Homem E Sociedade
Trabalho Universitário: Homem E Sociedade. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: leo1904 • 10/4/2014 • 2.083 Palavras (9 Páginas) • 722 Visualizações
1. Considere a afirmação a seguir e assinale a alternativa que apresente uma versão antropológica correta para os efeitos da globalização. "[...] De uma cultura paraoutra, significados variam imensamente, o que torna necessária a compreensão do contexto cultural em que os símbolos são criados e utilizados para que nossacomunicação seja eficaz e consiga atingir seus objetivos."
a. A expansão do capitalismo global se faz respeitando as culturas locais.
b. Cada vez mais o referido contexto é o da sociedade global, pois os lugares perdem totalmente seus significados.
c. Significados sociais eram constituídos na relação desenvolvida entre os membros do grupo e entre estes e o entorno, raízes essas que hoje não são maisnecessárias.
d. O crescimento econômico das nações se tem dado de modo sustentável, posto que hábitos e costumes vêm sendo preservados em toda parte.
e. Por mais que a modernização capitalista busque a padronização cultural pelo e para o mercado, fatos como a diversidade étnica, a variedade de línguas eprofundas desigualdades sociais mostram os limites históricos do processo de globalização.
0,5 pontos
Pergunta 2
1. A partir do trecho a seguir, que trata de simbolização e de símbolos fora do contexto original, assinale a alternativa correta.
Como os símbolos cotidianos dependem de consenso em torno de sua interpretação, é muito comum que, quando usados em um contexto diferente do original,sejam interpretados de forma completamente diferente à convencionada pela cultura que lhes deu origem.
Isso porque, ao saírem da cultura que os originou, podem parar em lugares onde não exista a convenção sobre como eles devem ser interpretados. Em um caso desses, as pessoas tendem a dar um sentido mais apropriado ao seu próprio contexto. O que os indivíduos fazem nessa situação é idêntico ao trabalho feito por umtradutor, ou seja, as pessoas tentam adequar os símbolos de outras culturas a sua própria linguagem e vida social.
Assim, quando se adotam símbolos de outras culturas, de outras convenções sociais, a tendência é que as pessoas adaptem os significados possíveis dessesímbolo a sua própria realidade.
a. A tatuagem tribal (a maori, por exemplo) conserva seu significado em contextos diferentes.
b. Não pode ocorrer o desenraizamento dos significados, pois eles são absolutos, invariáveis em seus significados.
c. Não se deve ficar interpretando símbolos, principalmente se não forem da própria cultura.
d. O que a autora do texto quer dizer com convenção é que é uma maneira de os símbolos não sofrerem perdas ou mudanças quando transferidos de lugar.
e. O “consenso em torno de sua interpretação” trata, essencialmente, do processo de comunicação.
0,5 pontos
Pergunta 3
1. Leia o seguinte trecho do artigo de Armand Mattelart e assinale a alternativa cuja afirmação siga uma linha de raciocínio de conotação antropológica.
“A trigésima terceira Conferência Geral da Unesco, em Paris, adotou, no dia 20 de outubro de 2005, uma convenção sobre a proteção e a promoção da diversidadecultural com a quase unanimidade dos 154 países presentes. Dois foram contrários: Estados Unidos e Israel. Quatro abstenções: Austrália, Honduras, Libéria eNicarágua. Em três dias, aproximadamente, o texto foi aprovado em comissão pelos representantes dos 151 Estados entre os 191 membros da Unesco. O objetivodessa convenção foi o de dar força de lei à Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, adotada, por unanimidade, após os eventos do 11 de Setembro de2001. Qualificando a diversidade como 'patrimônio comum da humanidade', essa declaração se opunha aos 'doentios fundamentalistas' com a 'perspectiva de ummundo mais aberto, mais criativo e mais democrático'.
Dois fóruns institucionais contribuíram para forjar os elementos de uma doutrina sobre a cultura e as políticas culturais. O primeiro é, evidentemente, a própriaUnesco. Fundamentalmente a partir do fim dos anos 1960, com a entrada na era pós-colonial, dá-se a era da independência. É nessa época que a relação de forçaentre os países do Norte e os do Sul afeta, numérica e ideologicamente, o conjunto do sistema das Nações Unidas. Mesmo se o peso da divisão geopolíticaLeste/Oeste continua a influenciar as representações dominantes de ordenamento do mundo, a ponto de provocar um curto-circuito na relação Norte/Sul, e asdemandas do dito Terceiro Mundo.
É o momento no qual se faz patente a crise de uma filosofia do desenvolvimento, para a qual a modernização equivalia à ocidentalização, uma versão requintada dosprogramas etnocêntricos de assimilação cultural. É a falência da crença em um progresso linear e infinito, dos paliativos sucessivos oferecidos aos povos: a únicasaída para o dito subdesenvolvimento é percorrer, uma a uma, as etapas pelas quais atravessaram os grandes países ditos desenvolvidos. De acordo com essacrença, a inovação social deve se dirigir do centro para as periferias. Não há lugar, pois, para as culturas locais, das quais se contesta sua capacidade de invenção.Estigmatizadas como tradicionais, elas são consideradas pela engenharia social como um obstáculo no curso da modernidade, segundo o padrão euro-estadunidense. Ao longo dos anos 1970 aparece em cena, aos poucos, um bloco de nações chamadas a participar de debates, proposições, medidas e estratégias:direito a comunicar, diversidade cultural, políticas culturais, políticas de comunicação e industriais, interdependência e diálogo das culturas”. In: MATTELART,Armand. Mundialização, cultura e diversidade. Revista FAMECOS, nº 31, p. 12-19, dez. 2006, quadrimestral, Porto Alegre.
a. Falar em assimilação cultural é um absurdo, pois nossa sociedade é modelo de respeito ao modo de vida de grupos étnicos diferentes. Um exemplo disso é aproveitosa relação de aprendizagem (boa para ambos os lados) que sempre mantivemos com os índios que ocupavam as terras que, muito tempo depois, viriam a se tornar o Brasil.
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