As Relações De gênero Nas Propaganadas De Produtos Infantis
Monografias: As Relações De gênero Nas Propaganadas De Produtos Infantis. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vivialice • 11/8/2013 • 626 Palavras (3 Páginas) • 407 Visualizações
Infância na Televisão: Uma trajetória histórica
Inicialmente a televisão no Brasil apresentava inicialmente sua programação ao vivo e no período noturno, que se dirigia basicamente aos adultos. A primeira elaboração de uma programação infantil segundo Pereira (2002, p.85) era baseada em clássicos da literatura universal ou em concursos de conhecimentos gerais, foi a primeira forma de inclusão da criança no universo do “público televisivo”.
Segundo Pereira, (2002, p.89) “nos anos 60 a criança deixou de ser apenas espectador e passou a ser também protagonista dos programas exibidos. De inicio a participação era restrita à programação infantil” a criança tornou-se aos poucos uma imagem bastante presente. As crianças passam ser protagonistas de algumas programações, como personagens de espetáculos artísticos e culturais. Algumas mudanças dessa relação entre criança e a televisão deu-se ainda na década de 60, onde a criança deixou de ser apenas espectador e passou a ser também protagonista dos programas exibidos. A outra mudança diz respeito à criança de um novo conceito do programa infantil.
A televisão é a forma mais popular de mídia, assume um papel fundamental na relação adulto/criança. Como enfatiza Bucci (apud Pereira 2002) “[...] a televisão é muito mais do que um aglomeramento de produtos descartáveis destinados ao entretenimento de massa [...]. Ela domina o espaço público (ou a esfera pública de tal forma, que sem ela, ou sem a representação que ela propõe do país, torna-se quase impraticável a comunicação”.
A partir dos anos 70 e 80, a televisão faz da apresentadora do programa sua figura central e confere à criança um novo lugar no espaço midiático; transformada em cenário ela se alterna entre imobilidade de ser um mero “pano de fundo” e o incessante e desconexo movimento das crianças coreógrafadas, brincadeiras competitivas que valem prêmios, degustação ou exibição de produtos de empresas que patrocinam o programa.
Paralelamente, cria-se um mercado de produtos vinculados aos programas e à figura das apresentadoras, que variam desde bonecas e estampas em vestuários até aparelhos eletrônicos, utensílios domésticos e alimentos, que ajudam a consolidar, junto à criança, o status de consumidor.
Pereira (2002, p.89) vê essa mudança significativa que está ligada ao surgimento de emissoras de televisão especificamente dedicadas ao público infantil. Esses canais independentes do horário nos interpelam a não sair da frente da televisão, seja de maneira lúdica, com charadas ou anúncio de outros programas, seja pela explicitação de um surgimento de autoridade: “Não saia daí! A gente volta já”.
Para Fischer “A publicidade e a indústria do entretenimento não brincam em serviço” como a própria autora diz; “seus produtos são realizados para alguém concreto e real, para alguém com quem entram em relação de um modo muito particular, a fim de que este complete de alguma forma a história narrada”. (2001, p.79);
Os modos de endereçamento constituem também em estratégias complexas e até muito apelativas, essas estratégias não se produzem de hora em hora, ela têm uma longa história, seja na “educação” dos espectadores, e das “verdades” que foram legitimadas ao longo do tempo.
Segundo Moreno (apud Pereira
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