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INCLUSÃO ESCOLAR

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Por:   •  13/11/2013  •  10.238 Palavras (41 Páginas)  •  518 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A monografia em pauta tem como tema: Inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na escola Lua Nova no município de Itabuna-Bahia. A presente pesquisa partiu da inquietação das discentes do curso de Serviço Sociais da UNIME-Itabuna, uma vez que o estudo discorre sobre a filha de uma das discentes que é cadeirante, e esta resolveu socializar esta experiência com os leitores.

Nessa perspectiva, a inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais em escolas regulares vem crescendo no país. O número de matriculados cresceu 229% nos últimos cinco anos, segundo o Censo Escolar do Ministério da Educação. Passou de 43.923 alunos em 1998, quando o censo analisou pela primeira vez a situação dos alunos especiais, para 144.583 estudantes no ano passado.

No país, há 503.570 alunos matriculados com necessidades educacionais especiais, deficiências: visual, auditiva, física e mental. Do total, cerca de 30% frequentam escolas que oferecem o ensino regular em 98, eram 13%. O restante está em escolas ou salas especiais.

Vale ressaltar, que o caso aqui descrito é de uma escola da rede privada, pois sabemos que na rede pública do município de Itabuna-BA nem todas as escolas tem estrutura física para atender alunos cadeirantes, dificultando assim sua entrada e permanência na escola.

Nesse sentido, é pertinente relatar que 7º semestre do curso de Serviço Social foi ofertada a disciplina: Políticas de Educação onde socializamos conhecimentos sobre as leis da educação e a participação do assistente social no contexto educacional. Uma vez que, vem a fortalecer a relação escola x família, escola x comunidade e escola x gestão escolar.

Na trajetória escolar da aluna em foco J.R. de 10 anos de idade que está no quinto ano do Ensino Fundamental percebemos que antes da escola Lua Nova ela apresentava dificuldade em seu dia-a-dia como cadeirante, pois J.R. estudava em uma escola em qual não tinha acessibilidade, então, desde cedo enfrentava problemas até chegar à sala de aula. E tinha dificuldade também na convivência com os colegas de classe e com a professora de sua sala.

Hoje J.R. estuda numa escola acessível e adaptada, com rampas de acesso e banheiro adaptado, uma equipe multidisciplinar para acompanhamento e uma boa aceitação dos trinta colegas ditos “normais” e de todos da comunidade escolar.

Desse modo, é pertinente mencionarmos que as salas de aula inclusivas partem de uma filosofia segundo a qual todas as crianças podem aprender e fazer parte da vida escolar e comunitária. A diversidade é valorizada; acredita-se que tal diversidade fortaleça a turma e ofereça a todos os seus membros maiores oportunidades para aprendizagem.

Para tanto, uma escola inclusiva em nossa concepção diante das leituras feitas para realização desta pesquisa é aquela que educa todos os alunos em salas de aula regulares. Educar todos os alunos em salas de aula regulares significa que todo aluno recebe educação e frequenta aulas regulares. Também significa que todos os alunos recebem oportunidades educacionais adequadas, que são desafiadoras, porém, ajustadas às suas habilidades e necessidades; recebem todo o apoio e ajuda de que eles ou seus professores possam da mesma forma, necessitar para alcançar sucesso nas principais atividades. Mas, uma escola inclusiva vai, além disso. Ela é um lugar do qual todos fazem parte, em que todos são aceitos, onde todos ajudam e são ajudados por seus colegas e por outros membros da comunidade escolar, para que suas necessidades educacionais sejam satisfeitas.

Nessa vertente questiona-se: O assistente social pode contribuir para com a educação escolar?

O objetivo geral está tem como intenção investigar se a aluna J.R. encontra dificuldade em seu cotidiano escolar. E como objetivos específicos: Verificar a relação da aluna J.R. com os demais colegas da sala de aula; Avaliar se a escola Lua Nova oferece acessibilidade para alunos cadeirantes e perceber se na escola Luana Nova um assistente social em seu quadro de funcionários contribuiria para a educação.

Com base nesse princípio acredita-se que o conhecimento da proposta para educação inclusiva possa contribuir para a construção de uma sociedade mais igualitária, solidária e, portanto, comprometida com seu propósito mais significativo: humanizar. Assim sendo, se existem barreiras, é preciso conhecer quais são elas e como removê-las para que a inclusão destes alunos aconteça nesta instituição. Além do mais é necessário reconhecer as possibilidades para gerar inclusão dentro do ambiente escolar e como a escola tem contribuído para este processo.

Nesse contexto, este trabalho se faz necessário mesmo com todos os obstáculos, pois alguns sujeitos alcançaram a condição de cidadãos; outros, certamente a maioria, não tiveram a mesma trajetória. Essa situação pode ser alterada com a evolução do humanismo, do conhecimento da diversidade e das possibilidades humanas. Consequentemente, somente com a modificação da sociedade propiciada pela interação com as pessoas com necessidades educacionais especiais, é que se pode vislumbrar uma sociedade mais fraterna e cooperativa.

2. HISTORICIDADE SOBRE O PRECONCEITO

O Brasil de hoje é resultado e consequência do Brasil de ontem. E no Brasil, como no mundo, a história da pessoa com deficiência e os tratamentos voltados para ela permitem entender as principais ideias, os principais conceitos e os preconceitos que percorrem a sociedade humana até os dias de hoje.

A expressão necessidades educacionais especiais pode ser utilizada para referir-se a crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua elevada capacidade ou de suas dificuldades para aprender. Está associada, portanto, a dificuldade de aprendizagem, não necessariamente vinculada a deficiências (AMARO. 2006. p.31).

Segundo Fávero (2004), as pessoas com deficiência, assim como qualquer outro ser humano, têm direito de não ser discriminadas. No entanto, a discriminação em relação a elas, por causa da deficiência, ocorre o tempo todo e, quase sempre, não de forma consciente; às vezes, até movida por boas intenções. Sempre que alguém nega a outrem o acesso ou o gozo de direito, da mesma forma que os demais o exercem isso pode ser discriminação.

Dessa forma, vale explicitar que em Esparta, na Grécia, as pessoas com deficiências eram abandonadas. O motivo pessoas com deficiências eram consideradas inúteis.

A partir do século XIX, fortalecem-se

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