INTRODUÇÃO NO INTERESSE DO CAPITAL PRÓPRIO
Tese: INTRODUÇÃO NO INTERESSE DO CAPITAL PRÓPRIO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: luizeloy • 5/6/2014 • Tese • 1.185 Palavras (5 Páginas) • 237 Visualizações
NTRODUÇÃO AOS JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
Os Juros Sobre o Capital Próprio, JCPs, é uma forma de remunerar os sócios e acionistas pelo capital investido na sociedade, é o que nos diz os consultores tributários Livia De Carli Germano e Mário Shingaki.
Para empresas que apuram pelo Lucro real, o JCPs pode ser utilizado como despesa dedutível para sua base de cálculo da Contribuição Sobre o Lucro Líquido (CSLL). (Fipecafi, 2010)
Segundo a Receita Federal, o fato gerador do JCPs, são os “Juros pagos ou creditados individualizadamente ao titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido da pessoa jurídica”.
Capital Próprio x Capital de Terceiros
Antes de entrar na definição, nos conceitos e na explicação acerca dos Juros Sobre Capital Próprio, é importante a compreensão e distinção dos termos: Capital Próprio e Capital de Terceiros.
O Capital Próprio é constituído somente de recursos dos sócios e acionistas, ou ainda por reflexos da própria atividade econômica, ou seja, os lucros. Já o Capital de Terceiros é contabilizado no passivo, uma obrigação a pagar aos credores, e é uma captação de recursos externos, por exemplo, obtenção de empréstimos.
Pode-se perceber no quadro abaixo, duas demonstração de resultado: da Companhia A com obtenção de capital deterceiros e da Companhia B com capital próprio.
Quadro 1 – Capital de terceiros x Capital próprio
Fonte: Alexandre Demetrius Pereira, blog direito empresarial.
Em uma primeira análise superficial, é perceptível que a companhia A, constituída com capital de terceiros, teve um lucro menor do que a Companhia B, que foi constituída somente com capital próprio. Pois ela teve que cumprir suas obrigações para com os credores com juros. Mas analisando de maneira mais cuidadosa, pode-se perceber que essa captação de recursos de terceiros foi lançada como despesa financeira, reduzindo a base de cálculo para apuração do Imposto de Renda, com alíquota de 15%.
Na Companhia B, o lucro aparentemente é maior, porém há um maior pagamento de imposto, uma vez que o lucro líquido é maior, pois a injeção de capital próprio na empresa não é considerado uma despesa, portanto não pode ser deduzido da base de cálculo do Imposto de renda.
Utilizando ainda os valores do quadro acima, supõe-se que do lucro líquido, 25% seriam distribuídos aos acionistas e sócios:
Quadro 2 – Distribuição: Capital de terceiros x Capital próprio
Fonte: Alexandre Demetrius Pereira, blog direito empresarial.
Analisando o quadro acima, pode-se perceber que a remuneração para companhia B foi mais cara se comparado a companhia A, que teve um benefício tributário, uma vez que teve sua base para cálculo para imposto sobre o lucro reduzida.
Depois de estudado e definido a diferença entre o Capital Próprio e oCapital de Terceiros, segue abaixo quadro sintético comparativo das duas modalidades.
Quadro 3: Capital de Terceiros x Capital próprio - Sintético
Fonte: Alexandre Demetrius Pereira, blog direito empresarial.
Juros Sobre o Capital Próprio
A usualidade do JCPs encontra-se no artigo 9º da Lei 9.249/95:
Art. 9º A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP. (BRASIL, 1995)
O motivo da remuneração aos sócios ou acionistas em cima do capital investido, é o fato deles terem indisponibilidade temporária destes recursos investidos na companhia. É uma opção dos acionistas abrirem mão, temporariamente destes valores com a intenção de obter um retorno financeiro por isso.
Considerando que o JCPs será lançado como uma despesa, este poderá ser abatido do lucro líquido antes de calcular os impostos sobre o lucro líquido, do mesmo modo que ocorre com o capital oriundo de terceiros. Por esse lado, portanto, há um benefício fiscal, o que não ocorre quando a remuneração dos acionistas e sócios é feita através do pagamento de dividendos, uma vez que este “mora” no passivo, não em uma conta devedora de resultado.
Não é só por isso que os JCPs diferem-se dos Dividendos, segue abaixo um esquema melhorexemplificando as diferenças entre eles:
Quadro 4: JCPs x Dividendos – Sintético
Fonte: Alexandre Demetrius Pereira, blog direito empresarial.
Cálculo dos Juros Sobre Capital Próprio
A
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