Identidade a identidade Preto Zezé

Pelo Fim da Invisibilidade

1. Sim. É a comunidade pobre localizada em um bairro nobre de Fortaleza. A comunidade das Quadras enfrentou vários tipos de problemas sociais: drogas, violência, desemprego, falta de oportunidade, invisibilidade, etc.

2. Identidade social: na periferia você tem que trabalhar (quando não trabalha é considerado “vagabundo”). Na adolescência eles tem que assimilar responsabilidades que – em outros contextos – convém a adultos. Enquanto os adolescentes de classe média estão tendo acesso a outras culturas e vivenciando formas saudáveis de lazer, o jovem da periferia é extremamente pressionado e direcionado ao trabalho.

A identidade da comunidade de outrora estava mais atrelada à violência. Se antes a Quadras só tinha destaque nas páginas policiais, agora é reconhecida pelos seus projetos sociais.

No caso do Preto Zezé, ele diz que antes, na comunidade, sua referência era a gangue, armas, meninas, marcas, etc. E tudo mudou quando o rap foi fazer parte de sua vida: teve oportunidade de fazer uma leitura e entender a identidade do negro e como se processou o racismo no Brasil.

A identidade pessoal do Preto Zezé tomou outro rumo ao ter outras referências de vida. Isso se deu ao conhecer o rap. Ele assumiu um novo nome que é muito mais ligado a uma responsabilidade social.

3. Preto Zezé relata que existe uma grande disparidade social dentro da cidade de Fortaleza, que pode ser observada pela diferença da qualidade de vida de bairros próximos à comunidade das Quadras. Enquanto em alguns bairros a qualidade de vida é equivalente ao Primeiro Mundo, em algumas outras regiões existe uma carência similar a países da África. Ele afirma que – por causa dessa disparidade social – ocorrem conflitos em função da segregação social. Preto Zezé afirma, ainda, que a discriminação racial e a localização da comunidade contribuem negativamente.

4. A mudança na história pessoal de Preto Zezé aconteceu – em grande parte – pela aproximação com o hip hop como forma e instrumento de conscientização social. Ele afirma ter tido oportunidades favoráveis de acesso à cultura enquanto jovem, mas foi principalmente com o hip hop que sua vida se modificou. Outra mudança de bastante relevância na história dele foi ter participado na implantação da Central Única das Favelas em Fortaleza. A partir deste momento, a associação alcançou muitos avanços que repercutiram em sua vida pessoal.

5. Sim, há sinais de transformações sociais. O dialogo contribui para essas mudanças, pois através dele se constroem propostas de transformações sociais e a partir daí surge à criação de novas atividades comunitárias. Com a comunicação é possível articular melhor ideias que ajudem na transformação e na capacitação dos moradores da comunidade. O dialogo traz uma contribuição para que pessoas e grupos comunitários possam ampliar suas possibilidades de se construírem socialmente.

6. O principal instrumento apresentado no relato é o própio rap, onde ele diz que este pode ser uma janela, onde na favela, através da criação deste, há então uma grande produção intelectual literária sobre ela. Com o rap também esses jovens passaram a contar as histórias que aconteciam do ponto de vista deles, que nem sempre