INTRODUÇÃO DO MODAL FERROVIÁRIO NA HISTÓRIA
Por: wegillama • 8/4/2015 • Trabalho acadêmico • 2.212 Palavras (9 Páginas) • 688 Visualizações
1-INTRODUÇÃO DO MODAL FERROVIÁRIO NA HISTÓRIA
A necessidade de se transportar grandes e pesados produtos trousse a oportunidade de elaboração de um modal que auxiliasse no trabalho dos escravos e dos animais cuja força era menor do que a necessária. Datado do ano 600 A.C. o inicio da primeira evidencia de um futuro transporte através de trilhos surgiu na Grécia Antiga na região do Corinto onde foi elaborado um sistema de carris que seguiam caminhos de pedras e sulcos que serviam para o transporte de benfeitorias da época como embarcações e outros. A ideia do então modal foi se desenvolvendo e se tornando cada vez mais útil, como no caso das minas na Alemanha no século XVI onde foi implantado pela primeira vez um transporte que ficou conhecido como wagon ways (caminhos de vagões) para que auxiliasse na retirada de minérios e de agua do fundo das minas, era um sistema de carris em trilhos de madeira puxados através de tração animal hoje ainda utilizado em região de minas.
Como o passar da historia foram surgindo inovações que ajudou no desenvolvimento desse modal e cada vez mais pessoas se interessaram em implementar novas ideias e as maquinas foram ganhando novas elaborações, força e velocidade substituindo o trabalho de animais e dando novas possibilidades na locomoção de cargas pesadas. Aos poucos os trilhos de madeiras foram substituídos por ferro onde teria uma resistência e maior durabilidade, isso ocorreu por volta de 1776, mas foi na revolução industrial onde a necessidade de mover produtos em grande quantidade, longas distâncias e com custo reduzido aumentou a necessidade de desenvolvimento de inovações e por volta de 1804 o setor ferroviário ganhou impulso e uma nova perspectiva com o surgimento da primeira locomotiva a vapor criada pelo engenheiro britânico Richard Trevithick que apesar de ter conseguido mover 18 toneladas de ferro e 70 homens por 14 km a uma velocidade de 8 km/h os trilhos não registram e vieram a quebrar. O sucesso veio de George Stephenson que fundou a primeira fabrica de locomotiva do mundo em associação com seu filho Robert Stephenson no ano de 1823 e logo depois inaugurou a estrada de ferro precursora. Sua criação entrou para história das ferrovias no dia 27 de setembro de 1825, quando a denominada locomotiva “Locomotion” moveu, entre as cidades de Darlington e Stockton, fazendo um percurso de 51 km, transportando 600 passageiros e 60 toneladas de cargas, e à partir daí Stephenson foi desenvolvendo mais locomotivas de sucesso como também a primeira linha para o transporte regular de passageiros em setembro de 1839, entre as cidades de Liverpool e Manchester com 63 quilômetros de trecho, tendo um grande viaduto e o primeiro túnel ferroviário do mundo dando inicio a era das ferrovias . No primeiro ano de funcionamento, a linha entre essas cidades transportou o equivalente a 460.000 passageiros. Mais a frente foi criada na Inglaterra em 1863 a primeira linha subterrânea, unificando um sistema de transporte metropolitano e que mais adiante foi chamado de metroway e ao final da década de 1870 e início da década de 1880 foram desenvolvidos os primeiros sistemas férreos movidos a eletricidade, criado por engenheiros alemães. A primeira linha férrea usando eletricidade conduzida por cabos suspensos foi no ano de 1883, entre as cidades de Mödling e Hinterbrühl Tram na Áustria.
2-FERROVIAS NO BRASIL
O modal ferroviário foi se disseminando pelo mundo, sendo introduzido em vários países. No Brasil a historia das ferrovias começa com uma característica projetada para interligar as áreas produtoras de matérias-primas em direção dos portos, para facilitar o escoamento desses produtos, processo histórico conhecido por neocolonialismo. A primeira ferrovia implantada no país foi no ano de 1854 no Rio de Janeiro entre a localidade de Raiz da serra e o Porto de Estrela, empreendimento feito pelo empresário e banqueiro Irineu Evangelista de Sousa (1813-1889) vulgo Barão de Mauá que recebeu a concessão do Governo Imperial para construção de uma linha férrea. A primeira locomotiva a percorrer solo brasileiro foi batizada de ‘Baroneza’ uma locomotiva construída por Willian Fair Bairns e Sons na cidade de Manchester, Inglaterra, com percurso de 14,5 km e bitola de 1,68m foi inaugurada dia 30 de abril do mesmo ano por D. Pedro II permitindo assim a intermodalidade no país. A ‘Baroneza’ que foi a primeira locomotiva a vapor do Brasil prestou serviços durante 30 anos e posteriormente foi transformada em patrimônio cultural pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Historio e Artístico Nacional). Após esse evento, vários outros se seguiram trazendo um ar de desenvolvimento para o país como a inauguração da ferrovia Recife-São Francisco em Pernambuco que ajudou no desenvolvimento de cidades da região onde passou, apesar de terem sido tantas as ferrovias implantadas no pais a que teve maior importância para a historia do desenvolvimento da ferrovia no Brasil foi a ligação das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro em julho de 1877 unindo a estrada de ferro São Paulo com as estradas de ferro D. Pedro II dando impulso a expansão da era cafeeira no Brasil quando o desenvolvimento e crescimento econômico do pais começava a se concentrar na região sudeste através dos plantios de café.
Apesar de incentivos para tais construções impostos pelo Governo Imperial surgiram divergências para o sistema férreo do país que se estendem aos dias atuais, sendo eles, diversidade de bitolas que dificultando a integração operacional entre as ferrovias, sinuosidade e extensão excessiva nos traçados das estradas, localização isolada e dispersa das estradas. Apesar de alguns problemas relacionados a introdução das ferrovias foi imprescindível no crescimento do país.
Após a segunda guerra mundial foi acontecendo em todo o mundo a substituição de locomotivas a vapor por a diesel e diesel-elétricas, no Brasil a primeira locomotiva a diesel chegou ao ano de 1939 para compor a estrada da central de Brasil e a estrada de ferro Santos-Jundiaí a partir dai a indústria ferroviária se desenvolveu, diversificando a produção de locomotivas para o transporte dos mais variados tipos de cargas: granéis, combustíveis, produtos perecíveis frigorificados, entre outros. Outro marco respeitável na história das ferrovias do país foi a criação da REDE FERROVIÁRIA FEDERAL S. A. serviu quatro das cinco regiões isográficas do Brasil, distender-se do estado do Maranhão ao estado do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro ao Mato Grosso. A rede S.A. interligou, também, com a Bolívia através da cidade de Corumbá-MT, em direção a Santa Cruz de la Sierra, com a Argentina, através de Uruguaiana-RS, e com o Uruguai através de Omaraí, Livramento e Jaguarão, no Rio Grande do Sul.
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