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Histórias Infantis

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Por:   •  15/6/2014  •  1.245 Palavras (5 Páginas)  •  359 Visualizações

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A história contada através de fantoches

Segundo Ribeiro (2008), a origem do teatro de bonecos, se deu na mais antiga época medieval, quando bonecos que representavam santos eram produzidos para ser reverenciados, embora naquela época existissem leis severas que eram contrárias a representação cristã. Porém fazia-se necessário encenar os mistérios da religião para a compreensão popular. Foi nessa época que criaram um boneco para representa Maria, a virgem e deu-se o nome de Marion, por isso o termo Marionetes.

As marionetes criadas na época medieval estavam ligadas ao espírito popular profano, pois representava a luta entre o bem e o mal, nas criações populares. A religião e o profano andam paralelamente, por isso o teatro de bonecos mantém um caráter místico, mágico e ligado a religião, por aproximar o ser humano do universo e da religião.

O palco para apresentação dos bonecos pode ter se originado por volta de 5.000 a.C., junto com o teatro de sombras na Índia Ocidental. O boneco mais conhecido surgiu na Itália e se chamava Maceus, depois apareceu o Polichinelo junto com o arlequim. No Brasil, o primeiro boneco a ser criado recebeu o nome de Mamulengo .

Universalmente o personagem do boneco era de um homem que valorizava as coisas materiais, que era bravo e covarde, falava muito e era esperto e ingênuo ao mesmo tempo, na verdade ele retratava a vida de todo mundo. Atualmente esse tipo de personagem permanece, embora seu modelo original tenha sido descaracterizado.

Os bonecos foram criados de acordo com o que se imaginava ser as vontades das crianças. Aqui no Brasil, supõe-se que o boneco Mamulengo tenha aparecido por volta do século XVI, representando um personagem de presépio e até hoje ele tem papel de destaque no Nordeste e sua atuação é muito apreciada.

Atualmente, existem diversos grupos que trabalham com fantoches e estão cada vez mais aperfeiçoados. Essa forma diferente de apresentar uma história para as crianças é fascinante, pois estimula à imaginação e a linguagem, os bonecos atraem a atenção dos pequenos, facilitando a expressão do sentimento infantil.

Um fantoche pode superar a dificuldade de comunicação de uma criança, fazendo com que ela expresse sentimentos que dificilmente a criança deixava transparecer. Esse recurso é mágico, pois penetra no mundo infantil, é um processo criativo que incentiva o desenvolvimento da linguagem e do pensamento, fazendo com que a criança aprenda a tomar certas decisões e a expressar-se. De acordo com Ribeiro,

as crianças pequenas inicialmente brincam sozinhas com os bonecos. Depois juntam-se espontaneamente e cada uma fala por seu fantoche. É um princípio de socialização; cada criança começa a perceber a necessidade de esperar sua vez de falar, ouvir o que os outros falam, respeitar a opinião dos outros, exprimir seu desacordo com argumentos convincentes ( RIBEIRO, 2008 p. 50)

Os fantoches ensinam as crianças a se socializarem, fazendo com que os pequenos descubram que tudo tem sua hora, elas aprendem a controlar suas ansiedades e a potência da voz, prestando atenção no mundo sonoro. O importante é saber utilizar os fantoches, o professor não deve confundir brincadeira, onde os bonecos são distribuídos para que as crianças manipulem com o teatrinho para contar uma determinada história na qual existe um texto a ser seguido e um conhecimento a ser transmitido, para isso é necessário que o docente tenha objetivos em mente.

Um fantoche é um aliado do professor durante a contação de uma história, pois ele chama a atenção da criança para a história, é um excelente recurso didático, pois enriquece a aula, tornando-se um veículo de informação, de transmissão da cultura e de reflexão.

De acordo com Parâmetro Curricular Nacional destinado ao ensino da Arte (1997),

Dramatizar não é somente uma realização de necessidade individual na

interação simbólica com a realidade, proporcionando condições para um

crescimento pessoal, mas uma atividade coletiva em que a expressão individual

é acolhida (BRASIL, 1997, p. 57).

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Durante nossa infância todo nós, educadores, já nos encantamos, de alguma forma, com o Teatro de Bonecos. Talvez tenha sido assistindo às peças satíricas dos Mamulengos, nas cidadezinhas do interior. Talvez tenha sido vendo algum grupo de teatro de rua, em qualquer cidade ou capital do país. Quem sabe, se entretendo com a “Vila Sésamo” ou os “Mupets” nas tarde de TV e pipoca. Ou, ainda, quando, levados pelos nossos pais ou pela escola, mergulhamos, pela primeira vez, no mundo mágico de uma sala de espetáculos, vimos a cortina se descerrar, a sala escurecer e, tomados de algum temor, e de muito encantamento, vimos aquelas criaturinhas mágicas tomarem

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