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Importancia Da Emancipação

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Por:   •  26/4/2013  •  5.030 Palavras (21 Páginas)  •  433 Visualizações

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS – CAMPUS I CURSO DE SERVIÇO SOCIAL – TURMA 2011.1

TURNO MATUTINO - 3º PERÍODO

2013.1

Estudo Dirigido

1) No artigo intitulado: “Compromisso de Classe por uma Sociedade Emancipada” – notas para reflexão” a autora Inez Stampa traz Tonet (2005) para certificar-se que: A emancipação humana não é algo inevitável. É somente uma possibilidade. Se se realizará ou não, dependerá da luta dos próprios homens.

Neste sentido, a partir do Filme Lula: O Filho do Brasil faça uma análise critica da História Pessoal e Profissional do protagonista do Filme, concomitante, faça a interface da trajetória histórica pessoal e profissional de Lula com a afirmação de Tonet (2005) e com o próprio título do artigo em estudo.

Acredito que quando Tonet (2005) certifica-se que a emancipação humana não é algo inevitável. É somente uma possibilidade. Se se realizará ou não, dependerá da luta dos próprios homens. Ele nos leva a refletir sobre o significado de se ter “compromisso de classe por uma sociedade emancipada”, como sugere o próprio título do artigo em questão. Atualmente, falar de compromisso de classe é reconhecer a necessidade de articulação entre diferentes movimentos e lutas sociais, portanto segundo STAMPA (2011) falar em emancipação, na perspectiva dos movimentos sociais e da classe trabalhadora é resgatar um conjunto de elementos que se tinha deixado para trás, como, por exemplo, recuperar o trabalho como categoria-chave da compreensão da história e restabelecer o primado do sujeito na teoria social, bem como resgatar o papel e o projeto da classe trabalhadora como sujeito da história incluindo aí os movimentos de trabalhadores.

Fazendo uma interface com a trajetória histórica pessoal e profissional de Luiz Inacio Lula da Silva, podemos perceber que desde o principio, mesmo com uma vida sofrida, sem muitas oportunidades, sua mãe sempre o incentivou na busca de um futuro brilhante, e apesar da infância conturbada que teve, devido ao impedimento de seu pai para que não estudasse, Lula conseguiu estudar e trabalhar. E justamente nessa fase de sua vida, quando este passa a se inserir no mercado de trabalho, começa a ver o mundo com olhos diferentes, passando a ver de forma mais visível, as injustiças geradas pelo capitalismo, e ao mesmo tempo percebendo que não era justo permanecer indiferente diante de tal sistema capitalista. Lula se envolve então cada vez mais com o movimento sindical, lutando por conquistas para os trabalhadores, ou seja, passa a perceber que só haverá mudança a partir da luta dos próprios homens.

A Desigualdade Social não é um fenômeno recente, esta existe desde os primórdios da sociedade. Segundo STAMPA (2011), por outro lado, a desigualdade social e a divisão da sociedade em classes não é uma invenção do capitalismo. É possível encontrarmos desigualdade social em todas as sociedades anteriores que nos legaram registros escritos. É possível, assim, observar que a luta entre a classe explorada e a classe exploradora acompanha a própria História do homem. Neste ponto, é preciso deixar claro, não há indicação de que a História se repete. O que se repete na história do homem é a própria luta do homem, quer dizer, é a luta das classes oprimidas contra seus opressores. A história de todas as sociedades de classe é a história das lutas de classes (Marx e Engels, 2001).

E no Filme Lula o filho do Brasil, ele deixa bem claro sua luta social permanente, travada entre quem produz e quem se apropria do excedente produzido. Lula não mediu esforços, participou de diversos movimentos sociais, com um único objetivo: Lutar por uma sociedade emancipada, onde fossem respeitados os direitos de todos os sujeitos, tanto individuais como coletivos, nota-se que ele não esperava um resultado imediato ou local, beneficiando apenas a classe de trabalhadores que defendia, mas enxergava as relações sociais do trabalho de forma ampla, com um intuito de mudança universal, onde todos pudessem se beneficiar, e sabia que os resultados não eram imediatos, que deveria haver paciência e esperança de mudança. A prova disso é o tempo em que ficou preso, 31 dias para ser mais exato, a forte repressão que ele e sua família sofreram também merece destaque, e nem por isso perdeu seu foco, sempre em buscava construir mecanismos de gestão verdadeiramente democráticos.

STAMPA (2011), evidencia que no contexto das mudanças implementadas pelo capital, no cenário mundial, a classe trabalhadora ficou mais complexa, fragmentada e heterogênea. Em alguns setores, tornou-se mais qualificada; em outros, desqualificada e precária. Constituiu-se, de um lado, um contingente reduzido de trabalhadores e trabalhadoras polivalentes e multifuncionais e, de outro, uma grande massa precarizada de trabalhadores e trabalhadoras sem qualificação (subempregados e informalizados) atingida pelo desemprego estrutural. E este realmente é o contexto sócio histórico do capitalismo. Resalta também a importância dos movimentos sociais e de trabalhadores avançam com suas lutas, em defesa de melhores condições de vida e de trabalho, em defesa do direito ao trabalho e de muitas outras pautas evidenciadas pelas novas expressões da questão social. Segundo Adam Smith (2003), quando uma pessoa busca o melhor para si, toda sociedade é beneficiada, e acredito que este era o pensamento de Luiz Inacio, onde, desde que se envolveu com os movimentos procurou evidenciar.

Como já dizia o filósofo Karl Marx “Mudanças na sociedade ocorrem a partir da ebulição dos movimentos sociais: contra o capital e o Estado.” Os Movimentos Sociais são de extrema importância, porque cobram mudanças, reivindicam transformações, mostram quando a povo não está satisfeito com as medidas adotadas por governantes, além de cobrar medidas quando necessário. Os movimentos sociais sempre estiveram presentes, na formação do nosso país, a exemplo disso podemos citar: a Cabanagem, revolta ocorrida no Pará (1835-1840) apresentou um cunho social devido à extrema miséria do povo paraense e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil; A Revolta Praieira, ocorrida em Pernambuco, foi marcada pelo repúdio à monarquia, com manifestações a favor da independência política, da república e por um reformismo radical que incluía a libertação dos escravos; A Guerra de Canudos, a origem do conflito pode ser entendida na grave crise econômica e social em que se encontrava a região à época, historicamente caracterizada pela presença de latifúndios improdutivos, situação essa agravada pela ocorrência de secas cíclicas e de

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