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Imaginação sociológica

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Por:   •  7/7/2014  •  Projeto de pesquisa  •  7.187 Palavras (29 Páginas)  •  519 Visualizações

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SOCIOLOGIA– Indice

Unidade I ............................................................................. pag. 02

A imaginação Sociológica;

O papel do sociólogo;

Grupos sociais e construção de identidades;

Marcadores sociais de diferença: gênero, raça/etnia, sexualidade, geração e classe;

Identidades nacionais, étnico-raciais e diferenças culturais;

Unidade II ............................................................................. pag. 13

Estereótipos e estigmatização;

Discriminação e preconceito;

Multiculturalismo e políticas de reconhecimento.

Unidade III ............................................................................. pag. 16

Poder, autoridade e dominação;

Sociedades com Estado e sociedades sem Estado;

Formas de governo, formas de Estado e sistemas de governo;

Divisão dos poderes;

Estado Estado, poder e participação política no Brasil.

Unidade IV ............................................................................. pag. 35

O modo de produção capitalista;

Estratificação de classes no capitalismo;

- Capitalismo e modernização no Brasil;

Fordismo, taylorismo, reestruturação produtiva;

Neoliberalismo e globalização;

UNIDADE I

“Aprender a pensar sociologicamente – olhando – em outras palavras, de forma mais ampla – significa cultivar a imaginação. Estudar Sociologia não pode ser apenas um processo rotineiro de adquirir conhecimento. Um sociólogo é alguém que é capaz de se libertar das imediatidades das circunstâncias pessoais e apresentar as coisas num contexto mais amplo. O trabalho sociológico daquilo que o autor norte-americano C. Wright Mills, numa frase famosa chamou de imaginação sociológica. ( Mills, 1970)” (Giddens, A. Sociologia, Porto Alegre: Artmed,2005).

A imaginação sociológica, acima de tudo, exige de nós que pensemos fora das rotinas familiares de nossas vidas cotidianas a fim de que as observemos de modo renovado, livre dos juízos de valor e da influência do senso comum.Giddens1 em seu livro Sociologia, usa o exemplo do café, mas podemos aqui usar uma série de outros exemplos para demonstrar como “funciona” a imaginação sociológica. Ao usar o café como exemplo, Giddens ressalta que o café possuí valor simbólico como parte de nossas atividades sociais diárias; podemos então usar a cerveja como exemplo, embora não muito feliz, geralmente ao fim do expediente de trabalho ou aos finais de semana, homens e mulheres se reunem para “tomar uma cerveja para relaxar” usando a bebida como subterfúgio, mas neste ato aparentemente simples, inofensivo, corriqueiro, existe uma série de questões, como por exemplo o alcoolismo, a lei seca, o “não saber parar”, a produção desta bebida, o consumo por menores de idade, iniciado geralmente em casa, sua história, a publicidade etc.

Um outro exemplo é o chá, o que poderíamos dizer, a partir de uma perspectiva sociológica acerca do consumo desta bebida, deste ritual associado geralmente a britânicos, a pontualidade e a reuniões de mulheres (chá de bebê, chá de panela)?

Para começar, muito embora este “ritual”, esta tradição do consumo de chá esteja associada aos bitânicos, na verdade a história do chá  remonta à antiguidade no território chinês. Entre muitas lendas que narram o “surgimento” desta bebida, a mais famosa relata que suas raízes provém de 5000 anos atrás, ao governo do Imperador Sheng Nong ( Ou Nung, dependendo da fonte), popularmente conhecido como o Curandeiro Divino. Tentando solucionar a constante incidência de surtos epidêmicos em seus domínios, ele criou uma lei que obrigava o povo a ferver a água antes de ingeri-la.Diz a lenda que repousando sob uma árvore, o soberano deixou sua xícara de água esfriando, e logo percebeu que algumas folhas haviam caído sobre o líquido, conferindo-lhe um tom castanho. Ao experimentar a bebida, descobriu que ela possuía um sabor agradável, disseminando o consumo desta bebida entre os seus súditos; a China desempenha um papel crucial na disseminação do consumo do chá pelo mundo.

Viu só? Iniciamos uma linha de pensamento acerca do surgimento do ritual de consumo do chá, e descobrimos que esta bebida não é proveniente da Inglaterra e nem está associada a sofisticação e a pontualidade britânica..

Em princípios do século IX alguns monges provenientes do Japão levaram consigo algumas sementes, iniciando assim o cultivo do hábito que se tornaria tradição neste país. Tanto na China quanto no Japão, o chá conquistou um desenvolvimento sem igual, em todos os ambientes, até mesmo os artísticos e os religiosos, campo no qual passou a integrar um cerimonial sagrado.O desembarque do chá na Europa se deu gradativamente através da Ásia Central e da Rússia, logo após dos portugueses, que difundiram o uso do chá por toda a Europa, a partir do fim do século XV. Os navios de Portugal transportavam a mercadoria até os portos de Lisboa, sendo daí conduzida para a Holanda e a França.

O aventureiro Marco Pólo, ao registrar suas famosas viagens, teria incluído referências ao chá em suas narrativas; do século XIX em diante, o hábito de consumir o chá se disseminou velozmente na Inglaterra, tornando-se tradição. A partir das terras inglesas esta bebida se propagou rapidamente aos Estados Unidos, à Austrália e ao Canadá, até se tornar popular em todo o Planeta. Enquanto isso, no Japão, o preparo do chá tornou-se uma arte, bem como o seu consumo.

Dando prosseguimento a nossa análise acerca do chá, agora partimos para uma perspectiva sociológica direcionada a questões políticas e econômicas, neste sentido devemos lembrar do ano de 1773, quando uma certa lei foi criada, estudamos isso na disciplina de história, lembram?

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