IMPORTÂNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO
Projeto de pesquisa: IMPORTÂNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: eduardo111 • 14/6/2014 • Projeto de pesquisa • 2.218 Palavras (9 Páginas) • 552 Visualizações
FLÁVIO NEVES TEIXEIRA
A IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO
INTRODUÇÃO
O ambiente competitivo em que as empresas estão inseridas faz com que muitos gestores não detenham suas atenções quanto ao ambiente de trabalho oferecido a seus empregados e, consequentemente, não percebem os danos a que estão expondo seus funcionários em seu meio de trabalho, ao meio ambiente e às comunidades.
Segundo Cicco (2003),
a evolução das questões relacionadas à saúde e segurança ocupacional data da revolução industrial, onde a preocupação fundamental era a reparação de danos à saúde física do trabalhador. As ações, atitudes ou medidas de prevenção começaram em 1926, através dos estudos de H. W. Heinrich verificando os custos com as seguradoras para reparar os danos decorrentes de acidentes e doenças do trabalho. Em 1966 Frank Bird Jr. propôs o controle de danos, considerando o enfoque para a saúde e segurança a partir da idéia de que a empresa deveria se preocupar não somente com os danos aos trabalhadores, mas também com os danos às instalações, aos equipamentos e a seus bens em geral. Em 1970 Jonh Fletcher ampliou o conceito de Frank Bird Jr. englobando também as questões da proteção ambiental, de segurança patrimonial e segurança do produto, criando o controle total das perdas (Total Loss Control).
Cita Araujo (2006b) que
as organizações devem garantir que suas operações e atividades sejam realizadas de maneira segura e saudável para os seus empregados, atendendo aos requisitos legais de saúde e segurança, regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e Normas Regulamentadoras que tratam de Segurança e Saúde ocupacional. Assim, o sistema de gestão atua no comprometimento e atendimento aos requisitos legais e regulatórios, podendo trazer inúmeros benefícios tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista motivacional.
As empresas devem estar livre de riscos inaceitáveis de danos nos ambientes de trabalho, garantindo o bem estar físico, mental, e social dos trabalhadores e partes interessadas. Para minimizar ou eliminar tais prejuízos, muitas organizações desenvolvem e implementam sistemas de gestão voltados para a segurança e saúde ocupacional.
Os controles implementados devem ser capazes de identificar e avaliar as causas associadas aos acidentes e incidentes. Principalmente, a avaliação e o exame dos incidentes, pois fornecem dados que, se devidamente tratados através de uma visão sistêmica, podem fornecer subsídios importantes para a prevenção de possíveis acidentes.
Acidentes, incidentes constituem, muitas vezes, em eventos que devem ser controlados de
maneira preventiva através do planejamento, organização e avaliação do desempenho dos meios de controles implementados. Estes eventos estão, muitas vezes, associados a inúmeras causas, e não apenas a uma causa específica. Análises simples e rápidas podem levar à conclusão de que a causa imediata reside nos fatores humanos e/ou em algum tipo de problema técnico, mas, grande parte de tais eventos é decorrente de falhas na gestão responsável pela segurança e saúde ocupacional aplicada a estes fatores. Assim, é importante que os gestores responsáveis pelo controle dos aspectos de segurança e saúde da organização dêem especial atenção ao fator humano e a tecnologia utilizada.(ARAÚJO,2006).
Como tarefa central da segurança do trabalho, a prevenção de acidentes tem sua efetivação pautada na concepção de acidente de trabalho que subsidia a ação do profissional ou da equipe do Serviço Especializado Segurança da Saúde e Medicina do Trabalho - SESMT. Assim, ao clarear os conceitos que se aglutinam sobre esta temática, o entendimento das medidas preventivas torna-se uma tarefa, se não mais fácil, pelo menos mais contextualizada.
A existência de várias concepções de acidente se deve à contribuição das muitas áreas do conhecimento que, ao longo do tempo, se reuniram em torno do campo da saúde do trabalhador. Reflete, igualmente, o amadurecimento desta área de estudo na busca por resultados mais consistentes.
Como toda a base jurídica referente ao acidente de trabalho encontra-se na Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, que o caracteriza e o classifica para efeitos legais, este aspecto será abordado para, posteriormente, serem discutidas as concepções de acidente de trabalho hoje existentes no mundo, pontuando aquelas que são adotadas no Brasil.
No que se refere à prevenção, a melhoria dos conhecimentos relacionados à rede de fatores causais, envolvida na gênese dos acidentes, é de grande importância. Minayo (2000, p. 16) coloca que "[...] qualquer ação de tratamento, de prevenção ou de planejamento deveria estar atenta aos valores, atitudes e crenças dos grupos a quem a ação se dirige".
Ao se falar dos treinamentos para prevenção de acidentes, a ação educativa deveria colaborar e dar instrumentos para que os indivíduos, a partir dos conteúdos expostos, possam discutir e refletir sobre suas condições de vida e trabalho. Mostra-se relevante considerar o saber das pessoas a quem o treinamento se destina, pois este, em seu caráter educativo, objetiva desenvolver habilidades nas pessoas para enfrentarem determinadas situações em seu ambiente de trabalho.
A prevenção de acidentes, recebeu, à princípio, importante contribuição da área médica, pois tratavam das mais importantes conseqüências dos acidentes de trabalho - as lesões pessoais. Tal fato explica a liderança assumida pela medicina nos primeiros passos dados em direção à prevenção de acidentes como também esclarece porque esses passos foram dados com vistas especialmente a aspectos conseqüenciais. E mais do que isso, explica a visão que até hoje, caracteriza certas práticas prevencionistas em detrimento de outros caminhos que favorecem a pesquisa das causas. Assim desenvolveu-se a prática de realizar e divulgar estatísticas de acidentados, rotulando-as de estatísticas de acidentes. E com isso deixava-se de considerar os acidentes de que não decorressem lesões. A respeito de um acidente de que não resultasse lesão ouvia-se dizer: "não foi nada". Se não havia acidentado não havia acidente. (MARCOS,2008).
Essa maneira de considerar o assunto, embora não fosse razoável, explicava-se pelo interesse primordial pelo acidentado, que caracterizava os que assim agiam. Juntam-se a isso as características da profissão médica para a qual o estudo das lesões pessoais
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