Implantaçao Do 5S Na Construçao Civil
Pesquisas Acadêmicas: Implantaçao Do 5S Na Construçao Civil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: TheMoniqueO • 27/7/2014 • 5.934 Palavras (24 Páginas) • 638 Visualizações
RESUMO
Para a sobrevivência no atual mercado competitivo, torna-se fundamental ao setor da construção civil adequar-se às novas estratégias empresariais que permitem a melhoria contínua dos processos. As mudanças de padrões culturais, exigidas pelos programas de qualidade, geram resistência por parte de alguns setores das organizações. Este fato pode ser observado com clareza nos setores diretamente envolvidos com a produção de edificações.
No caso da construção civil, um dos motivos da dificuldade da implantação de programas de qualidade é o baixo nível de escolaridade dos trabalhadores do processo produtivo, o que dificulta a compreensão dos benefícios advindos ao assumir novas posturas no ambiente de trabalho, e como esta mudança pode influenciar no bom desenvolvimento de todas as atividades dentro do canteiro de obra. Além de organizar e limpar a obra, melhorando fluxos de pessoas e materiais, o Programa 5S pode ser entendido como uma maneira de esclarecer estas vantagens para os funcionários.
PALAVRAS-CHAVE: PROGRAMA, 5S, CONSTRUÇÃO CIVIL.
ABSTRACT
To keep up the pace with the Brazilian economy, it is fundamental that the construction industry adapts to the new organizational strategies. Some of the changes that it will bring may generate some resistance by parts of the organization. This fact is clearly verified in sectors of the company that deals direct with the production.
One of the main problems found in the construction sector is its workers low level of education, which makes difficult for them to take advantage of the benefits that quality programs can provide. By the means of generating an organized, disciplined and spotless work place, the 5S Quality Program could be understood as a perfect tool to transmit such concepts to the workers.
KEYWORDS: PROGRAM, 5S, CONSTRUCTION SECTOR.
1 Sumário
INTRODUÇÃO 8
1 ORIGEM SÓCIO-HISTÓRICA E A PRÁTICA NO BRASIL 9
2 SENSOS 15
2.1 Senso de Utilização: (SEIRI). 16
2.2 Senso de Ordenação: (SEITON). 18
2.3 Senso de Limpeza (SEISO). 20
2.4 Senso de Saúde (SEIKETSU). 23
2.5 Senso de Autodisciplina (SHITSUKE). 26
3 CONCLUSÃO 28
REFERENCIAS 29
INTRODUÇÃO
A gestão da Qualidade é primordial para o estabelecimento e sobrevivência de uma instituição e para viabilizar o controle de atividades, informações e documentos. A meta é a boa prestação de serviços, de forma eficiente e dinâmica.
Diante da contemporaneidade, várias alternativas de melhorias podem ser aplicadas na construção civil, uma delas em especial é o programa de melhoria japonesa de 5S. Este tem como objetivo principal o controle da qualidade e cada vez mais propicia uma evolutiva melhora no processo da construção civil. A utilização, ordenação, limpeza, saúde e autodisciplina são de fundamental importância para a produtividade. No entanto, este programa se implantado sozinho, sem estudos e melhorias não será garantia de um sistema de qualidade eficiente.
De acordo com experiências de empresas que já implantaram o programa, a “chave” não é somente a aplicação dos conceitos, mas a mudança cultural de todas as pessoas envolvidas, ou seja, a aceitação de que cada um deles é importante para melhorar o ambiente de trabalho, a saúde física e mental dos trabalhadores e o sistema da qualidade (FALCONI, 2004).
Diante do exposto, esse trabalho busca refletir sobre quais os ganhos gerados na construção civil através da utilização do programa japonês de 5s, tendo em vista que, esse programa proporciona melhorias em pequenos prazos como a redução do índice de acidentes, melhoria da qualidade e produtividade, redução do tempo parado de mão de obra e administração participativa, e apresenta uma oportunidade inigualável de mobilização dos empregados.
1 ORIGEM SÓCIO-HISTÓRICA E A PRÁTICA NO BRASIL
Na década de 40 o mundo estava atravessando o fim da segunda Guerra Mundial. Este conflito incluía as grandes potências mundiais e era organizado entre duas alianças militares opostas, foi a guerra mais sangrenta da história da humanidade. Cerca de 100 milhões de militares estiveram disponíveis para combate, esse cenário histórico foi marcado por um número considerável de ataques contra a população (PHILIPPE, 2010).
No Pós-Guerra, o homem estava com sua atenção voltada para o momento vivido durante a Guerra Mundial, e por essa razão o país se mobilizou e usou de todo seu potencial econômico, industrial e cientifico para enfrentar tal situação. O país vivia então a chamada crise de competitividade. Além disso, havia muita sujeira nas fábricas japonesas, sendo necessária uma reestruturação e uma “limpeza”. O Japão precisava organizar as indústrias e melhorar a produção para ser compatível com o mercado mundial (CAMPOS et al, 2005).
Ao fim de todo este acontecimento o Japão estava literalmente arrasado e destruído. Uma população imensa em um pequeno território começou a enfrentar “problemas de infra-estrutura; recursos naturais escassos; grande parte de suas estradas tinham sido destruídas; a população vinha a sofrer de epidemias; suas exportações foram restritas devido à qualidade baixa de seus produtos em relação a produtos europeus e americanos”, entre outras causas (CAMPOS et al, 2005, p. 01). Assim, foi de extrema necessidade se investir em “Programas de Qualidade” o qual pudessem atender a população o mais rapidamente e que fosse melhorado significantemente as condições a qual se estavam sido estabelecidas.
A partir daí surge uma época conhecida como “Revolução da Qualidade”, período o qual o Japão conseguiu superar os padrões internacionais, principalmente de produtos americanos, tornando-se então líderes mundiais em produtos de baixo preço e qualidade superior existente no mercado. Miller (1996, p.14) afirma que “[...] esse sucesso se deve em grande parte pelo fato
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