas ilhas estão representadas por conchas presas às tiras.
Figura 02 –Mapa das Ilhas Marshall
A figura 03 representa um mapa jainista do século XVIII, que tem no centro o monte Meru.
Figura 03 – Mapa Jainista
3 - INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS
Para alcançar seu objetivo primordial, a topografia fundamenta-se no conhecimento dos instrumentos e dos métodos que se destinam para efetuar a representação do terreno sobre uma superfície plana de projeção denominada de plano topográfico. As civilizações egípcia, grega, árabe e romana nos legaram instrumentos e processos que, embora primitivos, serviam para descrever, delimitar e avaliar propriedades
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