Ilha Das Flores
Artigo: Ilha Das Flores. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 031897 • 31/8/2014 • 693 Palavras (3 Páginas) • 483 Visualizações
FACULDADE PROJEÇÃO
SOCIOLOGIA
SOCIOLOGIA – “Ilha das Flores” e Teoria Marxista
Brasília-DF 06 de abril de 2014.
Ilha das Flores é um filme de Jorge Furtado, do ano de 1989, produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre, em que apresenta o local onde são depositados partes do lixo produzido pela região metropolitana de Porto Alegre e trata da condição humana ao relacionar a posição das pessoas que vivem na ilha e os animais que se alimentam do lixo.
“Ilha das Flores” explica, por intermédio da arte cinematográfica e a partir de pressupostos do materialismo histórico de Karl Marx, a lógica capitalista que se faz presente nas relações econômicas e sociais da humanidade. De modo provocativo e irônico, retrata a dinâmica entre produção, trabalho e consumo, destacando as relações monetárias, o acúmulo de capital e a alienação humana.
É importante observarmos que os pressupostos marxistas não são usados no filme para fazer apologia a essa corrente do pensamento, mas para remeter à historicidade da existência humana, considerando o homem como um ser objetivo que possui necessidades vitais, e que para satisfazê-las, estabelece relações com o mundo exterior, isto é, com o resto da natureza. Para essa teoria o que vai diferenciar o homem dos demais animais é o fato do homem usar o intelecto para produzir seus meios de subsistência, sua própria vida material.
No entanto, essas relações que os homens estabeleceram, no decorrer dos séculos, em busca da sobrevivência não foram igualitárias nem tão pouco harmoniosas. Com o aparecimento do excedente e posteriormente a criação do dinheiro surgiu, também, a possibilidade de lucro. Assim, o lucro se tornou a força motriz das relações sociais.
Nesse modelo de sociedade capitalista e neoliberal o lucro está concentrado nas mãos do proprietário de terra e dos meios de produção, que contrata a força de trabalho daqueles que não possuem recursos para uma vida materialmente autônoma. O dinheiro aciona o consumo, o supérfluo, as sobras e a consequente a produção de lixo...lixo esse que tanto polui o meio ambiente quanto serve como cenário para o bicho/homem ou o homem/bicho da poesia de Manuel Bandeira e dos moradores da Ilha das Flores.
A dinâmica do lucro da Sociedade Capitalista apresentada no filme nos faz visualizar que muitos são cidadãos apenas na legislação, mas não na sua efetividade cotidiana. Os pretensos cidadãos têm seus direitos sufocados pelos donos do capital quando esses ignoram as necessidades
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