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INCLUSAO SOCIAL

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Por:   •  26/4/2014  •  9.298 Palavras (38 Páginas)  •  272 Visualizações

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Resumo: A presente pesquisa analisou o “instituto” da educação inclusiva, e a sua realidade teórica e prática, bem como a expectativas, impressões e percepções dos professores da Educação Básica do Município de Teófilo Otoni sobre essa educação inclusiva. Apurou-se ainda acerca da qualificação dos mesmos para o exercício do atendimento educacional especializado para os alunos deficientes. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas estruturadas, através de um questionário qualitativo e quantitativo. O material coletado foi submetido a uma análise descritiva sobre a percepção dos participantes. Para tanto, são abordados pertinentes conceitos neste trabalho, sobre a educação inclusiva. Por fim buscou-se identificar o liame que separa a Educação Inclusiva teórica de sua prática, e se esta se mostra possível em nosso atual quadro educacional. Palavras-chave: alunos; deficiência; educação inclusiva; formação continuada; percepções; professores.

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Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicações Acadêmicas – MG – Brasil – Nº 02 – Ano I – 10/2012

Reg.: 120.2.095–2011 – PROEXC/UFVJM – ISSN: 2238-6424 – www.ufvjm.edu.br/vozes

INTRODUÇÃO

O tema inclusão vem propondo vários debates e discussões nos mais diversos espaços educativos, acompanhados de propostas de ação para a sociedade brasileira, visando, sobretudo propiciar o conhecimento e a consciência da realidade social, educacional e psicológica aos que educam, principalmente, aqueles que têm sob seus cuidados alunos que necessitam de atendimentos especiais, já que a educação é direito de todos os cidadãos, conforme estabelece a Constituição Federal de 1988. Um dos aspectos mais desafiadores da educação contemporânea é a exigência de um tratamento educacional cuja metodologia surja a partir da vertente dos próprios alunos e dos pais, para que se possa atender às necessidades não só dos que estão dentro dos parâmetros da considerada “normalidade”, mas também dos que apresentam outras demandas em razão de sua realidade pessoal. Desse pressuposto surge a necessidade de se proporcionar aos professores o conhecimento da realidade dos alunos que precisam de um atendimento educacional diferenciado, para que, por meio de sua prática educativa nas classes das escolas regulares, possam levar adiante a digna tarefa de integração escolar, social e pessoal dos que são vistos como “diferentes”. A escola constitui um espaço de transformação e interação, que conjuga ideias de políticas educacionais e sociais bem amplas, de forma a garantir os direitos da população. Em razão disso, a implantação de propostas para a educação inclusiva requer um novo olhar, uma prática bem direcionada, pois a educação é só uma, mas requer diferentes ajustes para dar uma resposta à diversidade das crianças e dos adolescentes. Através de metodologias educacionais adequadas, de critérios claros, professores de qualidade e práticas colaborativas, a educação inclusiva pode se tornar realidade, eliminando o lado obscuro da educação - exclusão. Para isso, a instituição escolar deve estar atenta para a tendência humanística da educação, incentivando a oposição à exclusão de qualquer membro da sociedade, de seu contexto, pois; esta postura conduziu as sociedades a injustiça e segregação de milhares de pessoas, durante longos anos na história da educação.

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Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicações Acadêmicas – MG – Brasil – Nº 02 – Ano I – 10/2012

Reg.: 120.2.095–2011 – PROEXC/UFVJM – ISSN: 2238-6424 – www.ufvjm.edu.br/vozes

As pessoas com deficiência eram simplesmente ignoradas e excluídas socialmente, sendo vistas como doentes ou impossibilitadas de ter acesso aos bens culturais e sociais, preferencialmente oferecidos àqueles considerados “normais”. De acordo com Fonseca (1987, p.11) citado por Neves (2000, p.19) a pessoa com deficiência é uma pessoa com direitos iguais, possuem suas limitações, que podem interferir em seu comportamento, estes que muitas vezes atípicos, uns fortes ou adaptativos e pouco funcionais. Por se tratar de uma questão de direitos humanos, a educação inclusiva implica a definição de políticas públicas por meio de ações educativas previamente planejadas e avaliadas. Hoje não se entende mais que os deficientes devem se adaptar à sociedade, ao contrário, é a sociedade que tem que planejar e oferecer meios sobre os quais as pessoas com deficiência possam vencer as barreiras físicas, sociais e de aprendizagem, tornando- se membros participativos dos processos educativos. Ao longo dos anos se tem refletido sobre quais seriam as posturas corretas para trabalhar essa inclusão, bem como quais seriam os possíveis caminhos para atingir essa meta. Neste contexto, e segundo Política de Educação Inclusiva para o Estado do Paraná (2000), a educação inclusiva não é algo fácil de ser resolvida na prática, mesmo que educadores, familiares e comunidade busquem a escola de melhor qualidade para todos. Na escola projeta-se uma imagem que toda a sociedade tem a responsabilidade de incluir esse individuo ao seu meio, no entanto, a inclusão necessita de suporte e recursos necessários para propiciar o pleno desenvolvimento do indivíduo, em todos os níveis de conhecimento. Em tese, uma escola inclusiva é aquela que em seu interior constrói práticas metódicas, as quais não excluem nenhum aluno, principalmente aqueles que já carregam consigo um histórico de preconceito e exclusão. Sabe-se, no entanto, que isso não corresponde à realidade das escolas, muitas das quais resistem diante da ideia de trabalhar com alunos “diferentes”.

Entende- se que uma escola inclusiva deverá ter como fundamento o critério de que todas as crianças e adolescentes deverão aprender juntos, independentemente de quaisquer necessidades e dificuldades que possam

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Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicações Acadêmicas – MG – Brasil – Nº 02 – Ano I – 10/2012

Reg.: 120.2.095–2011 – PROEXC/UFVJM – ISSN: 2238-6424 – www.ufvjm.edu.br/vozes

apresentar. Para tanto, é necessário que a educação inclusiva, além de vivenciada, seja transpirada cotidianamente pela sociedade. Para Werneck (2007) a inclusão educacional requer mudanças do espaço escolar, pois defende a inserção de alunos com quaisquer déficits e necessidades no ensino regular, a inclusão exige rupturas e cabe à escola se adaptar às necessidades dos alunos, e

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