Hora de apresentação e apresentação do mundo interior do assunto
Artigo: Hora de apresentação e apresentação do mundo interior do assunto. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lulisampa • 15/11/2014 • Artigo • 621 Palavras (3 Páginas) • 280 Visualizações
A hora do jogo e a representação do mundo interno do sujeito
Este artigo tem como propósito discutir alguns aspectos fundamentais na estruturação do processo psicopedagógico tendo em vista a construção do conhecimento e do saber por parte do sujeito através do uso de brinquedos e jogos. Bem como a importância do lúdico no desenvolvimento do trabalho psicopedagógico clínico, por meio da modalidade do brincar em que se constitui uma ferramenta para o diagnóstico psicopedagógico. Aprofundando, assim, os conhecimentos sobre a ludicidade na hora do jogo e a sua contribuição no tratamento psicopedagógico. Visando à forma como a criança aprende: assimilando, acomodando e o equilíbrio/desequilíbrio nessa relação.
A atividade lúdica fornece ao psicopedagogo subsídios sobre os esquemas que organizam e integram o conhecimento num nível representativo. Por isso, “no diagnóstico do problema de aprendizagem na infância, a observação do jogo do paciente é considerada de grande interesse”. (Paín, 1985, p.51). Por meio da hora do jogo pode-se analisar a modalidade de aprendizagem do sujeito, de onde também estarão envolvidos aspectos conscientes e inconscientes da relação de aprendizagem.
O brinquedo é um instrumento de significados que tem em sua particularidade o prazer da descoberta e o desvelar de novos sonhos; A hora do jogo é um instrumento de grande valor em um atendimento psicopedagógico, pois propicia suporte, tanto a nível diagnóstico como terapêutico.
Por meio da ação do brincar, a criança estabelece um espaço de experimentação. Nas atividades lúdicas, esta, aprende a lidar com o mundo real, ampliando suas potencialidades, incorporando valores, conceitos e conteúdos. A hora do jogo representa uma importante ferramenta de observação sobre a simbolização e as relações que o sujeito estabelece com o jogo. Permitindo, ao terapeuta, a formulação de hipóteses a serem ratificadas, ou não, posteriormente.
Esse processo encontra-se baseado na psicanálise, mais especificamente nos princípios da associação livre (Freud, 1900).
O desejo de saber faz um par dialético com o desejo de não-saber. O jogo do saber-não saber, conhecer-desconhecer e suas diferentes articulações, circulações e mobilidades, próprias de todo ser humano ou seus particulares nós e travas presentes no sintoma, é o que nós tratamos de decifrar no diagnóstico (Fernandez, 1991: 39).
As brincadeiras como intervenção psicopedagógica, irão auxiliar a formação de processos interiores da criança podendo ser priorizado a forma mais apropriada à situação de aprendizagem e re-significação de vínculos.
Perante o conflito dirigido pelo psicopedagogo através do jogo (simbólico), a criança descobrirá a possibilidade de re-elaborar seus conflitos interiores bem como assimilar limites e regras o que refletirá de modo satisfatório em sua integração social bem como no processo de aprendizagem fazendo com que este indivíduo seja transportado da modalidade estigmatizada - hiper/hipo assimilativa, hiper/hipo acomodativa Andrade (2002) para uma modalidade mais ‘’normal’’, fluitiva. (assimilação e acomodação).
A criança demonstra através de suas brincadeiras, quais são suas fantasias inconscientes de patologia e de cura. Provocando a brincadeira e observado o brincar
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